segunda-feira, 18 de abril de 2011

Thomas Kuhn

Já o norte-americano Thomas Kuhn (1922-1996), físico, historiador e filósofo da ciência, desenvolveu sua teoria acerca da história da ciência entendendo-a não como um processo linear e evolutivo, mas como uma sucessão de paradigmas (modelos) que se confrontam entre si.
Em seu livro A estrutura das revoluções científicas (1962), ele sustenta a tese de que a ciência se desenvolve durante certo tempo a partir da aceitação, por parte da comunidade científica, de um conjunto de teses, pressupostos e categorias que formam um paradigma, ou seja, um conjunto de normas e tradições dentro do qual a ciência se move e pelo qual ela pauta a sua atividade.
Em determinados momentos, porém, essa visão ou paradigma se altera, provocando uma revolução, que abre caminho para um novo tipo de desenvolvimento científico. Foi o que se deu, por exemplo, na passagem da física clássica à física quântica. De acordo com Kuhn, é como se ocorresse uma nova reorientação da visão global, na qual os mesmos dados são inseridos em novas relações.
Thomas Kuhn também distingue entre a ciência normal, que se desenvolve dentro de um certo paradigma, acumulando dados e instrumentos em seu interior, e a ciência extraordinária, que surge nos momentos de crise do paradigma. Essa nova ciência questiona os fundamentos e pressupostos da ciência anterior e propõe um novo paradigma.

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