quarta-feira, 1 de junho de 2011

TEXTO 2: Aspectos da Teoria das Relações Internacionais: notas didáticas

Gelson Fonseca Jr.


1) Introdução ( a relevância das Tri: o objetivo do artigo)
2) O campo das TRI: uma primeira abordagem – a relação com o campo das Ciências Sociais
3) Variáveis normativas:
a) Mutabilidade/Imutabilidade
b) Otimismo/Pessimismo
c) Competitividade/Comunidade
d) Elitismo/Democracia
e) Ordem/Desordem

4) O uso da teoria: as RI e a perspectiva brasileira
5) Temas de análise em TRI
6) Conclusão

Aspectos das TRI: notas didáticas

Observações sobre algumas características das TRI

- Vastíssima literatura sobre temas teóricos das RI.

- Impulso notável no segundo pós-guerra e a procura de refletir a multiplicidade e variedade de questões internacionais no mundo contemporâneo.

- As TRI busca formular tantas conceituações claras sobre conflitos entre Estados – quando ocorrem, que motivações os determinam, como se desenvolvem etc – quanto sobre a influência de organismos não-governamentais, na definição da agenda internacional – qual é o peso das ONGs em matéria de Direitos Humanos ou da Comunidade científica no levantamento de questões ecológicas.

- Objetivo do artigo: mapeamento sintético e preliminar de alguns problemas ligados à formulação teórica no campo das Relações Internacionais. O texto não busca ir além de um roteiro que indique sugestões para estudos mais profundos. Parte de uma premissa simples, a de que estudos teóricos aspiram à validade universal, e busca igualmente examinar como podem servir para que aperfeiçoemos a própria capacidade de compreensão da política externa brasileira.

O Campo das RI: uma primeira abordagem

- Os vários caminhos para se estudar as TRI:

1) Organizar a partir da produção acadêmica, os problemas que definem o campo de estudo, consultando os livros-texto, os clássicos da disciplina, as revistas especializadas e etc.
2) Leitor interessado: noção intuitiva do que é internacional (problemas cotidianos indicam as indagações que faríamos aos elaboradores de teoria).
3) Generalizações: não nos dá respostas conclusivas e precisas sobre o curso de uma questão concreta. Talvez nos ajude a criar condições para que expliquemos melhor o seu alcance e mesmo sugerindo rumos sobre como evoluirá (o papel das TRI).
4) Não será capaz de dizer como se resolverá o conflito na Ex-Iugoslávia, mas tem muito a explicar sobre o peso dos fatores étnicos na origem de conflitos, sobre os modos através dos quais a comunidade opera em situações de crise, sobre a dinâmica regional européia, sobre lideranças que usam o nacionalismo agressivo como instrumento para consolidar o poder nacional e tantos outros temas correlatos.

Primeira preocupação do estudioso:
- limites
- Problemas do que trata

- preocupação fundamental do problema da guerra e da paz, questões intrinsecamente ligadas ao uso do poder (Estado: conflito/cooperação);
- segundo fenômeno: empresas transnacionais;
- o campo se expande em certas circunstâncias, personalidades (como de Gaulle) ou organizações burocráticas (como a complexa burocracia americana).

- Existe uma teoria abrangente que fosse capaz de identificar em cada instância da vida política, econômica e social dos Estados, o componente internacional e definir as regras que regulam as suas dinâmicas? (ciências naturais e na economia: a lei da oferta e da procura);

- Buscar a lei fundamental deveria ser o passo inicial do trabalho teórico em RI.

- Para Hans Morgenthau: o comportamento dos Estados no processo internacional é regulado pelo interesse definido em termos de poder.

Problemática das teorias:

- Diversidade dos fenômenos internacionais que inclusive tem conduzido a um questionamento sobre a própria consistência dos paradigmas que sustentam a TRI.

- Disposição teórica de estabelecer hipóteses básicas, que simplifiquem a diversidade. Organizam-na, dando-lhe sentido, abrindo a possibilidade de previsões sobre o processo internacional.

Três temas merecem referência:

a) Saber se a TRI tem hipóteses próprias, ou apenas as deriva de outras ciências sociais. (dimensão política: teoria do poder; dimensão econômica: leis econômicas).
b) Alcance das teorias: natureza do sistema internacional e outras tem alcance mais limitado, discutindo aspectos científicos, como, por exemplo, o processo de decisão, os mecanismos de integração, o peso dos setores sociais em política externa e etc. (Neste estudo visões gerais que procuram entender as bases de funcionamento do sistema internacional como tal).
c) Problema metodológico, em grande voga nos anos 60. A controvérsia era entre clássicos e comportamentalistas.

Clássicos: compõem-se metodologicamente como uma sequência de suas origens clássicas e sua base analítica seria uma combinação de direito, filosofia e especialmente ética, ciência política clássica e História.

Positivistas ou comportamentalistas (norte-americanos): a TRI só avançaria como “ciência”, se incorporasse métodos que a aproximassem das ciências exatas. A estatística e a matemática seriam instrumentos necessários para a conversão da TRI em ciência.

Emprego da palavra “teoria”: um tanto livre (Teoria em Ciências Sociais, debate infindável). Duas características sublinhadas:

a) Observação sobre a realidade que possa servir a compreensão de mais de um fenômeno similar.
b) O processo de transposição será sempre limitado pelas circunstâncias históricas ou conjunturais de cada situação, as “leis” nunca terão o sentido de perfeição repetitiva que tem as leis físicas.

Relações internacionais (como parte das Ciências Sociais): preocupação teórica com movimentos históricos:

a) coladas aos grandes acontecimentos ganham status de disciplina acadêmica no imediato pós I Guerra Mundial, quando, aí sim, a disciplina começa a ter desenvolvimentos internos.
b) A origem dos temas que constituem o núcleo das preocupações da TRI segue uma trajetória histórica.
b.1. variação de poder para a eclosão de conflitos armados.
b.2. sistema internacional composto de Estados que se organizam de forma anárquica, de permanente conflito pela defesa e afirmação de soberania, em cada qual se sustenta pelo poder de que dispõe (self-help).
c) Balança de poder (o poder é um mecanismo que contém o poder).

- Os textos sobre RI se confundem com obras de reflexão jurídica, histórica ou filosófica:
a) vigor de hipóteses autônomas, como as de Adam Smith para a economia;
b) Maquiavel e Hobbes para o campo da ciência política;
c) Rousseau e Kant talvez sejam os que se aproximem de uma teoria do internacional.

- A violência da I Guerra Mundial abre uma temporada de reflexão sobre procedimentos, especialmente multilaterais, que garantam a paz.

- Já ao tempo da Guerra Fria, veremos que o equilíbrio de terror, determinado pela corrida armamentista nuclear entre os EUA e URSS, leva os refinamentos da chamada teoria da dissuassão.
- Em outro plano, a expansão transnacional dos processos de comunicação e produção gera o debate teórico sobre a interdependência.

- No caso da AL, é a situação de dependência que induz à reflexão teórica, não diretamente sobre o comportamento dos Estados no sistema internacional (política externa) e sim sobre os efeitos do sistema capitalista sobre as próprias possibilidades e formas de desenvolvimento dos países da região.

- Já os estudos geopolíticos – que freqüentam o pensamento latino-americano sobre relações internacionais – corresponderiam mais à adaptação de idéias americanas e européias à nossa realidade, sem pretender criação teórica. É claro que são muitos os outros temas e métodos que servem à análise da diplomacia latino-americana mas, em regra, prevaleceria o sentido de “adaptação”.

- A Teoria das Relações Internacionais (as bases são ocidentais e correspondem naturalmente ao processo de reflexão, nascido da interação dos estados (aliás, outra criação ocidental.

- Nasce naqueles países em que a possibilidade de influenciar os negócios do mundo é mais evidente.

- O tema da construção da Paz – e que sustentaria uma teoria própria, com autonomia em relação às diversas disciplinas que englobavam as noções originais da reflexão sobre o internacional (História – Tucídides) (Filosofia política – Maquiavel e Hobbes) (Direito – Grotius) (Estratégia – Clausewitz).

- Um exemplo de fixação do interesse teórico, sempre citado, é o da voga realista – o realismo é uma didática sobre o uso do poder – nos Estados Unidos, na década de 50, quando justamente se universaliza a participação americana no sistema internacional, participação que supõe alguma “sabedoria” no manejo do poder militar.

- Juventude de RI: textos clássicos são tomados de empréstimo, as hipóteses com que trabalha a TRI são muito coladas ao ideológico, mais do que em outros ramos das Ciências Sociais.

- O tema da objetividade é especialmente complexo em TRI: quem lê a teoria, deve ter o cuidado de separar o que é generalizável e serve a que se iniciem efetivas análises, daquilo que teve a que tem a aparência de teoria, mas não passa simplesmente de disfarce para interesses corretos e específicos.

Alguns valores que orientem as soluções teóricas

- É difícil conceber uma teoria pura das RI, algo que ficasse acima de visões do mundo, de perspectivas ideológicas.

- Fergunson e Mansbach (observações) que o autor se vale para começar pelos valores- ou variáveis normativas, para ficarmos com o jargão – que estariam por trás das construções teóricas. Quatro dicotomias:
1) Mutabilidade/Imutabilidade (p.79 – natureza humana)

Guerra – diplomata – soldado

As RI se desenrolam a sombra da guerra.

- Maquiavel e Hobbes ou mesmo de Freud; o caráter ambicioso do homem é imutável, contam suas criações (entre os quais o Estado): O fenômeno da guerra seria permanente.

- A história é cíclica, o homem e as instituições que cria não se aperfeiçoam.

- Os ganhos científicos e técnicos não corresponderiam a aperfeiçoamentos éticos e institucionais.

- Essa é a escola realista: Escola que tem hegemonia no campo das TRI.

- Do outro lado, haverá os que acreditam em que as coisas humanas podem ser transformadas por atos voluntários.

- Altera-e radicalmente a concepção da história, que deixa de ser cíclica e passa a ter sentido de progresso.

- O homem se renova (só de pensá-la seria um sinal alcançável)

- E o problema teórico passa a ser de conhecer os processos de contenção da agressividade humana e mesmo de superar a inevitabilidade da guerra. (P.80)

- Duas: a natureza do Estado e que se sustenta e que se sustenta na ideia de que a expansão das democratas nacionais levará à paz permnente entre os Estados (as democracias não guerreiam entre si ou na variante marxista, os Estados socialistas vivem paz.

- A natureza do SI que apesar de anárquico e constituído por soberanos, pode ser transformado, à medida mesmo que se intensificaram laços de interdependência entre os Estados. (P. 80)

- A democracia e o comércio, sendo realizações humanas, afetariam positivamente o curso da história (p. 80).

OTIMISMO/PESSIMISMO (p. 80)

- A preocupação é mais especificamente conjuntural, com a “direção de mudança”, vão importando-se e alcançada voluntariamente ou não. De qualquer maneira, as equações mutabilidade-otimismo e imutabilidade-pessimismo. Ocorrem naturalmente.

- Bentham: Ele exalta os valores igualitários, que nasceriam da difusão da educação pública, do acesso generalizado à informação e por fim, das democracias políticas.

- Haveria uma simultaneidade de mudanças – no plano do individuo com a educação e no plano social com a democracia correspondentes à modernização, com a conseqüente criação de uma atmosfera otimista. E assim à medida que universalizem as conquistas, estariam garantidos os pressupostos, sociais, políticos, de uma paz permanente.

- Os nossos autores (Ferguson e Mansbach) analisam que mesmo para os realistas os que consideram a natureza humana imutável, haveria dimensões possíveis de controle, maiores ou menores, a matizar as razões do pessimismo.

- Na visão de Morgenthau, a diplomacia seria uma instituição que nacionalmente utilizada, com prudência, poderia servir a processos de compatibilização de interesses egoístas e contraditórios.

- Um outro exemplo, no plano das instituições, seria o Conselho de Segurança das Nações Unidas nascido como instrumentos para consagrar as articulações de poder e simultaneamente como caminho privilegiado para a contenção dos conflitos.

- O contraste entre os otimistas e pessimistas reaparece. O otimismo benthamiano se repete com o pós guerra fria.

- Fica fácil de visualizar a expansão da democracia, a liberdade comercial, o reforço de valores universais, como os direitos humanos, o novo papel dos organismos internacionais que dariam sentido coletivo à segurança internacional. (Fukuyama – Fim da História e o último homem – previa-se a paz e a riqueza para todos. Os caminhos eram sabidos, o problema era somente o de trilhá-los. (p. 81)

- Mas com a explosão dos conflitos étnicos na Europa, a irredutibilidade de algumas crises regionais, as manifestações de racismo, a dificuldades de levar a bom termo a Rodada Uruguai (Doha) , a perspectiva se altera e o pessimismo volta a imperar. O texto que marca o período é o “Clash of civilizations” de Huntington. O conflito das sociedades nacionais volta necessariamente mas o que varia é o código do conflito. Depois das ideologias será o tempo do conflito entre civilizações, talvez muito mais difícil de reduzir e atenuar que o da Guerra Fria.

Competividade/Comunidade

- Dinâmica dos movimentos internacionais, especialmente entre Estados. A realização de interesses é alcançada necessariamente às expensas dos outros ou ao contrário é possível pensar em processos cooperativos? Na 1° linha, a premissa do teórico é de recursos escassos e a luta para obtê-los: o jogo internacional é zero sum (A segurança do Estado A aumenta à medida que diminui a de B).

- Na segunda, a possibilidade de que se manifeste alguma ‘harmonia de interesses” na relação dos Estados que possa induzir mecanismos de cooperação, prevalece.

- Neste jogo, se as escolhas forem “certas”, todos têm a possibilidade de ganhar simultaneamente (O Estado “A” é mais seguro se houver uma instituição de ampla participação, nascida da visão comum, em que a cooperação é a chave de segurança de todos).

- Por um lado, o realismo e a dinâmica da competição – que nasce da condição soberana e do self help – subordinada todo o complexo tecido de R.I à luta pelo poder.

- Em contraste, os “racionalistas ou idealistas” admitem que os objetivos nacionais e coletivos podem ser idênticos e, mais, acreditam que em choques de interesses, o “bem global” deve prevalecer.

Elitismo e democracia (p. 83)

- Essa dicotomia tem, por sua vez, duas dimensões:
a) Ao próprio modo de ordenar o sistema internacional;
b) Como se formular a política externa dos países;

- No primeiro, existe a tendência a identificar “poder” e “responsabilidade”. O elitismo fica por conta da atribuição as potências de organizar o S.I (p. 83).

- A noção elitista não é nova e terá várias ramificações, que começam na defesa da diplomacia secreta nos arranjos institucionais exclusivistas, na ideia de que uma elite internacional, que compartilha valores, tem condições privilegiadas de organizar os planos de paz. Exemplo disso seria o Concerto europeu do século XIX. Distribuição de poder entre os Estados.

- No plano interno, o elitismo acredita que pela gravidade das implicações dos temas internacionais e pelo fato de que o Estado deve ter objetivos permanentes, condicionados pela sua circunstância geográfica e histórica, a opinião pública deve ser minimizada (movida por paixões e emoções/manipulações) (p. 84)

- Kennan defende a isenção com que as Chancelarias devem definir as suas posições, obedecendo exclusivamente à regra do que é melhor para o Estado na lógica do internacional, desconsiderando conseqüentemente as influências de política nacional.

- As observações dos “democratas”, na fase contemporânea das RI, quem faz uma das primeiras críticas ao elitismo é Wilson, ao final da I Guerra Mundial, um tanto porque via, nas causas da Guerra, os vícios da “ética elitista” – diplomacia fechada secretas, tratados e alianças secretas.

- Os países que não tem poder, tem sentido de justiça e legitimidade e por isso direito a participar nos negócios do mundo.

- No plano interno, a defesa da participação popular ampliada, de cunho democrático nos negócios internacionais eliminaria um vício central do comportamento dos Estados, que é a tendência a usar instrumentos militares para fazer valer seus interesses.

- Na visão Kantiana, é o povo que sofre com “a Guerra” – não o soberano – assim, no momento em que aquele puder influenciar nas decisões políticas, o comportamento dos Estados se alterará.

Ordem e desordem

O autor insere uma última dicotomia às de Ferguson e Mansbach:

- O tratamento de OUTLAW em TRI desenha claramente o problema da ordem.

O uso da teoria: as RI e a perspectiva brasileira

- De que maneira construções voltadas para a compreensão do mundo ocidental desenvolvido servem para o exame das posições diplomáticas no Brasil?

a) O que é relevante para a compreensão de questões brasileiras;
b) Indagar de que maneira a sua aplicação à nossa realidade aperfeiçoaria nossa sensibilidade para problemas específicos.

- O recurso ao instrumento “ético ou jurídico” e sua efetividade.

- Com a defesa da igualdade dos Estados em Haia (Ruy Barbosa);
- Processo negociado de definição de Fronteiras, realizado pelo Barão do Rio Branco.

- As posições que assumimos nas propostas de reforma do sistema econômico internacional nas décadas de 60 e 70.

- Hoje o Brasil discutindo na ONU sobre a necessidade que se estabeleçam regras equilibradas – que superem o arbítrio daqueles que a detêm – para a transferência de tecnologia sensível.

- Em que casos as posições brasileiras foram efetivas?
- Que condições, internas e externas, permitiram o sucesso ou fracasso das posições?
- Em que medida são condições de poder que permitem que a defesa de posições jurídicas ganhe força?
Bill Clinton e Bloomberg estão em SP para cúpula das cidades

DA EFE

As autoridades de algumas das cidades mais povoadas do mundo, acompanhadas pelo presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, reivindicaram nesta quarta-feira o espaço urbano como epicentro para a aplicação de medidas ambientais e criticaram as vozes que questionam a mudança climática.
"Há pessoas que ainda questionam a ciência", disse o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, em entrevista coletiva na 4ª C40 (Cúpula Mundial das Grandes Cidades) que começou nesta quarta-feira e será encerrada amanhã (2) em São Paulo.
Bloomberg, que preside a rede C40, declarou que o fato de que não se pode afirmar com precisão quando vão se manifestar as consequências da ação do homem sobre o planeta faz com que algumas pessoas considerem que não é necessário se preocupar.
"Você não vai convencer todo mundo, mas tem que fazer o certo", disse, acrescentando que, caso continuem sendo emitidos gases poluentes, "as consequências podem ser irreversíveis".
Em discurso prévio, Bloomberg descreveu as grandes cidades como "o ímã para imigrantes de todo o mundo" e acrescentou que é necessário "pressa" para responder "às urgências dos desafios".
"Temos que responder ao chamado", afirmou Bloomberg, que defendeu o transporte público, a habilitação de rotas para o deslocamento a pé e o uso da bicicleta para promover o descongestionamento das megalópoles.
Além disso, citou seu antecessor à frente do C40, o ex-prefeito de Toronto David Miller, ao declarar que "as nações falam, as cidades atuam".
Bloomberg destacou a importância de estabelecer sistemas comuns de medição da emissão de gases que permitam estabelecer metas de redução e disse que "uma estratégia para o futuro inclui a compreensão do que somos hoje".
BANCO CENTRAL
A abertura da cúpula também contou com a presença do presidente do Banco Mundial, que oficializou a assinatura de um memorando de entendimento com a cúpula do C40 para facilitar as vias de financiamento às iniciativas municipais focadas em garantir um crescimento sustentável.
Segundo Zoellick, o acordo tem diferentes componentes "além do financiamento", como o intercâmbio de informações e apoio para a criação de mecanismos de desenvolvimento sustentável.
O presidente do organismo multilateral explicou que no ano passado o banco investiu US$ 5 bilhões em áreas urbanas e declarou que "as cidades são o futuro da mudança climática".
O anfitrião do evento, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, lembrou que, segundo os cálculos da ONU, 60% da população mundial será urbana em 2030 e defendeu acordos concretos nos próximos encontros internacionais sobre mudança climática, para que não se repitam as mesmas dificuldades encontradas pelo Protocolo de Kyoto.
"Com diálogo e cooperação podemos criar ações", disse Kassab, que acrescentou que "não há tempo a perder".
O prefeito da cidade mais populosa da América do Sul deu como exemplo de sucesso o programa "Cidade Limpa", por meio do qual São Paulo, "que era a cidade mais poluída visualmente do mundo, passou a ser a cidade menos poluída visualmente do mundo" com a proibição de publicidade nos espaços públicos.
Além de representantes dos governos municipais de cerca de 60 cidades de todo mundo, chegou a São Paulo nesta quarta-feira o ex-presidente americano Bill Clinton, que lidera a Clinton Climate Initiative (CCI), organismo vinculado à rede do C40.
Clinton, que declarou que "construir um futuro sustentável é o único caminho possível", disse que o investimento em projetos dirigidos a essa finalidade é a "boa economia" e louvou os programas ecológicos paulistanos.
O ex-governante também comentou as deficiências do transporte público de São Paulo ao chegar com atraso considerável após passar "uma hora e meia rodeando a cidade em círculos antes de aterrissar".
Já o prefeito de Nova York encerrou sua entrevista coletiva com um: "Eu pego o metrô."
Otan prorroga ação; jornal diz que há britânicos em solo líbio

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) anunciou nesta quarta-feira que as operações na Líbia foram prorrogadas por mais três meses e que a queda do ditador Muammar Gaddafi é "uma questão de tempo".
"A questão não é saber se Gaddafi irá embora, mas quando", declarou o secretário-geral da aliança militar, Anders Fogh Rasmussen, em uma entrevista coletiva em Bruxelas.
"Os aliados e sócios apoiaram energicamente este chamado ao decidir prolongar por três meses a missão da Otan na Líbia", que a princípio deveria terminar no dia 27 de junho e agora irá até o fim de setembro, completou.
"A saída de Gaddafi pode levar um certo tempo, mas também pode acontecer amanhã", acrescentou Rasmussen.
"Trata-se de uma mensagem clara para o regime de Gaddafi: estamos decididos a manter nossas operações para proteger o povo líbio. Nossa decisão também é uma mensagem clara para o povo líbio: a Otan, nossos aliados, toda a comunidade internacional está com vocês", acrescentou.
"Estamos unidos para assegurar de que possam construir nosso próprio futuro. E esse dia está se aproximando", concluiu o secretário-geral da Otan.
REVELAÇÃO
O anúncio de Rasmussen chega no mesmo dia em que o jornal britânico "The Guardian" revelou, citando fontes militares britânicas, que veteranos das forças especiais britânicas a serviço de empresas de segurança particulares, estão em Misrata para ajudar a rebeldes.
Os mercenários obtêm informações sobre a localização e os movimentos das tropas leais a Gaddafi e as transmitem depois para o centro de comando da Otan em Nápoles, informa o diário.
Os ex-militares estão na Líbia com a permissão do Reino Unido, da França e de outros países membros da Otan e receberam equipamentos das forças da coalizão.
O Ministério da Defesa do Reino Unido negou que os mercenários sejam pagos pelo governo britânico e insistiu que não há tropas de combate em território líbio.
Os conselheiros militares são pagos pelos países árabes, especialmente pelo Qatar, segundo o "Guardian".
ENTENDA
A Otan assumiu o controle da operação militar na Líbia no dia 31 de março.
A operação havia começado no dia 19 de março, um mês depois do início da revolta popular violentamente reprimida pelo regime de Muammar Gaddafi no poder há quase 42 anos.
Na noite de terça-feira, os aviões da aliança voltaram a atacar a capital líbia Trípoli, alvo de bombardeios intensos há dez dias.
Segundo o porta-voz do governo líbio, Moussa Ibrahim, 718 civis morreram e 4.067 ficaram feridos nos ataques da Otan e da coalizão entre 19 de março e 26 de maio.
O tenente-coronel Mike Bracken, porta-voz da Otan, afirmou que a aliança, cuja intervenção militar se limita às operações aéreas, "seguirá pressionando" o regime, já que as forças do ditador líbio continuam atacando civis.
Bracken mencionou como exemplos as cidades de Dfania e de Yefren, no oeste e no sudoeste da Líbia respectivamente.
Dfania, a poucos quilômetros de Misrata, foi "bombardeada cegamente", disse o porta-voz da Otan.
Em Yefren "a vida é extremamente difícil e perigosa devido aos intensos bombardeios" das forças do regime, ressaltou Bracken.
Em Roma, Berlusconi e Kirchner retomam relações bilaterais

DA FRANCE PRESSE, EM ROMA

O premiê italiano, Silvio Berlusconi, e a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, decidiram nesta quarta-feira, em Roma, reativar "em todos os níveis" as relações bilaterais, depois de nove anos de tensões entre os dois países.

A iniciativa foi anunciada numa declaração conjunta divulgada após um almoço de trabalho na sede do governo italiano, o Palácio Chigi.

Claudio Onorati/Efe

Presidente argentina, Cristna Fernández, ao lado do premiê italiano, Silvio Berlusconi; países retomam relações

"Inspirados nos valores comuns de liberdade, democracia, progresso social, respeito aos direitos humanos, e do direito internacional e da defesa do multilateralismo nas relações internacionais (...) celebramos o reinício das relações bilaterais em todos os níveis", dizia o texto divulgado pelo governo italiano.

Os dois dirigentes lembraram o Tratado Geral de Amizade e Cooperação Mútua assinado em 1998 entre a Argentina e a Itália, sobre o "aumento e a diversificação" do comércio bilateral.

A presidente argentina, vestida de preto e com o cabelo solto, chegou pouco depois das 13 horas (8 horas no horário de Brasilia) para o almoço com Berlusconi, que durou quase três horas.

Cristina Kirchner foi recebida por um pequeno grupo de simpatizantes que a esperavam com uma enorme faixa com os dizeres: "Cristina, honremos os 150 anos da Itália com sua presença".

Trata-se da primeira visita desde 2002 de um presidente argentino à Itália, país com laços históricos, uma vez que mais da metade da população argentina é de origem italiana.

Os dois presidentes concordaram em promover o intercâmbio em setores como economia, ciência, tecnologia e cultura e reafirmaram o desejo comum de trabalhar em conjunto no G-20 e na reforma do Conselho de Segurança da ONU.

Ao final do almoço não houve uma coletiva de imprensa, o que já é comum de Berlusconi que quer evitar perguntas incômodas dos veículos estrangeiros sobre os escândalos sexuais e a humilhante derrota eleitoral sofrida no último fim de semana pela coalizão da direita nas eleições municipais de Milão e Nápoles.

Kirchner chegou a Roma na tarde de terça-feira para participar da comemoração dos 150 da unificação da Itália, na qual participaram 40 presidentes e líderes de Estado.
ONU vê crimes de guerra dos dois lados do conflito na Líbia

DA BBC BRASIL

Investigadores das Nações Unidas acusaram nesta quarta-feira as tropas do governo da Líbia de cometer crimes de guerra e contra a humanidade durante o atual conflito no país, mas também reportaram abusos cometidos pelas forças de oposição ao líder Muammar Gaddafi.
Em um comunicado, a comissão investigativa da ONU afirmou ter encontrado evidências de assassinatos, tortura e ataques indiscriminados contra civis cometidos pelas tropas de Khadafi.
"A comissão recebeu menos relatos de crimes internacionais (por parte) das forças de oposição. No entanto, encontrou, sim, alguns fatos que constituiriam crimes de guerra", disse o Conselho de Direitos Humanos da ONU.
Em abril, o Conselho havia enviado o grupo de especialistas independentes à Líbia para investigar supostas violações.
Segundo a agência Reuters, os especialistas se depararam com alegações de uso excessivo da força, assassinatos cometidos extrajudicialmente, interferências à liberdade de expressão, violência sexual, ataques contra civis e uso de soldados menores de idade, entre outros crimes.
"A comissão expressou preocupação quanto a essas violações a ambos os lados do conflito, instando-os a implementar os direitos humanos internacionais e a lei humanitária internacional", diz o comunicado.
MISSÃO DA OTAN
Os confrontos prosseguem no país norte-africano. Na cidade de Benghazi (leste da Líbia), considerada bastião dos rebeldes e local onde começaram os protestos anti-Gaddafi, em fevereiro, uma forte explosão ocorreu perto de um hotel, deixando ao menos um morto.
Há relatos de que a explosão tenha sido causada por uma bomba deixada em um carro, e os rebeldes disseram se tratar de "um ato covarde".
A Otan anunciou nesta quarta-feira que estenderá sua missão na Líbia por mais 90 dias.
A medida foi aprovada por unanimidade pelos embaixadores dos 28 países-membros da aliança.
"Estamos determinados a continuar nossa operação para proteger o povo líbio", disse o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen.
A Otan atua na Líbia com autorização de uma resolução da ONU e sob a justificativa de proteger os civis dos ataques promovidos pelas forças de Gaddafi. O prazo inicial dado pelas Nações Unidos para a realização de ataques na Líbia expirava em 27 de junho.
"Estamos unidos para garantir que vocês (população líbia) possam moldar seu próprio futuro", ressaltou Rasmussen.
O secretário-geral da Otan acrescentou que "a questão não é se Gaddafi irá (deixar o poder), mas quando. Pode levar um tempo, mas também pode acontecer amanhã".
Autoridades líbias alegam que os bombardeios aéreos da Otan mataram 700 civis desde o início de suas operações - acusação que a aliança nega.
Outras milhares teriam sido mortas nas operações das tropas de Gaddafi contra os rebeldes.
DESERÇÕES
Também nesta quarta-feira, o ministro líbio do Petróleo, Shukri Ghanem, confirmou ter abandonado o governo de Khadafi, duas semanas após ter deixado o país.
Em uma coletiva em Roma, Ghanem disse que a violência na Líbia chegou a níveis "intoleráveis" e que está em contato com a oposição.
Ele é a principal autoridade a mudar de lado no conflito desde a deserção do ex-chanceler Moussa Koussa, que abandonou a Líbia em março.
Na última segunda-feira, oito militares de alta patente haviam anunciado sua deserção do governo de Khadafi, unindo-se a outros diplomatas, militares e ministros que abandonaram o regime desde o início da onda de protestos, em fevereiro.
Da Itália, ministro líbio do Petróleo confirma que abandonou país

DA FRANCE PRESSE, EM ROMA

O ministro líbio do Petróleo, Chukri Ghanem, anunciou nesta quarta-feira em Roma que deixou seu país para se juntar aos rebeldes e lutar "por um Estado democrático", em declarações à imprensa italiana.
"Na situação em que vivemos não é possível trabalhar. Deixei meu país e meu trabalho para me juntar aos jovens líbios que lutam por um Estado democrático", declarou.
Ghanem, presidente da Companhia Nacional de Petróleo, chegou à ilha tunisiana de Djerba em meados de maio, e depois partiu para um destino que até agora era desconhecido.
A Líbia exportava em condições normais 1,49 milhão de barris diários, em grande parte (85%) para a Europa, segundo a Agência Internacional de Energia (AIE). Mas sua produção caiu fortemente após o início da revolta no dia 15 de fevereiro.
A Itália era o primeiro sócio comercial da Líbia e tinha grandes investimentos nesse país.
Jobim admite necessidade de 'ajustes na fronteira' contra o tráfico

DA BBC BRASIL

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse à BBC Brasil que é necessário "fazer alguns ajustes na fronteira" do Brasil com Colômbia, Bolívia e Peru para combater a entrada do tráfico de drogas no território brasileiro.
As declarações de Jobim foram feitas durante sua viagem à Buenos Aires, na última semana, para participar da inauguração do Centro de Estudos Estratégicos de Defesa (CEED), do Conselho de Defesa da Unasul (União Sul-Americana de Nações).
Segundo o ministro, os traficantes de drogas têm utilizado com mais frequência os rios e estradas que ligam o Brasil a seus vizinhos no continente. "Eles têm usado mais a ligação fluvial do que as pistas clandestinas de avião", afirmou.
Jobim viajará no dia 24 de junho para a Colômbia, junto com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para reuniões com autoridades colombianas em que serão definidas "operações conjuntas" na fronteira entre os países.
"Precisamos ampliar nossa área de combate ao tráfico de drogas e aumentar a vigilância da Cabeça do Cachorro para baixo', afirmou. A região conhecida como Cabeça do Cachorro fica no Estado do Amazonas, na fronteira com a Colômbia.
AÇÕES COORDENADAS
O ministro disse ainda que, do lado brasileiro, as ações serão coordenadas entre o Exército, a Força Nacional, a Polícia Federal e a Policia Rodoviária Federal. "Na Colômbia, o combate ao trafico faz parte dos trabalhos do Exército. E nós vamos atuar conjuntamente", disse.
Ele destacou que, do encontro, sairá um "modelo de ação" que o Brasil vai propor também às autoridades da Bolívia e do Peru, em reuniões que ainda serão agendadas. "No caso da Bolívia e do Peru, atuaremos, principalmente, com a Polícia Federal."
De acordo com Jobim, o número dos pelotões no lado brasileiro das fronteiras será ampliado de 24 para 49 nos próximos meses. Cada pelotão tem pelo menos 90 soldados.
Segundo dados recentes da Polícia Federal, a entrada da cocaína boliviana aumentou no Brasil. "O Brasil passou a ser corredor da cocaína boliviana, que é definida pelos especialistas como de péssima qualidade. Esse assunto virou questão de polícia e de saúde pública também", afirmou um negociador brasileiro.
Em uma palestra recente em Bogotá, o professor Alejandro Gavíria, da Faculdade de Economia da Universidade De los Andes, disse que a produção de cocaína está caindo na Colômbia, mas que o país voltou a ser "passagem" da droga dos países vizinhos para outros países.
"Na guerra contra o narcotráfico, a vitória nunca é definitiva. A produção da folha da coca voltou a ser intensificada na Bolívia e no Peru e caiu na Colômbia. Mas a Colômbia voltou a ser terreno forte para o trafico."
Gavíria afirmou ainda que a logística do tráfico ficou mais sofisticada nos últimos tempos. A prova disso foi a apreensão de um submarino que levaria cocaína para o México. "Se nós, latinos, não assumirmos esse problema conjuntamente, será muito difícil", disse.
Colômbia e Peru são considerados pela ONU como os dois maiores produtores de cocaína do mundo com, respectivamente, 410 toneladas e 300 toneladas produzidas em 2010.
Crescente deficit com EUA preocupa, diz Patriota em Washington

DA BBC BRASIL

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse nesta quarta-feira em Washington que o "crescente" deficit do Brasil na balança comercial com os Estados Unidos, de US$ 7,7 bilhões em 2010, é motivo de preocupação em Brasília.
O chanceler veio à capital americana para discutir maneiras de tornar o comércio bilateral mais equilibrado e a implementação das decisões tomadas durante a visita de março do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ao Brasil.
"Há um crescente deficit comercial na nossa relação, que é motivo de alguma preocupação", afirmou Patriota, que foi recebido em Washington pela secretária de Estado americana.
O problema do deficit comercial brasileiro não é novo e foi um dos principais assuntos tratados na visita de Obama.
Na ocasião, a presidente Dilma Rousseff manifestou preocupação com os "desequilíbrios econômicos" e disse que o Brasil gostaria de ter relações "mais justas e equilibradas com os Estados Unidos".
"Vamos buscar diferentes caminhos para tentar desenvolver um comércio que seja mutuamente benéfico", afirmou o ministro.
"Nossa relação é muito robusta. Nós discutimos oportunidades para aumentar as exportações do Brasil para os EUA."
Segundo o ministro, a questão do câmbio, com a valorização do real frente ao dólar sendo um dos fatores que prejudicam a competitividade das exportações brasileiras, será abordada "multilateralmente".
DIVERSIFICAÇÃO
Apesar do deficit --que foi o pior registrado na balança brasileira no ano passado -, Patriota elogiou a diversidade das exportações brasileiras para os Estados Unidos, em contraste com o que ocorre com a China, maior parceiro comercial do Brasil.
"Com a China há uma concentração em poucos produtos, a saber, minério de ferro, soja e petróleo. E estamos tentando diversificar nossas exportações para a China", disse.
"Com os Estados Unidos não temos o mesmo problema. Há uma plataforma mais diversificada. E nós gostaríamos de continuar a exportar aviões, carne e outros produtos."
Patriota também voltou a pedir mais investimentos americanos, especialmente no momento em que o Brasil se prepara para grandes eventos, como a Copa do Mundo, em 2014, e os Jogos Olímpicos de 2016.
A parceria comercial com o Brasil ganha importância nos Estados Unidos em meio à meta definida por Obama de dobrar as exportações americanas até 2014.
Segundo Hillary, a área de comércio e investimentos no Brasil é "uma grande prioridade do governo Obama".
"Temos uma relação diversificada e queremos que fique mais (diversificada) ainda", afirmou a secretária.
O ministro convidou a secretária de Estado a visitar o Brasil para dar continuidade às discussões - que ocorrem no âmbito do chamado Diálogo de Parceria Global Brasil-Estados Unidos.
"Eu convidei a secretária Clinton para ir ao Brasil para continuar essa discussão e para que nós possamos, no futuro, ter um encontro produtivo entre os nossos dois líderes, o mais cedo possível e no momento mais apropriado", disse.
Patriota não confirmou, no entanto, uma data para a visita de Dilma a Washington.
Conhecimento científico: real, contingente, sistemático, verificável, falível, aproximadamente exato.

Conhecimento filosófico: valorativo, racional, sistemático, não verificável, infalível, na busca da exatidão.



O conhecimento filosófico é caracterizado pelo esforço da razão pura para questionar os problemas humanos e pode discernir entre o certo e e o errado, unicamente recorrendo às luzes da própria razão humana. Assim, se o conhecimento científico abrange fatos concretos, positivos, e fenômenos perceptíveis pelos sentidos, pelo emprego de instrumentos, técnicas e recursos de observação, o objeto de análise da filosofia s1ão ideias, relações conceituais, exigências lógicas que não são redutíveis a realidades materiais e, por essa razão, não são passíveis de observação sensorial direta e indireta (por instrumentos), como a que é exigida pela ciência experimental. O método da ciência é o experimental: ela caminha apoiada nos fatos reais e concretos, afirmando somente aquilo que é autorizado pela experimentação.

Crítica de Halliday em relação a chamar o liberalismo wilsoniano de utópic

primeiro, os realistas confundem uma tentativa de regular e melhorar as relações internacionais, um projeto perfeitamente viável, com perseguição de um ideal...
*segundo, ignora o que era para Wilson uma precondição central à efetivação da paz através da lei, qual seja, a disseminação da democracia liberal
*terceiro, porque ao depreciar os utópicos desacreditam, a partir do próprio conceito e da análise da utopia, uma parte duradoura e válida da teoria social e política

Crítica de Halliday em relação a chamar o liberalismo wilsoniano de utópic

primeiro, os realistas confundem uma tentativa de regular e melhorar as relações internacionais, um projeto perfeitamente viável, com perseguição de um ideal...
*segundo, ignora o que era para Wilson uma precondição central à efetivação da paz através da lei, qual seja, a disseminação da democracia liberal
*terceiro, porque ao depreciar os utópicos desacreditam, a partir do próprio conceito e da análise da utopia, uma parte duradoura e válida da teoria social e política