segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Consulado desaconselha viagem à Argentina por causa de cinzas

DA EFE, EM BUENOS AIRES

O Consulado Geral do Brasil em Buenos Aires recomendou nesta segunda-feira que os brasileiros evitem viajar à Argentina, "especialmente ao sul" do país, por causa de "alertas meteorológicos" para possíveis erupções do complexo vulcânico chileno Puyehue-Cordón Caulle.
Na semana passada, nuvens de cinzas voltaram a afetar a operação de voos em Buenos Aires, enquanto o sul do país começa lentamente a se recuperar de graves prejuízos.
Em nota, o Consulado afirmou que as companhias aéreas que realizam conexões com cidades patagônicas como Bariloche e Ushuaia "argumentam que se trata de um fenômeno natural fora de suas responsabilidades", sem dar apoio logístico aos passageiros de voos cancelados.
O site da Aeropuertos Argentina 2000, concessionária de terminais aéreos do país, mantém o aviso de que algumas operações aéreas "sofreram diversas mudanças devido às cinzas emitidas pelo vulcão Puyehue."
Desde que o complexo vulcânico chileno entrou em erupção, em 4 de junho, centenas de voos tiveram que ser cancelados em Buenos Aires.
O fenômeno causou ainda milionárias perdas a produtores agropecuários das províncias de Río Negro e Neuquén, na Patagônia argentina, onde estão os principais centros de turismo de inverno do país.
Líder da oposição síria é detido em Damasco

DA REUTERS

Agentes sírios detiveram, e posteriormente soltaram, na segunda-feira o líder oposicionista Riad Seif, impedindo-o de embarcar para a Alemanha, onde pretende se tratar de um câncer de próstata, segundo fontes da oposição.
O incidente aconteceu no aeroporto de Damasco, minutos antes do embarque de Seif e da sua esposa, alemã, em um voo da Austrian Airways, segundo relato feito à Reuters por um amigo dele.
O casal foi liberado duas horas depois, quando o voo já havia partido.
"Riad tinha agendado exames cruciais na Alemanha. Depois que a bagagem dele foi embarcada e os dois estavam sentados no portão de embarque, um agente de segurança veio com um saco plástico preto que ele disse ter sido achado na bagagem de Riad", relatou o amigo. "Pelican (mulher de Riad) percebeu que era uma farsa para impedir Riad de viajar."
Uma proibição oficial para que Seif viajasse foi suspensa há alguns dias. O oposicionista de 60 anos, crítico severo do regime autoritário em vigor na Síria, passou duas semanas detido em maio por participar de uma passeata em Damasco. Em 2010, ele foi solto da cadeia após passar oito anos como preso político.
Israel extraditará à Bósnia acusado de participar de genocídio

DA EFE

Israel vai extraditar para a Bósnia Aleksandar Cvetkovic, acusado de matar mais de mil muçulmanos em 1995 durante massacre em Srebenica, realizado pelas forças sérvias.

Um tribunal de Jerusalém autorizou hoje a transferência do suspeito e sua entrega às autoridades de Sarajevo, onde responderá por atos de terrorismo, disse a versão digital do jornal "Jerusalem Post".

A corte exigiu do governo sérvio a garantia da segurança do preso, mantendo-o em cela separada durante o julgamento e eventual cumprimento de pena, e permitindo visitas da embaixada israelense.

O governo bósnio solicitou no ano passado a extradição Cvetkovic, que foi em 2006 para Israel com a mulher judia, recebendo cidadania israelense. O acusado foi preso em janeiro pelas autoridades do país.

Cvetkovic é acusado de ter feito parte de um esquadrão de fuzilamento que executou entre mil e 1.200 muçulmanos sérvios em uma fazenda de Branjevo, em julho de 1996. As mortes fazem parte do chamado Massacre de Srebrenica, no qual morreram mais de oito mil muçulmanos.

Ele nega responsabilidade quanto às acusações e argumenta que serviu durante a guerra apenas como motorista das tropas. Seu advogado anunciou que recorrerá da sentença que permite a extradição, que pode ser executada nos próximos 60 dias.
"Terroristas favoritos" de Washington gastam milhões para sair de lista de alvos

ANNA FIFIELD
DO "FINANCIAL TIMES"

Um grupo de exilados iranianos está gastando milhões de dólares em uma campanha de lobby para ser removido da lista oficial de organizações terroristas estrangeiras do governo norte-americano, e recrutou diversas figuras conhecidas no ramo da segurança nacional dos Estados Unidos para agirem em sua defesa.

Dezenas de antigos funcionários do governo e políticos de todos os matizes -do conservador John Bolton ao progressista Howard Dean- receberam pagamentos da ordem de dezenas de milhares de dólares para discursar em eventos organizados por simpatizantes do movimento Mujahedin-e-Khalq (MEK), ou Mujahedin do Povo, nos Estados Unidos, conforme constatou o "Financial Times".

Em 1997, Washington incluiu o MEK, grupo islâmico marxista que em 1979 apoiou a ocupação da embaixada norte-americana em Teerã, na sua lista de organizações terroristas. Mas o grupo alega ter renunciado ao terrorismo em 2001, e apelou para ser excluído da lista, que também inclui a Al Qaeda e o Hizbollah. A organização se afastou do governo islâmico iraniano depois da revolução de 1979.

A organização contratou o escritório de lobby Akin Gump Strauss Hauer & Feld para convencer legisladores norte-americanos a apoiarem sua causa, e veiculou diversos anúncios em jornais, com preços da ordem de mais de US$ 100 mil. O Departamento de Estado deve decidir quanto a retirar o nome do MEK da lista de organizações terroristas no mês que vem.

Para ajudar a defender sua causa grupos ligados ao MEK recrutaram mais de 40 antigos funcionários do governo norte-americano e políticos para falar em nome da organização. Entre eles estão o ex-prefeito de Nova York Rudolph Giuliani; Jim Jones, primeiro assessor de segurança nacional do presidente Barack Obama; o general reformado Wesley Clark; e Tom Ridge, o primeiro titular do Departamento de Segurança Interna.

Uma analista de assuntos iranianos, Trita Parsi, definiu a organização como "os terroristas favoritos de Washington".

Lee Hamilton, antigo presidente democrata do Comitê de Relações Exteriores da Câmara, e Michael Mukasey, secretário da Justiça no governo de George W. Bush, admitiram ambos ao
"Financial Times" ter recebido honorários para palestrar em eventos ligados ao MEK.

Bolton, embaixador de Bush às Nações Unidas, disse que não vê como problema as palestras pagas que fez em eventos do grupo, e Dean, antigo presidente do comitê nacional do Partido Democrata, descartou a questão como "irrelevante".

Nenhum dos demais palestrantes contatados revelou quanto havia recebido, mas Ed Rendell, antigo governador da Pensilvânia, disse ter recebido US$ 20 mil por um discurso de 11 minutos. "Mas mesmo que pagassem US$ 50 mil, eu não faria a palestra se não concordasse com a ideia".

Diversas pessoas conhecedoras das ofertas da MEK descreveram uma escala flexível de pagamentos da ordem dos US$ 20 mil a US$ 100 mil por discurso. Ahmad Moein, diretor executivo da Iranian American Community of Northern California, uma das organizações envolvidas na campanha de lobby, disse que os montantes envolvidos foram "tema de sérios exageros".

TRADUÇÃO DE PAULO MIGLIACCI
ONU alerta que crise no chifre da África piora diariamente

DA EFE
A crise humanitária que atinge a região do chifre da África piora diariamente e há o risco de a crise de fome decretada em duas regiões da Somália se ampliar a outras cinco ou seis áreas, alertou nesta segunda-feira a subsecretária geral da ONU para Assuntos Humanitários, Valerie Amos.
"A crise está se intensificando no chifre da África. No Quênia, Etiópia, Somália e Djibuti, há 12,4 milhões de pessoas com extrema necessidade de ajuda, enquanto a situação piora", disse Amos à imprensa na sede da ONU em Nova York, onde enfatizou que a situação é particularmente preocupante na Somália.
Nesse país, Amos disse que a crise humanitária pode atingir proporções ainda mais catastróficas, "a menos que haja um aumento em massa da resposta internacional".
"A crise de fome pode se estender em breve a outras cinco ou seis regiões", alertou o responsável do Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU (OCHA). "Dezenas de milhares de somalis já morreram e centenas de milhares enfrentam uma crise de fome com consequências para toda a região".
Amos falou sobre histórias de mães somalis que se veem obrigadas a abandonar seus filhos enquanto caminham durante semanas fugindo da seca e da fome, além de crianças órfãs que lotam os campos de refugiados da região, devido à "pior seca dos últimos 60 anos".
"Essas histórias e essas imagens são uma chamada de atenção que nos lembram que devemos fazer o máximo possível para aliviar seu sofrimento e quanto possamos para que (a crise de fome) não ocorra novamente", disse a subsecretária geral do organismo, que visitou recentemente a região.
A ONU decretou no dia 20 de julho estado de crise de fome em duas regiões do sul da Somália, Bakool e Baixa Shabelle, algo inédito neste país nos últimos 20 anos.
Casa Branca nega que republicanos sejam vencedores do acordo

DA EFE

A Casa Branca negou nesta segunda-feira que os republicanos sejam os vitoriosos diante do acordo sobre o aumento do teto da dívida pública americana, depois de o presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, John Boehner, expressar essa ideia a seus companheiros de partido.

"Não é certo em absoluto", respondeu o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, perguntado em sua entrevista coletiva diária sobre se os republicanos conseguiram impor todas suas prioridades no acordo para elevar o teto da dívida e os democratas ficaram "sem nada".

Em uma conferência telefônica com congressistas republicanos, Boehner teria descrito o acordo conseguido no domingo como um grande triunfo para os republicanos -- que "lutaram" -- sobre os democratas -- que "cederam" --, informa nesta segunda-feira o "Wall Street Journal".

"Não alcançamos o grande acordo que esperávamos", reconheceu Carney nesta segunda-feira. "Mas isso não significa que não conseguimos conquistas significativas".

O porta-voz ressaltou que o projeto, que alçará o teto da dívida em pelo menos US$ 2,1 trilhões adicionais até 2013, "protege os investimentos essenciais" e assegura um "enfoque equilibrado".

O porta-voz também negou que o presidente Barack Obama considere enfraquecido seu poder nas negociações, tal como dizem nesta segunda-feira vários artigos de opinião em jornais americanos.

"Não há dúvida que este processo se viu como um desastre. E foi, em algumas ocasiões foi um circo", reconheceu. "Enviamos inutilmente a mensagem ao mundo de que os EUA desonrariam suas obrigações, quando isso não iria ocorrer".

"Nada disso é fácil, pois os assuntos são difíceis. Mas conseguimos um consenso em Washington para priorizar o crescimento econômico e a criação de empregos", destacou Carney.

Parlamentares republicanos e democratas discutem nesta segunda-feira o acordo de dívida, que deve ser assinado por Obama antes da meia-noite (horário local), e esperam submetê-lo ainda nesta segunda-feira a votação nas duas casas legislativas.
Acordo anticalote vai ao Congresso dos EUA sem apoio unânime

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Apesar da reação internacional positiva, os legisladores e o governo americanos avaliam com cautela o acordo entre republicanos e democratas para a redução do deficit em US$ 1 trilhão e a elevação do teto da dívida em US$ 2,4 trilhões nos próximos dez anos.
O acordo foi anunciado na noite de domingo pelo presidente Barack Obama, que lançou a responsabilidade de aprovar as medidas ao Congresso --um dia antes da data limite para o Orçamento americano e a ameaça de um calote das dívidas e ameaça de não pagamento dos benefícios sociais e empresas que prestam serviço ao governo.
Se aprovado, o pacote deve preservar a classificação de risco dos EUA, dar garantias aos investidores do mercado financeiro mundial e pode, possivelmente, reverter as perdas dos últimos dias nas bolsas diante do risco de calote.
A proposta, contudo, não é unânime entre a ala mais conservadora da direita e nem mesmo os aliados democratas de Obama.
O impasse de quase três meses sobre o teto da dívida provocou nervosismo em mercados internacionais, pelo risco de calote do maior devedor do mundo.
Os EUA atingiram seu limite de endividamento em maio, mas o governo usou manobras para garantir o pagamento das contas até esta terça-feira.
Depois de 2 de agosto, o Tesouro informou que não terá mais dinheiro para pagar despesas correntes e os juros da dívida, o que poderia levar ao primeiro calote dos Estados Unidos. A suspensão do pagamento da dívida americana provocaria o aumento das taxas de juros do país.
A líder democrata na Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi, não quis se comprometer com o plano e sugeriu que nem todos os democratas vão apoiá-lo na Casa --que deve votar o pacote de medidas entre segunda-feira e terça-feira.
"Eu aguardo ansiosamente para revisar a legislação com meu cáucus para ver o nível de apoio que podemos providenciar", disse Pelosi, em comunicado por escrito.
Um funcionário da administração Obama reconheceu que "há alguns democratas que simplesmente não acreditam na necessidade de reduzir o deficit", mas ressaltou que a maioria apoia.
"Eu acho que é importante como partido mostrar aos americanos que estamos sérios sobre a redução de deficit", disse.
Os primeiros passos para aprovar o acordo no Senado começariam na tarde desta segunda-feira, na forma de um voto de procedimento para encerrar o debate na medida e estabelecendo sua votação na noite do mesmo dia. A medida seguiria então imediatamente para a Câmara dos Deputados, que votaria na terça-feira.
Mas aí reside uma outra ala de insatisfeitos, a ultradireita do Partido Republicano, o Tea Party. Seus membros sugeriram que é possível derrubar a estratégia democrata de impedir debate no Senado e pedir ao menos 30 horas de discussão sobre o plano --o que já impediria sua aprovação antes do prazo de 2 de agosto.
VETERANOS
Outro grupo "de risco" está na Câmara dos Deputados, onde mais de 60 republicanos veteranos do Comitê de Serviços Armados não parecem dispostos a aceitar o corte de US$ 350 bilhões ao orçamento base de Defesa. O corte, parte do plano, representa o primeiro golpe aos cofres do Pentágono desde os anos 90 e será implementado de acordo com uma revisão das missões dos EUA.
A proposta inclui ainda um mecanismo de segurança para que, se não houver acordo para novos meios para reduzir a despesa e atualizar o plano, outros US$ 500 bilhões serão cortados do orçamento da Defesa, entre outros.
A Casa Branca espera que os líderes dos dois partidos nas Casas consigam convencer seus colegas da importância de aprovar estas medidas. Eles passaram o último domingo investigando seus correligionários para determinar quantos votos seriam perdidos a partir do momento em que os detalhes do plano serão divulgados.
Na noite de domingo, Obama foi a público anunciar o que parece ser o capítulo final de uma disputa sem precedentes na economia americana, acostumada a elevar o teto da dívida quase anualmente. Desta vez, um tema aparentemente de prioridade econômica foi contaminado pelo clima de disputa eleitoral na Casa Branca, em 2012.
Segundo Obama, o acordo permitirá "evitar o default e encerrar a crise que Washington impôs ao resto dos Estados Unidos".
Corte de 30 mil funcionários não atinge Brasil, diz HSBC

DA REUTERS

O HSBC informou nesta segunda-feira que o Brasil não será afetado pelo plano mundial de demissões anunciado mais cedo pela matriz do banco.
"O Brasil não faz parte da reestruturação do grupo, que inclui corte de funcionários", informou em nota a assessoria de imprensa da unidade do HSBC no país.
Pela manhã, ao anunciar os resultados do primeiro semestre, a matriz do banco britânico avisou que eliminará cerca de 30 mil empregos até 2013, já que vai sair de países onde encontra dificuldades para competir.
No comunicado desta tarde, a unidade brasileira do HSBC informou que está contratando 1.000 novos gerentes de relacionamento este ano para ampliar sua presença no varejo local.
"O país foi destaque no anúncio dos resultados ao ser, entre os 87 países onde o banco atua, o terceiro a mais contribuir com o lucro do grupo", segundo trecho da nota à imprensa, detalhando que o lucro antes de impostos do conglomerado no Brasil foi de US$ 637 milhões de janeiro a junho.
48% das exportadoras perderam participação no mercado externo


ANA CAROLINA OLIVEIRA
DE BRASÍLIA
As indústrias perderam participação na pauta de exportações brasileiras. Segundo levantamento divulgado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) nesta segunda-feira, 48% das empresas exportadoras perderam participação no mercado externo ou deixaram de exportar em 2010. Dessas, 34% interromperam suas vendas ao exterior.
O estudo mostrou ainda que os empresários estão menos confiantes em relação as vendas ao mercado externo em 2011. De acordo com o estudo, 24% das indústrias preveem redução da participação das exportações em seu faturamento bruto esse ano.
A CNI identificou que as pequenas indústrias foram as que mais registraram dificuldades em competir no mercado externo. Entre essas, 55% perderam participação no mercado externo e 48% deixaram de exportar.
Para a entidade, o baixo percentual é explicado pela pouca rentabilidade das vendas externas, prejudicada pelo real valorizado, e pelo mercado externo desfavorável, sobretudo na comparação com o mercado doméstico.
"É importante rever esse quadro e dar novo estimulo à exportação. As empresas exportadoras que estão mais expostas à competição, tendem a ser mais inovadoras e disseminam ganhos de competitividade no mercado doméstico", afirma a CNI em nota.
A pesquisa foi feita com 1.569 empresas de todo o país, no período de 31 de março a 14 de abril de 2011.
Jobim elogia Dilma e diz que quer ficar no governo

BERNARDO MELLO FRANCO
DE SÃO PAULO

O ministro Nelson Jobim (Defesa) afirmou nesta segunda-feira (1º) que não está demissionário e que deseja permanecer no governo.

Em entrevista ao "Roda Viva", da TV Cultura, ele disse ter "prazer" no cargo e rasgou elogios à presidente Dilma Rousseff, que estuda substituí-lo.

"A presidente Dilma é extraordinária. Minha relação com ela é ótima. Ela tem uma grande visão de Estado, uma visão de futuro", disse.

O peemedebista irritou Dilma na semana passada ao declarar, em entrevista à Folha e ao UOL (empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha), que votou em José Serra (PSDB) na eleição presidencial de 2010.

Seis dias depois, ele disse não se sentir desconfortável na Esplanada.

"Eu não tenho nehum problema, nenhuma dificuldade. Eu estou no governo porque me dá prazer", afirmou. "Sou ministro por prazer. Tenho desejo de continuar a fazer aquilo que estou fazendo."

Questionado se teria vontade de deixar o governo, Jobim foi enfático: "Não. Absolutamente. Não mesmo. Eu tenho um projeto para tocar".

O ministro repetiu a versão de que teria informado seu voto em Serra ao ex-presidente Lula durante a campanha. E disse não ter enganado a atual chefe, que enfrentou o tucano no segundo turno.

"Alguém pode não acreditar, mas eu não sou dissimulado. Sempre fui assim."

A gravação da entrevista teve início na tarde desta segunda-feira nos estúdios da TV Cultura, em São Paulo, e vai ao ar na noite.