quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Anjos





Nesses últimos dias, nessas semanas, nesses meses, nesse ano ano de 2015 conheci anjos. Pessoas especiais. Pessoas extraordinárias. Pessoas incríveis. Pessoas que merecem meu carinho, afeto, respeito e meu amor. São seres humanos que marcam e marcarão a minha vida. Eles são parte da plenitude de Deus que vivencio em meu cotidiano. Da grande fonte de energia. Errei com alguns e que me perdoem.
A luz divina alcançou e alcança esses seres majestosos que nutrem meu viver de júbilo e de inspiração. Obrigado meu Deus!!!
Ah! Quando busco nas lembranças do passado, tive inúmeros anjos em minha trajetória terrena até o presente momento.
A minha mãe. O meu pai. Os meus irmãos. Amigos de infância. Poucas namoradas e ficantes. Alguns alunos e alunas que se tornaram meus amigos.
E pessoas que surgiram de repente, não mais que de repente, e que moram dentro de minha memória e meu coração que palpita de emoção e alegria. Um coração que transborda amor. Um coração que deseja paz e serenidade.
Lágrimas surgem em meu rosto quando a imagem desses anjos aparecem diante de mim. Essas lágrimas lavam minha alma e eu me regozijo para o futuro que se descortina.
Cada vez mais ao viver com esses anjos que agraciam o meu viver, eu entendo perfeitamente o valor da vida, da verdadeira vida diante desses "anjos caídos" que acalentam a minha alma.
Defender a vida humana e de qualquer ser vivo deve ser uma missão existencial da espécie humana. Hoje vivo um drama. Uma encruzilhada. Essa madrugada estou em Getsêmani.
Estou inclinado a me tornar vegetariano. Porque desejo ser coerente com a única bandeira que defendo: a dos animais. Seres indefesos que merecem nossa dedicação: seres angelicais, puros e amorosos. Meus anjos de duas e quatro patas. Anjos sempre presentes no meu viver. Lembranças inesquecíveis. Gatos. Cachorros e pássaros. Entre outros animais. Meus amores eternos. Meus anjos.

Amor, poesia e cozinhar




Cozinhar é um dom. Não é simplesmente seguir a receita. Muito depende da inspiração e muitas vezes o que tem na geladeira. Há algo mágico no ato de cozinhar. É uma espécie delicada de feitiçaria. Está presente a criatividade e o prazer. Cozinhar nos situa num lugar muito particular. São momentos sublimes, de êxtase e genialidade. De fato, "carrega uma força emocional ou psicológica do qual não podemos ou queremos nos livrar". Cozinhar é um ato de amor. Se o amor é o ápice mais perfeito da loucura e da sabedoria, cozinhar é uma forma poética de juntar elementos genuinamente diferentes e torná-los agradáveis. Cozinhar faz parte da poesia da vida.
Cozinhar abre perspectivas e novos horizontes. Porque vamos aprendendo sobre os ingredientes, logo queremos saber a procedência (o produtor), como as coisas são feitas, sua trajetória.
E é um momento festivo e nostálgico a hora de comer. As conversas, os olhares, o silêncio e o barulho dos talheres. Quando estou na presença de minha família e de pessoas especiais, sinto a presença de Deus. É um raro momento de epifania.
Para Michael Pollan, cozinhar é uma das atividades mais interessantes e recompensadoras que podemos fazer. Dizem que escritora Agatha Christie fazia da cozinha seu refúgio predileto. Quando seu pai morreu, em 1901, ela estava com 11 anos. Em vez de ir ao funeral, preferiu passar o dia entre pratos e fogões. Certa vez, a autora admitiu que os melhores momentos para inventar uma história eram aqueles passados ao fogão, que cozinhar e escrever eram ofícios muito parecidos.
No meu caso, desde criança acompanhei minha mãe na cozinha. Era um misto de curiosidade e desejo de aprender, o verdadeiro complexo de Prometeu. Como um aluno aplicado, tentei seguir os passos dela e superá-la. Não fui bem sucedido no preparo dos doces. Mas aprendi e aprendo muito com ela no preparo de pratos salgados. Aprendi a culinária francesa, italiana, espanhola, portuguesa, brasileira, entre outras. Há muito ainda a aprender.
O ato de cozinhar é um eterno aprendizado. Dissolve angústias, orienta uma decisão, ajuda a construir saídas no labirinto criativo. "Cozinhar é a única coisa que, enquanto eu faço, sinto poder confiar inteiramente. Quando monto um prato, minha mente se esvazia por completo. Tudo se baseia no sentimento". É um momento doce, salgado, picante de amor e poesia.

Agosto



Dia 14 de agosto de 2015. Ouço Barão Vermelho e, num instante, recupero lembranças ao ouvir a voz melódica e potente de Cazuza.
Um ano se passou. Ainda lembro do olhar, do abraço, do sorriso e do beijo. Ainda guardo você dentro de mim.
Hoje vivemos em nossos recomeços. Longe um do outro. A vida deve seguir.
Ano passado, triste e lamentando o fim de um ciclo que acreditava ser longo, alimentei a supertisção que o mês de agosto produz dissabores. Na realidade, não é Agosto que torna o mundo negativo e perverso. É o egoísmo. É a ingratidão. É a injustiça. São comportamentos nocivos ao próximo que tornam o mundo mais sombrio.
Há uma história romana que o Imperador Augusto impôs que o mês em homenagem ao seu nome não poderia ter menos dias que o anterior, dedicado a Julio César. E dessa forma julho e agosto, apesar de serem meses sequenciais, acabaram, ambos, tendo 31 dias cada um. Li que isso é uma teoria falsa e foi inventada por Sacrobosco no século XIII. Interessante que agosto era chamado de Sextilis ou Sextil.
A mente humana quando se congrega coletivamente em torno de supertisções, se torna capaz de precipitar eventos ruins. Como afirma Oscar Quiroga, a humanidade continua entusiasmando-se com muita facilidade diante de perspectivas sinistras.
Eu acredito num mundo de energias polarizadas: positivas e negativas. Se sentimos raiva, como um grão de semente, ela brota como uma zona de energia que arde e nos faz sofrer. Se sentimos raiva por mais tempo, novas sementes de raiva serão produzidas e semeadas no solo do nosso inconsciente.
O mesmo ocorre com as energias positivas. O sorriso e a alegria contagiam. O gostoso é sempre cultivar as sementes do sorriso e da alegria. Pois elas tornam nosso mundo mais feliz e harmônico.
E assim, creio que Agosto é um mês como outro qualquer. É necessário cultivar sementes saudáveis, revigorantes, salutares, criativas, em nosso cotidiano, que tornarão nossa vida mais saborosa e divertida. É o que eu acredito.

Nosso lar e a alma em ordem



Dizem que, se precisamos mudar alguma coisa na vida, um bom começo é trocar os móveis de lugar. Dessa forma lúdica, entramos em contato com as nossas próprias emoções e damos início a uma arrumação que atua de fora para dentro.
Arrumar a casa é uma forma de fortalecer seu poder de decisão.
Acabar com a bagunça parece ser uma tarefa intuitiva. A ideia de organizar, hoje em dia, tem mais a ver com o descartar ou a escolha consciente do que merece ficar. Uma forma inteligente de selecionar, é fazer a pergunta: "Esse item realmente traz felicidade para o meu atual momento?
Organizar as coisas exige prioridade. Organizar dá início a uma conversa com a gente mesmo. Fazemos um inventário do que realmente gostamos e chegamos ao entendimento de quem somos e do que queremos ser. Ao colocar ordem no "caos" , você olha para o passado (objeto antigo) e para o futuro (o que vai continuar usando). Tal processo ajuda a elaborar as emoções.
Uma dica que li para iniciar o processo de organização é começar por aquilo que se pode usar (roupas e acessórios), seguir para o que tem valor informativo (livros, recibo) e, por último, encarar os do setor emocional (fotos, presentes).
Esse ano, já doei roupas, mesa, objetos, revistas, fiz sorteios de livros, organizei minha coleção de CDs e DVDs. Fiquei surpreso, agora pouco, ao tomar conhecimento de que tenho 453 CDs e 115 DVDs. E percebi que tenho DVDs repetidos. Hora de descartar. Livrar-se de algo não é uma tarefa fácil. Creio que adotar uma relação positiva em relação a eles. Agradecer a cada objeto pelo importante papel desempenhado em nossa vida e permitir que ele vá. Quando agradecemos os objetos, valorizamos o que temos. Eles duram mais e tendem a ser guardados com carinho nos lugares certos. Isso economiza dinheiro e tempo.
Conclusão que cheguei, ao manter a ordem, eu enxergo que tenho muito mais do que imagino - e, provavelmente, do que preciso. E a harmonia em nosso lar não depende da quantidade de coisas, mas do quanto alegra os meus olhos.