domingo, 13 de fevereiro de 2011

Um tempo para cada coisa

Um tempo para cada coisa

Para tudo há um tempo, para cada coisa há um momento debaixo dos céus:

tempo para nascer
e tempo para morrer;
tempo para plantar,
tempo para arrancar
o que foi plantado;
tempo para matar
e tempo para sarar;
tempo para demolir,
e tempo para construir
tempo para chorar,
e tempo para rir;
tempo para gemer,
e tempo para dançar;
tempo para atirar pedras,
e tempo para ajuntá-las;
tempo para dar abraços,
e tempo para apartar-se.
Tempo para procurar,
e tempo para perder;
tempo para guardar,
e tempo para jogar fora;
tempo para rasgar
e tempo para costurar;
tempo para calar,
tempo para falar;
tempo para amar
e tempo para odiar;
tempo para a guerra,
e tempo para a paz.

As máscaras do poder

As máscaras do poder

A peça Ricardo III escrita por William Shakespeare entre 1592 e 1593, Drama Histórico que goza de enorme popularidade e prestígio pelo vigor poético e temática envolvente. Trata-se de um dos textos mais encenados de Shakespeare e, desde o dia 18 de maio a capital paulista abriga duas montagens simultâneas de profunda sensibilidade nos quesitos interpretação e adaptação. No teatro Ágora, a montagem de Ricardo III é dirigida por Roberto Lage com adaptação do texto por Celso Frateschi que, também, encabeça o elenco de quatorze atores. No teatro da Faap com tradução e adaptação do escritor, humorista e apresentador Jô Soares que dirige elenco de quinze atores.
Vivemos uma época em que as práticas e o discurso político são associados à mentira, a farsa, ao engodo de maneira descarada. A ética do indivíduo concebida e desenvolvida no Renascimento se hipertrofiou na contemporaneidade. Notam-se as conseqüências desse ultra-individualismo nas inúmeras doenças culturais que se manifestam na sociedade brasileira: cultura da esperteza, da transferência de responsabilidade, do imediatismo, do negativismo, da vergonha da cidadania, entre outros. Tais comportamentos viciosos proliferam-se na esfera dos três poderes do Estado – Executivo, Legislativo e Judiciário - como se observa nos sucessivos escândalos que marcam os noticiários políticos dos últimos anos.
A tragédia do rei Ricardo III trata da permanente disputa do poder a qualquer preço e a falta de escrúpulos para a conquista e manutenção dele. Nela, o protagonista é um sujeito manco e corcunda, cuja aparência disforme, segundo o próprio, o impede de usufruir dos prazeres da conquista amorosa, mas não alçar vôos mais altos. No solilóquio inicial ele planeja como chegar ao poder mesmo sendo o sétimo na linha sucessória. Para alcançar seu objetivo, se utiliza de expedientes vis: conspira, manipula, explora, promove alianças por conveniências momentâneas, persegue e condena à morte os opositores. Movido pela sede de poder Ricardo III articula-se nas sombras, ao longo dos atos e cenas, até alcançar o triunfo almejado: o trono inglês. Para se livrar de quaisquer suspeitas de seu envolvimento nas tramas e urdiduras palacianas ele faz uso de subterfúgios conhecidíssimos: esconde-se sob o manto da religiosidade, sobriedade e outros artifícios de valores éticos e morais.
Assim o escritor inglês nos ensina, entretém e diverte. Através da arte teatral fornece elementos constitutivos do homem contemporâneo e suas relações. Essas movidas, muitas vezes, por uma ética individual refletida no uso indiscriminado de inúmeras máscaras como no jogo teatral; múltiplos disfarces agindo conforme interesses ou determinadas circunstâncias. Temos, então, o religioso, o ateu, o humilde, o culto, o ignorante, o moralista, o liberal, o caipira, o ético, o ideológico, o pragmático, o solidário, o sensível, “o paz e amor”, etc.
Shakespeare nos revela, através da presente obra, o diálogo entre a política e a arte e, consegue manter, evidentemente, a atualidade da peça para os nossos dias. E desta forma, compreendemos que tanto o teatro como a política são espaços nos quais somos levados a participar. Ambos exigem engajamento, envolvimento, unidade entre representantes e representados, cumplicidade entre ator (político) e público (cidadãos), não se admite o desinteresse e a passividade. No palco da política sejamos atores e não espectadores, público da tragédia política.

José Renato Ferraz da Silveira

50 anos sem Brecht

50 anos sem Brecht

Não é de hoje que a política brasileira está claramente associada às viciosas deformações, suspeições e traições. Politicagem, nepotismo, clientelismo, paternalismo, fisiologismo, impunidade, corrupção são termos comumente utilizados para pontuar, raras exceções, as práticas do político brasileiro.
A atual legislatura nas palavras do Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Jorge Busato, “é, talvez, a mais vergonhosa da história da República”. Dá para entender através da conduta ignominiosa desses parlamentares os motivos pelos quais a política, através do Estado democrático de Direito, mostra-se insuficientemente ineficaz na solução dos problemas nacionais.
A reação da sociedade tende a dois movimentos “centrífugos” em relação à política: primeiro, ao descrédito, desprezo e a desqualificação dos agentes formais da política - políticos, partidos e governos. E em segundo lugar, ao afastamento de tudo que pertence ao campo da política.
A política contemporânea como afirma o filósofo José Arthur Giannotti mostra-se “soft”: os acertos são pequenos e lentamente conseguidos, os erros constantes e tenebrosos. De fato, tal pensamento trágico acerca da política caracteriza a tese do professor titular aposentado de sociologia da Universidade de São Paulo e um dos fundadores do PSOL (Partido Socialismo e Liberdade) e do PT (Partido dos Trabalhadores) Francisco de Oliveira, 72 anos. Na entrevista a Folha de São Paulo Chico de Oliveira afirma: “A política tornou-se irrelevante...o fundo da irrelevância da política é a desigualdade. Não é mais plausível, para nenhum de nós, que você possa, por meio da política, atravessar o Rubicão...a política interna perdeu a capacidade de dirigir a sociedade. Qualquer que seja a relação, ela tem que passar pelas relações externas. Isso quebra na espinha a política. Política é escolha. Política é opção. Mais ou menos, todos agora têm que seguir a mesma regra”.
Evidentemente que os limites e os paradoxos da Globalização refletem nas ações e movimentos do poder social do Estado, enfraquecendo-o e “desalinhando os procedimentos normais de dirigir a sociedade”. O governo brasileiro, bem como de outros países estão na dependência do crescimento do mercado externo e fluxo do capital internacional. No entanto, é inegável ainda que o Estado brasileiro seja “capaz” ou possa ser capaz de formular políticas públicas mesmo apresentando resultados pouco convincentes.
Esse entendimento da tragédia da política pode ser entendido por meio das artes. As “produções artísticas elucidam alguns aspectos da política e propiciam contundentes indícios para se apreenderem os limites e os paradoxos da mesma, suas razões e insuficiências, esperança de construção do espaço público e frustração com os resultados alcançados”, como afirma o professor Miguel Chaia da PUC-SP.
Daí a contribuição artística de Bertolt Brecht, poeta e dramaturgo alemão, autor de um teatro de idéias. Ele revolucionou o teatro moderno e a língua alemã para os palcos. Marxista, produz uma arte crítica e um teatro popular que nos ensina: “pensar e praticar política supõe compreender o sistema de forças existentes e calcular a relação de equilíbrio criada pela interferência da nossa própria ação nesse sistema”. A aguçada consciência crítica de Brecht nos possibilita compreender, décadas passadas, de como a política pode causar simultaneamente pólos de atração e repulsa.
No dia 14 de agosto de 1956, em Berlim, Bertolt Brecht faleceu. Ele nos deixou seu rico poema chamado Analfabeto Político. Trata-se de um poema símbolo de como o exercício da política é ainda relevante: “O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato, do remédio, dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo”.

Citações sobre a Fênix

– “Pássaro mítico, de origem etíope, de um esplendor sem igual, dotado de uma extraordinária longevidade, e que tem o poder, depois de se consumir em uma fogueira, de renascer de suas cinzas”. Jean Chevalier e Alain Gheerbrant

- “A fênix é uma ave mítica repleta de penas vermelhas e douradas que emite raios de luz através de seu corpo” Rainer Sousa

- “Sua força a faz transportar em vôo cargas muito pesadas, havendo lendas nas quais chega a carregar elefantes”. José Renato Ferraz da Silveira

- ”Para os gregos, a fênix por vezes estava ligada ao deus Hermes e é representada em muitos templos antigos”. José Renato Ferraz da Silveira

- “Há um paralelo da fênix com o Sol, que morre todos os dias no horizonte para renascer no dia seguinte”. José Renato Ferraz da Silveira

- “Na China antiga a fênix foi representada como uma ave maravilhosa e transformada em símbolo da felicidade, da virtude, da força, da liberdade, e da inteligência”. José Renato Ferraz da Silveira

“Na sua plumagem, brilham as cinco cores sagradas: Roxo, Azul, Vermelha, Branco e Dourado”. José Renato Ferraz da Silveira

- “Segundo relata algumas lendas, como a que é contada por Ovídio, essa criatura teria nascido nas terras do Oriente e se alimentava com incenso, raízes cheirosas e óleos de bálsamo” Rainer Sousa

- “Sendo muito comum na literatura greco-romana, essa criatura tem também sua representação registrada em diferentes bestiários do período medieval” Rainer Sousa

- “Diferente de tantos outros animais encontrados na natureza, a fênix tinha a incrível capacidade de se reproduzir sem a necessidade de um parceiro” Rainer Sousa

- “De fato, a concepção de uma fênix acontecia no momento em que um exemplar se encontrava em seus últimos momentos de vida” Rainer Sousa

- “A partir do corpo de sua mãe, uma nova fênix surgia com a capacidade de viver o mesmo tempo da genitora. Conforme relatos diversos, a fênix poderia viver por exatos quinhentos anos”. Rainer Sousa

- “A jovem fênix, após adquirir certo vigor físico, realiza um ritual funerário em homenagem à sua mãe”. Rainer Sousa

- “Ela constrói um pesado ovo de mirra onde deposita os restos mortais de seu genitora”. Rainer Sousa


– “Pássaro sagrado e símbolo de uma vontade irresistível de sobreviver, bem como da ressurreição e do triunfo da vida sobre a morte”. Jean Chevalier e Alain Gheerbrant

– “Quando se aproxima a hora da sua morte, ela constrói um ninho de vergônteas perfumadas onde, no seu próprio calor, se queima”. Jean Chevalier e Alain Gheerbrant

– “Os aspectos do simbolismo aparecem, então, com clareza: ressurreição e imortalidade, reaparecimento cíclico”. Jean Chevalier e Alain Gheerbrant

– “É por isso que toda Idade Média fez da Fênix o símbolo da Ressurreição de Cristo e, às vezes, da Natureza divina – sendo a natureza humana representada pelo pelicano”. Jean Chevalier e Alain Gheerbrant

– “A fênix é, no Egito antigo, um símbolo das revoluções solares”. Jean Chevalier e Alain Gheerbrant

– “A fênix, dizem os árabes, somente pode pousar na montanha de Qaf, que é o pólo, o centro do mundo”. Jean Chevalier e Alain Gheerbrant

– “Os taoístas designam a fênix com o nome de pássaro de zarcão (tanniao), sendo o zarcão o sulfeto vermelho de mercúrio”. Jean Chevalier e Alain Gheerbrant

– “A fênix corresponde, além disso, como emblema, ao sul, ao verão, ao fogo, à cor vermelha”. Jean Chevalier e Alain Gheerbrant

– “Seu simbolismo se relaciona também com a vida e a imortalidade”. Jean Chevalier e Alain Gheerbrant

– “A fênix é a cavalgadura dos Imortais”. Jean Chevalier e Alain Gheerbrant

– “A fênix macho é símbolo da felicidade”. Jean Chevalier e Alain Gheerbrant

– “A fênix fêmea é o emblema da rainha, em oposição ao dragão imperial”. Jean Chevalier e Alain Gheerbrant

– “Fênix macho e fênix fêmea são, juntos, símbolos de união, de casamento feliz”. Jean Chevalier e Alain Gheerbrant

– “Pássaro magnífico e fabuloso levantava-se com a aurora sobre as águas do Nilo, como um sol”. Jean Chevalier e Alain Gheerbrant

– “A lenda fez com que ele ardesse e se apagasse como o Sol, nas trevas da noite, e depois renascesse das cinzas”. Jean Chevalier e Alain Gheerbrant

- “A fênix evoca o fogo do criador e destruidor, no qual o mundo tem a sua origem e ao qual deverá o seu fim”. Jean Chevalier e Alain Gheerbrant

– “Ela é como que um substituto de Xiva e de Orfeu”. Jean Chevalier e Alain Gheerbrant

– “Ela é um símbolo da ressurreição, que aguarda o defunto depois do julgamento das almas”. Jean Chevalier e Alain Gheerbrant

– “O próprio defunto se transforma em fênix”. Jean Chevalier e Alain Gheerbrant

– “A fênix frequentemente leva consigo uma estrela, para indicar sua natureza celeste e a natureza da vida no outro mundo”. Jean Chevalier e Alain Gheerbrant

– “A fênix é o nome grego do pássaro Bennou”. Jean Chevalier e Alain Gheerbrant

– “Enquanto canta, a amarga dor da morte penetra seu íntimo e ela treme como uma folha. Todos os pássaros e animais são atraídos por seu canto, que soa agora como as trombetas do Último Dia”. Farid al-Din Attar

- “É um dia extraordinário: alguns soluçam em simpatia, outros perdem os sentidos, outros ainda morrem ao ouvir seu lamento apaixonado”. Farid al-Din Attar

- “Sabe, pelo milagre da fênix, que ninguém tem abrigo contra a morte”. Farid al-Din Attar

- “Ainda que a morte seja dura e tirânica, é preciso conviver com ela, e embora muitas provações caiam sobre nós, a morte permanece a mais dura prova que o Caminho nos exigirá”. Farid al-Din Attar

- “Quando lhe resta apenas um sopro de vida, a fênix bate suas asas e agita suas plumas, e deste movimento produz-se um fogo que transforma seu estado”. Farid al-Din Attar

- “Aconteceu alguma vez a alguém deste mundo renascer depois da morte? Mesmo que te fosse concedida uma vida tão longa quanto a da fênix, terias de morrer quando a medida de tua vida fosse preenchida”. Farid al-Din Attar

Arena de Gladiadores

Arena de gladiadores

Em 1960, o Brasil tinha 100 mil estudantes universitários. Hoje conta com mais de três milhões. Ou seja, a cada ano, milhares de profissionais das áreas de Humanas, Biológicas e Exatas chegam ao mercado em busca de emprego. A má notícia é que não há emprego de qualidade para todos.
O problema reside no crescimento lesmar da economia brasileira. A expectativa para 2007 na ordem de 3,5%, segundo levantamento do Banco Central, é alarmante. Se essa estimativa se confirmar, o país crescerá muito abaixo dos vizinhos latino-americanos. Sem a adoção de novos rumos na economia, o quadro sistêmico se manterá desfavorável para um crescimento que gere emprego com carteira assinada.
Não é à toa que, com poucos empregos formais, o número de recém graduados desempregados, subempregados, exercendo trabalhos rotineiros (fora da área de formação) e mal remunerados cresce assustadoramente.
Infelizmente, além da falta de oportunidade por conta do fraco desenvolvimento econômico, verifica-se um outro fator que frustra as expectativas dos recém-formados: a exigência de uma gama de requisitos educacionais pelo mercado em busca de profissionais qualificados.
Os poucos empregadores justificam a não contratação através dos critérios de falta de experiência, de fluência em língua inglesa ou espanhola e de especialização na área. Na escalada para o sucesso, candidatos com experiência acadêmica no exterior são mais valorizados. Esses pré-requisitos constituem o perfil “sofisticado” que as grandes empresas solicitam dos candidatos à vaga.
Então, para o ingressante na educação superior se inserir na lógica do profissional de elite, deve adquirir os conhecimentos e as técnicas exigidas pelo curso e mais as habilidades requeridas pelo mercado. Eis as dicas da economista e professora Liana Aureliano (Folha 16/08/05):
1) Dominar perfeitamente todas as técnicas necessárias ao exercício da profissão.
2) O profissional deve dispor da capacidade de comunicação e expressão, escrita e oral, evidentemente em língua portuguesa. E pelo menos dispor também em língua inglesa.
3) Estar permanentemente conectado ao mundo. Ou seja, estar sempre muito bem informado e ter consciência das principais questões éticas, econômicas, sociais, políticas e culturais do país e do mundo.
4) Saber pensar e resolver problemas, trabalhar em grupo, ter iniciativa e liderança.
5) Capacidade de incorporar novos conhecimentos durante toda a vida profissional.
6) Ao procurar a instituição de ensino superior deve pesquisar a competência de quem a dirige, se os professores são titulados, experientes e têm notoriedade profissional, se os currículos estão ajustados ao mercado de trabalho.

Sabemos que o século XXI relativo ao emprego formal é muito exigente por conta da Revolução do Conhecimento, ditada pelas inovações tecnológicas e pela Revolução do Comportamento, determinada pelas novas exigências do ambiente profissional.
Para concorrer nessa “arena de gladiadores” e obter um emprego de qualidade, com excelentes horizontes de carreira, a geração jovem deve adotar estratégias a curto, médio e longo prazo para enfrentar “os leões, tigres e elefantes” do competitivo mercado de trabalho. É angustiante para nós educadores, de educação em nível superior, reconhecer que nem sempre isso é possível para a maioria dos nossos universitários.
O que fazer diante dessa realidade?
Bem, o educador “consciente” da fragilidade educacional brasileira tem papel fundamental. Além da tarefa de instruir, orientar, motivar, apoiar, acolher, estimular, capacitar, ele deve buscar, principalmente, suprir as carências do educando advindas do ensino básico. É gratificante perceber que, em meio às dificuldades, há uma juventude criativa, esforçada, dedicada, inteligente, disposta a produzir em todos os campos do conhecimento: arte, cultura, estética, ciência, tecnologia e lazer.
Mas não basta lapidar comportamentos e incutir conhecimentos que atravessem e superem defasagens causadas pela injustiça social. É preciso tornar nossos estudantes competitivos. É preciso inseri-los no mercado do trabalho. É preciso ofertar oportunidades.

José Renato Ferraz da Silveira.

Expectativas dos alunos de RI da UFSM

Expectativas dos alunos em relação às RI.

“Como estudante das Relações Internacionais ou futura internacionalista, vejo-me diante de duas perspectivas: a do medo, na qual estão os anseios de estudar e participar de uma área nova, onde não existe ainda uma estrada concreta a ser seguida; e a de perseverança - a qual acredito mais atrair os estudantes de RI – consiste em construirmos nós mesmos, a estrada em que caminharemos, a idéia é amedrontadora, mas também desafiante, de que o futuro das Relações Internacionais depende, na maior parte, somente de nós”.
Claudia Trindade

“O curso de Relações Internacionais passa atualmente pelas dificuldades de um curso novo, recente ainda para o mercado de trabalho. No entanto, é reconhecível sua importância no cenário internacional de um mundo globalizado. Portanto, como estudante, eu espero encontrar em minha formação profissionais especializados e específicos da área que consigam contextualizar nas disciplinas estudadas a sua aplicação em nossas futuras carreiras e assim formar profissionais com excelência e propriedade, bem como engajados em consolidar a profissão dentre as mais bem-conceituadas”.
Bruna Dutra

“Acredito que grande parte dos alunos de Relações Internacionais, um dia prestará a prova do Itamaraty. Sendo o curso da UFSM muito voltado à área da economia, a meu ver, falta preparo para tal concurso. Seriam necessárias mais cadeiras relacionadas ao direito e história, que creio ser mais que essencial na carreira de um futuro diplomata”.
Victoria Costa

“Espero que, ao longo da graduação, possa explorar as áreas do curso, em especial as que pretendo me especializar futuramente e aproveitar ao máximo as oportunidades que a instituição me proporcionar, superando também as dificuldades. Dessa maneira, pretendo tornar-me uma profissional que entenda o que acontece no mundo e que possa lidar com ele, adquirindo a formação humana adequada ao contexto contemporâneo e inserção no mercado de trabalho nesse setor em expansão que são as Relações Internacionais devido sua atual importância no contexto em que estamos inseridos. Também acho importante ressaltar o grande aprendizado que o curso proporciona por ter um pouco de cada área, como economia e política, por exemplo”.
Cássia Brites Rodrigues

“Como o curso de Relações Internacionais da UFSM é bastante notado para a área de economia, e eu sempre fui interessada pelo ramo de Comércio Exterior, espero conseguir fazer uma pós-graduação nessa área do conhecimento, dentro ou fora do país, e poder trabalhar em alguma empresa multinacional no futuro”.
Larissa Londero

“Minhas expectativas em relação ao curso são que durante e ao final dele eu possua uma visão ampla das Relações Internacionais e das disciplinas correlatas que me permita atuar na área com desenvoltura e eficiência. Também, que o curso propicie um entendimento político-econômico e sócio-cultural das relações entre os países e da dinâmica do sistema internacional”.
Letícia Rossi Ortiz

“As expectativas que tenho como estudante de Relações Internacionais são a de ter uma formação bastante diversificada e completa e que me permita entender a conjuntura internacional e os eventos que a compõe. Apesar de não esperar sair da faculdade um especialista em economia, política, direito ou história, pretendo adquirir conhecimento suficiente para usar essas disciplinas como ferramentas da análise internacional. A fim de atingir esse resultado, espero durante a faculdade muitas leituras e debates entre os alunos. Também julgo que é extremamente necessário que o aluno de RI fique atento aos fatos internacionais noticiados diariamente, e que aos poucos, ao desenvolver o estudo, consiga fazer relações entre elas e o seu significado global. Assim, penso que durante o curso de RI é necessário ser dedicado e atento para se chegar a esse nível de análise”.
Leonardo Augusto Peres

Espero que, com o passar do tempo, o curso de Relações Internacionais da UFSM possa se consolidar no cenário regional e nacional, fortalecendo e aprimorando sua grade curricular, para que possa formar profissionais aptos a avaliar, debater e auxiliar na solução das grandes problemáticas do Sistema Internacional. Sabemos que o curso ainda está em processo inicial de consolidação, mas, com as muitas atividades já realizadas, demonstrando o potencial deste curso, estou otimista e consciente de que as expectativas serão concretizadas, e quiçá superadas.
Junior Ivan Bourscheid