sexta-feira, 21 de março de 2014


                                           Por que é impossível agradar a toda gente? 

Há inúmeros motivos e diversas motivações. É a lei da natureza. 
Sempre haverá homens e mulheres que ficarão incomodados com o simples fato de nós existirmos. Infelizmente, essa é uma constatação desagradável. Ou seja, o nosso êxito há de irritar os indivíduos que cobiçavam os mesmos lugares, o mesmo público. 


Os seres humanos tem uma pele muito sensível. Quando se trata deles, a mínima critica fere-os. Principalmente se toca em um ponto vulnerável. São desconfiados como os cavalos, dos quais temos que nos aproximar com precaução. 

Muitos assemelham-se a um ferido cuja chaga parece cicatrizada, mas que solta um grito se algum desajeitado lhe toca na zona sensível. Um mau contato pode despertar um ódio feroz. O mundo está cheio de gente que rejubila com os males que causa e com as desavenças que urde. Se você próprio não tiver arranjado inimigos, eles lhes arranjarão. E depois, há de haver alguns que nutrem por si uma aversão instintiva. 

A aversão tem causas precisas. São os temperamentos, as naturezas, as ideias, os valores, a percepção de mundo. Ao longo de nossa existência, encontraremos adversários que nos querem mal. Porque somos uma negação viva da natureza deles. 

Que conduta assumir? Não responder ao ódio pelo ódio. Quanto aos monstros, suponho que devemos tratar com indiferença e cautela. 

Ao longo da nossa vida, meus amigos, vamos encontrar canalhas asquerosos, seremos traídos por indivíduos que considerávamos amigos, vamos sofrer por pessoas que nem um suspiro mereciam, seremos caluniados de maneira tão estúpida. 

Todas as manhãs temos que dizer para nos mesmos: hoje vou ter que me haver com um importuno,um ingrato, um brutal, um velhaco como dizia o imperador romano Marco Aurélio.

Meus amigos, nessa luta que o mundo nos impõem, participemos com coragem, com disciplina, sem medo e sem ódio.