domingo, 10 de abril de 2011

20 palestinos morrem na pior ofensiva israelense em 2 anos

20 palestinos morrem na pior ofensiva israelense em 2 anos

DA EFE, EM GAZA

Pelo menos 20 palestinos morreram e mais de 50 ficaram feridos desde o início da pior ofensiva israelense em Gaza desde que há dois anos Israel deu por concluída a operação militar "Chumbo Fundido".
A escalada começou na quinta-feira, quando um foguete lançado de Gaza atingiu um ônibus escolar israelense e feriu um menor e o motorista, e desde então a onda de violência entre ambas as partes prossegue de maneira ininterrupta.
A série de agressões e represálias disparou neste sábado com um ataque aéreo israelense no sul de Gaza que matou um comandante e dois milicianos do braço armado do Hamas, que ao longo da manhã respondeu intensificando o lançamento de foguetes contra Israel.
Segundo fontes militares israelenses, dois foguetes Grad lançados de Gaza caíram ao meio-dia do horário local na cidade israelense de Ofakim, enquanto mais de 20 morteiros atingiram os arredores de Eshkol, ambas as localidades situadas em áreas de fronteira com a faixa palestina.
Enquanto isso, o sistema de defesa antimíssil "Cúpula de Ferro", que Israel posicionou na região no final de março, interceptava vários foguetes dirigidos contra a cidade de Be'er Sheva, a 60 quilômetros de Gaza e capital do sul israelense, onde o pânico começa a se espalhar.
De acordo com a imprensa local, centenas de milhares de moradores na região utilizaram nas últimas horas os refúgios para se proteger do lançamento dos projéteis, que não causaram vítimas.
Após o ataque contra o automóvel em que viajavam o comandante Abu Snima e dois milicianos das Brigadas Izz al-Din Al Qassam, braço armado do movimento islâmico Hamas, o porta-voz dos serviços médicos do Hamas, Adham Abu Selmeya, cifrou em 18 o número de mortos em Gaza desde o início da ofensiva israelense.
Segundo Selmeya, 11 mortos pertenciam a forças do Hamas e sete eram civis, que são maioria entre as dezenas de feridos.
O ataque contra Abu Snima e seus acompanhantes teve como cenário a cidade de Rafah e aconteceu depois que, de acordo com fontes militares israelenses, dezenas de foguetes lançados de Gaza atingiram o território israelense durante a noite passada.
A atual espiral de violência é a mais agressiva desde o fim da operação militar israelense "Chumbo Fundido" - que tirou a vida de 1.400 palestinos, em sua maioria civis, e 13 israelenses -, há dois anos.
O Hamas e os grupos armados de Gaza declararam na quinta-feira à noite um cessar-fogo sobre o qual Israel afirma não ter tomado conhecimento, e a ANP (Autoridade Nacional Palestina) fez na sexta-feira um apelo à cessação das hostilidades, que foi ignorado.
Nabil Shaath, assessor do presidente palestino, Mahmoud Abbas, reiterou neste sábado o chamado à calma e anunciou que caso prossigam as tensões a ANP pedirá uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU para conter a violência.
Além disso, o primeiro-ministro do governo do Hamas em Gaza, Ismail Haniyeh, pediu nesta manhã a Israel que detenha os ataques.
Após responsabilizar o Hamas pelo ataque contra o ônibus escolar, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, advertiu na quinta-feira, no início da ofensiva militar israelense, que o movimento palestino tinha cruzado "todas as linhas vermelhas".
O chefe do governo de Israel declarou que "quem quiser ferir e matar crianças deve saber que esse sangue pesará sobre si".

Mediadores africanos dizem que Gaddafi aceitou cessar-fogo

Mediadores africanos dizem que Gaddafi aceitou cessar-fogo

DA ASSOCIATED PRESS, EM TRIPOLI

A delegação de líderes africanos disse neste domingo que o ditador da Líbia, Muammar Gaddafi, aceitou o "caminho" indicado para o cessar-fogo com os rebeldes, com quem se encontra na segunda-feira.
Gaddafi já violou um acordo de cessar-fogo feito no mês passado.
O encontro entre Gaddafi e os mediadores africanos ocorreu horas depois de a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) destruiu taques do ditador líbio, ajudando a empurrar as tropas do governo que haviam avançado em direção ao leste.
Os termos do acordo de cessar-fogo ainda não ficou claro: não se sabe se Gaddafi vai retirar suas tropas das cidades, como ordenam os rebeldes.
Os mediadores são a delegação presidencial da UA (União Africana), que chegou neste domingo a Trípoli para tentar mediar o conflito líbio. Ele foram recebidos por Gaddafi em uma tenda de sua residência de Bab el Aziziya.
A missão da UA é integrada pelos presidentes Amadou Toumani Turé (Mali), Jacob Zuma (África do Sul), Mohamed Ould Abdel Aziz (Mauritânia) e Denis Sassou-Nguesso (Congo), além do primeiro-ministro das Relações exteriores Henry Oryem Okello, que representa o presidente de Uganda, Yoweri Museveni.
"A delegação do irmão líder [Gaddafi] aceitou o caminho que lhe apresentamos", disse o presidente sul-africano em uma breve declaração aos jornalistas na residência Bab Al Aziziya do ditador líbio em Trípoli.
"A solução proposta será detalhada em um comunicado", acrescentou, sem precisar quando o texto será divulgado.
"Este comunicado vai pedir que a Otan cesse seus bombardeios [na Líbia] com o objetivo de dar uma oportunidade de um cessar-fogo", completou.

Otan destrói 25 tanques líbios perto de Ajdabiya e Misrata

Otan destrói 25 tanques líbios perto de Ajdabiya e Misrata

DA FRANCE PRESSE, EM BRUXELAS
Os aviões da Otan destruíram neste domingo 11 tanques do governo líbio na principal estrada da cidade de Ajdabiya (leste) e outros 14 perto de Misrata (oeste), indicou um porta-voz da Aliança Atlântica.
"Até o meio-dia de hoje [domingo], os bombardeios da Otan já destruíram 11 tanques na estrada de Ajdabiya; os ataques continuarão durante o dia e a noite", disse à France Presse o oficial, que pediu para não ser identificado.
"A situação em Ajdabiya é desesperadora e as forças de Gaddafi estão atacando a cidade com armas pesadas", destacou.
Misrata, por sua vez, está sendo violentamente bombardeada pelas forças do ditador há mais de um mês, segundo o oficial.

Sobre Liderar - TADEU SCHMIDT

O líder deve ser admirado, não temido. Liderança se conquista dando exemplos, apontando caminhos. As pessoas devem segui-lo por acreditar em suas propostas, e não por medo de serem demitidas. A grande qualidade de quem comanda é tomar decisões rapidamente. Precisa filtrar ideias e valorizar apenas as melhores. Não pode aceitar tudo o que chega só para agradar ao subordinado. Tem-se o direito de errar, claro, mas não o de deixar a equipe sem rumo. O líder deve se preparar muito, construir uma história. Só assim terá sucesso.