segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

A teoria de equilíbrio de poder

A Teoria de Equilíbrio de Poder

Para muitos estudiosos da política internacional, a Teoria de Equilíbrio de poder, também conhecida como Teoria do Balanço de Poder, é o que próximo existe de uma teoria política das relações internacionais.
Na era moderna, com o surgimento e o desenvolvimento do Estado-nação, multiplicaram-se também as teorizações a respeito das relações internacionais. Em um contexto de anarquia internacional e de conflito entre os Estados, as práticas dos agentes e dos atores no sistema internacional levaram à formulação de uma teoria que pode ser considerada a precursora da análise convencional realista das relações internacionais, a Teoria de Equilíbrio de Poder.
A teoria de equilíbrio de poder percebe o cenário internacional em um situação de equilíbrio, no qual o poder é distribuído entre os diversos Estados. Quando um Estado começa a se destacar e a buscar aumentar seu poder frente aos demais, há uma perturbação no equilíbrio, e faz-se necessária uma coalizão das Potências para conter o Estado “pretensioso” e restaurar a ordem. Assim, pressupondo o Estado como um ator racional, a teoria defende que o balanço ou equilíbrio de poder é a escolha preferível e, portanto, a tendência do sistema internacional. A Teoria orientou as relações internacionais nos quatro séculos compreendidos entre a Guerra dos Trinta Anos (1618-1648) e a Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Foi útil para justificar as condutas dos Estados e ações de governantes em um contexto anárquico e conflituoso.
Alguns autores distinguem entre o equilíbrio de poder como uma política (esforço deliberado para prevenir predominância, hegemonia) e como um padrão da política internacional (em que a interação entre os Estados tende a limitar ou frear a busca por hegemonia e, como resultado, há um equilíbrio geral).
A partir da 1° Guerra Mundial e as conseqüentes mudanças no cenário internacional e no equilíbrio de forças, em virtude dos traumas causados pelo conflito e do desenvolvimento do discurso pacifista junto à opinião pública, a Teoria do Equilíbrio de Poder foi questionada.
Se a guerra deve ser evitada a todo custo, essa doutrina não poderia perdurar num sistema a qual se fundamenta no Direito Internacional, na solução pacífica das controvérsias e na busca de uma estrutura supranacional que garantisse a paz: o Idealismo das Relações Internacionais.

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