sexta-feira, 10 de junho de 2011

Na Bolívia, Morales decide legalizar carros contrabandeados

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O presidente da Bolívia, Evo Morales, decidiu legalizar veículos sem documentação regular que circulam pelo país, muitos dos quais ingressaram via contrabando de países vizinhos.
Morales promulgou anteontem a lei que dá prazo de 15 dias, a partir de ontem, para o registro legal dos carros sem documentação. O processo custará entre US$ 2.000 (R$ 3.164) e US$ 3.000 (R$ 4.746) por veículo para o interessado.
A estimativa divulgada pelo governo é de que haja cerca de 10 mil carros nessas condições e que a adesão ao processo de legalização gere uma arrecadação aproximada de US$ 5 milhões (R$ 7,9 milhões) aos cofres públicos.
Na iniciativa privada, porém, estima-se a existência de até 120 mil veículos irregulares na Bolívia e uma provável arrecadação de até US$ 100 milhões (R$ 158 milhões) por parte do governo.
O governo diz que rechaçará a legalização de veículos que sejam produto de roubo.
A medida causou polêmica. Muitos veem nela um incentivo à criminalidade. Em retaliação, o sindicato dos motoristas da Bolívia anunciou greve de 24 horas a partir de segunda-feira.
"Milhares de carros sem documentos estão entrando no país nas últimas horas para tirar proveito da lei", disse o secretário do sindicato Néstor Garnica.
Jornais bolivianos relatam "uma forte atividade na fronteira com o Chile, onde os proprietários estão buscando rotas alternativas" para chegar ao país.
Morales justificou sua decisão dizendo que ela beneficia a "gente pobre". "Todos nós temos o direito de ter um carro", disse. Ele pediu que essa não se transforme numa "questão de Estado".

MULTA
O Ministério do Trabalho boliviano anunciou que multará quem não cumprir o feriado criado por Morales para celebrar o dia 21 de junho, o Ano Novo da tribo indígena aimará, da qual ele faz parte.
A população indígena aimará celebra no próximo dia 21 de junho o Ano Novo na cidade antiga de Tiahuanaco, a 70 km de La Paz.
Brotos alemães são causa de surto de bactéria, dizem investigadores

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Autoridades sanitárias alemãs indicaram nesta sexta-feira que brotos de vegetais cultivados em uma pequena área agrícola em Bienenbüttel, na Alemanha, são responsáveis pela disseminação da bactéria E.coli, que já matou ao menos 30 pessoas -- 29 na Alemanha e uma na Suécia-- e infectou quase 3.000 pessoas.
As informações foram divulgadas pelos porta-vozes do Instituto Robert Koch (RKI) e do Instituto Federal de Avaliação de Riscos em coletiva de imprensa.
"Foi possível determinar que a causa do surto foram os brotos", disse Reinhard Burger, do RKI. "As pessoas que consumiram esses produtos tiveram nove vezes mais probabilidade de sofrer de diarreia com sangue [um dos principais sintomas da infecção] do que aquelas que não consumiram", acrescentou.
Os porta-vozes anunciaram também que, após a confirmação, foi suspenso no país o alerta contra o consumo de pepinos, alfaces e tomates crus.
"Alfaces, tomates e pepinos já podem ser consumidos normalmente, são produtos saudáves", disse Andreas Hensel, do Instituto Federal de Avaliação de Riscos.
Burger afirmou ainda que é possível que os brotos contaminados já tenham sido consumidos ou jogados fora, mas deixou claro que a crise não acabou e que as pessoas não devem ingerir os brotos.
A fazenda na vila de Bienenbuettel, no norte da Alemanha, que foi apontada como foco de disseminação foi fechada e seus produtos foram apreendidos, mas, segundo os investigadores, não é possível determinar se tais alimentos estão sendo servidos em restaurantes e cafés.
Há também a possibilidade de que outras fazendas da região tenham sido afetadas pela E.coli, de acordo com as equipes de cientistas.
Burger disse, no entanto, que o número de doentes pela infecção de "E. coli" vem caindo e novamente fez uma chamada à população para que observe as mínimas normas de higiene no manejo de verduras e outros alimentos crus.
Em 25 de maio, os dois institutos tinham advertido oficialmente contra o consumo das citadas verduras para saladas com base nos interrogatórios a que foram submetidos os pacientes internados com a infecção de "E. coli".
ESPANHA
Nesta quinta-feira, a Espanha conseguiu o apoio alemão para tentar reconquistar a boa reputação de suas hortaliças. Autoridades espanholas disseram que a Alemanha lamentou as suas primeiras e precipitadas declarações que acusavam os pepinos provenientes daquele país de propagarem a doença.
O governo alemão se comprometeu a esforçar-se para recuperar o prestígio dos produtos agrícolas espanhóis afetados pela crise sanitária na Europa", afirmou Diego Lopez Garrido, secretário de Estado espanhol para a UE, após reunir-se com seu homólogo alemão, Werner Hoyer.
Lopez Garrido disse que a Alemanha dará apoio a uma campanha de promoção dos produtos agrícolas espanhóis que está sendo organizada em Madri para "recuperar o prestígio, a qualidade e a credibilidade dos produtos".
Hoyer "lamentou profundamente" e "expressou insatisfação" pelos danos causados ao setor agrícola espanhol, que se viu "especialmente afetado pelas primeiras declarações que acusaram os pepinos pela origem das contaminações", garantiu o espanhol.
SURTO
O atual surto foi causado por uma variedade supertóxica de E. coli, que normalmente pode ser encontrada nas fezes de humanos e animais e pode se espalhar com maus hábitos de higiene desde a fazenda até o preparo do alimento.
Mais de 3.000 pessoas em 12 países já apresentaram sintomas de infecções intestinais provocadas pela bactéria. Quase todos os casos registrados fora da Alemanha são de pessoas que moram ou viajaram ao país. Ao menos 30 pessoas morreram, 29 na Alemanha e uma na Suécia.
O EHEC tem um período de incubação médio de três a quatro dias e a maioria de pacientes se recupera em dez dias. Mas em uma pequena parte dos pacientes --principalmente crianças e idosos-- a infecção pode levar à Síndrome Hemolítico-Urêmica (SUH), causada por uma toxina específica desta variedade de E.coli que destrói hemácias (células vermelhas do sangue) e provoca insuficiência renal.
"Isso explica por que muitos pacientes que já superaram a fase diarreica apresentam depois graves sintomas neurológicos", disse Greinacher.
Cidade inglesa admite estar despreparada para ataque de zumbis

DA BBC BRASIL

A Prefeitura da cidade inglesa de Leicester admitiu estar despreparada para um eventual ataque de zumbis.
A admissão ocorreu devido ao pedido de um morador que se identificou como "cidadão preocupado".
Ele enviou uma carta à prefeitura afirmando que um ataque do gênero seria uma possibilidade para a qual as autoridades deveriam estar preparadas.
"Os senhores poderiam por favor me informar quais as medidas adotadas em caso de uma invasão de zumbis?", escreveu o cidadão.
"Tendo visto vários filmes, está claro que as preparações para um evento deste são falhas, e as prefeituras do reino deveriam se precaver. Por favor, forneçam qualquer informação que vocês possuam", completou.
PRÉDIOS MAL-ASSOMBRADOS
"Já tivemos alguns (pedidos) extravagantes antes, mas este provocou risos", disse a responsável pelo departamento de Comunicação da prefeitura, Lynn Wyeth.
Ela disse ter respondido que não estava ciente de nenhum preparativo específico para um ataque de zumbis, mas afirmou que alguns elementos presentes nos planos emergenciais da prefeitura poderiam ser adaptados caso a situação ocorra.
Segundo ela, a prefeitura já teve outras solicitações estranhas, como pedidos de informações sobre quais seriam os prédios mal-assombrados da cidade e sobre a ocorrência de atividades paranormais em Leicester.
"Isto pode parecer frívolo e uma perda de tempo, mas para alguns tem significado. Todos têm seus interesses e motivos para fazer este tipo de perguntas", afirmou Wyeth.
No Uruguai, vice propõe alternativa para imposto de propriedade

DA ANSA, EM MONTEVIDÉU

O vice-presidente uruguaio, Danilo Astori, apresentará na próxima segunda-feira uma proposta "alternativa" ao projeto do presidente José Mujica que prevê o aumento de impostos às grandes propriedades de terra para financiar obras de infraestrutura rodoviária.

A iniciativa de Astori prevê a obtenção destes recursos de acordo com a capacidade de contribuição dos produtores para evitar que alguns setores tenham mais prejuízos do que os outros.

O vice-presidente pretende fazer uma "síntese" dos dois projetos para não apresentar propostas diferentes no Parlamento uruguaio.

A proposta de Mujica prevê o aumento da tributação de acordo com o tamanho das propriedades, encarecendo em US$ 8 o imposto por hectare aos donos de terra que possuem entre dois e cinco mil hectares. A cifra aumenta para US$ 12 no caso dos proprietários terem entre cinco e dez mil hectares de terra no país.

O mandatário pretende recolher cerca de US$ 60 milhões a mais ao ano para obter recursos para a manutenção das estradas federais. A proposta, no entanto, gerou divergência dentro da coalizão governista Frente Ampla.
Após ser rejeitada por Dilma, iraniana esnoba seu assessor

FLÁVIA FOREQUE
DE BRASÍLIA

De passagem por Brasília, a ativista de direitos humanos iraniana e Nobel da Paz (2003) Shirin Ebadi, 63, recusou ser recebida ontem no Palácio do Planalto por Marco Aurélio Garcia, assessor especial da Presidência para assuntos internacionais.
Ebadi tentou, mas não conseguiu uma audiência pública com a presidente Dilma Rousseff, mas foi informada de que Garcia estaria disposto a encontrá-la.
"Ela veio a Brasília para encontrar Dilma Rousseff e se sentiu muito mal com a recusa. Ela entendeu que a recusa foi [resultado de] uma pressão do governo iraniano", disse Flavio Rassekh, coordenador da visita de Ebadi no Brasil.
O Planalto alegou que não faz parte da agenda da presidente receber personalidades que não sejam chefes de Estado e de governo.
Numa tentativa de dirimir o mal-estar provocado pelo episódio, a ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos) enviou carta para Ebadi reforçando o apoio da presidente à causa dos direitos humanos.
"Aproveito para manifestar o perene compromisso do Estado brasileiro com a defesa e a proteção da vida humana e a contrariedade às penas de morte cruéis ou degradantes", afirma trecho da carta.
O texto prossegue: "Nesta batalha por um mundo mais justo, sem sombra de dúvidas, a senhora, a presidenta Dilma Rousseff e o Estado brasileiro se encontram no mesmo lado, no lado dos direitos humanos".
Rosário disse ainda estar disposta a "regressar de pronto" para encontrar a ativista em Brasília-a ministra passou o dia no Pará, em compromissos sobre o tema da violência no campo.
Em audiência no Congresso Nacional, Ebadi pediu o apoio do Brasil à causa dos direitos humanos na Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), em Nova York.
"Nós vamos ter uma sessão da ONU em setembro, onde o assunto do Irã será discutido novamente. E eu quero de vocês, os bons representantes do povo do
Brasil, e da respeitada presidente do país, que com seus votos mostrem o compromisso com os direitos humanos e fiquem ao lado do povo do Irã", disse ela.
Realizado uma vez por ano, o evento reúne todos os 192 países-membros das Nações Unidas e trata de temas variados, sugeridos pelos próprios integrantes. Embora não sejam mandatórias (obrigatórias), as resoluções aprovadas pela assembleia podem ter peso político.
Rainha Elizabeth dá novo título a Philip em 90º aniversário

DA REUTERS, EM LONDRES

A rainha britânica Elizabeth 2ª deu a seu marido, o príncipe Philip, um novo título como presente em seu aniversário de 90 anos, nesta sexta-feira, quando ele anunciou que vai reduzir suas atividades, após décadas de compromissos oficiais.
Conhecido por seu discurso franco e suas observações ocasionalmente impensadas, Philip passou seu aniversário do mesmo modo como tem passado boa parte de sua vida, cumprindo os deveres de seu papel de consorte da rainha, com quem se casou em 1947.
"É um dia de trabalho normal para ele. Não há comemoração propriamente dita", disse sua porta-voz, embora uma banda militar tenha tocado "Parabéns a Você" diante do Palácio de Buckingham e canhões terem feito 62 disparos de saudação na Torre de Londres.
Para marcar a ocasião, a rainha conferiu o título de lorde Alto Almirante, chefe titular da Marinha Real, a Philip, que serviu na Marinha durante a Segunda Guerra Mundial, participou dos desembarques das forças aliadas na Sicília e esteve na baía de Tóquio quando os japoneses se renderam, em 1945.
Apesar de ter sido companheiro quase constante da rainha, estando ao lado dela durante todo seu longo reinado, o príncipe, ainda um homem ativo, raramente buscou atrair atenção para si mesmo.
Seu aniversário será lembrado no mesmo estilo discreto: ele promoveu uma recepção para comemorar o centenário de uma organização beneficente para deficientes auditivos, e à noite ele presidiria uma conferência para figuras militares seniores britânicas, seguida por um jantar.
CARIDADE
Philip é hoje o consorte que está há mais tempo em atividade e o cônjuge de um monarca britânico que passou mais tempo nessa condição. Ao longo desses anos, ele apoiou centenas de causas e entidades beneficentes.
Mas, em entrevista concedida à BBC para marcar seu aniversário, ele disse que vai reduzir seus compromissos oficiais.
"Acho que já fiz minha parte e agora quero me divertir um pouco, com menos responsabilidades, menos correria frenética, menos preparo, menos necessidade de pensar em algo a dizer", disse ele.
"Além disso, minha memória anda fraca. Não consigo me lembrar de nomes e coisas."
É por comentários diretos deste tipo e gafes que Philip é mais conhecido.
Certa vez ele disse a estudantes britânicos na China: "Se vocês permanecerem muito tempo aqui, vão ficar com os olhos puxados". Em outra ocasião, perguntou a aborígines na Austrália se ainda atiravam lanças uns contra os outros.
O primeiro-ministro David Cameron disse que Philip sempre fez as coisas "à sua própria maneira inimitável, com uma abordagem simples, sem formalismos, que acho que enternece o povo britânico."
Embora o príncipe tenha passado boa parte de sua vida à sombra da rainha, existe um lugar onde ele brilha mais que sua esposa: na ilha de Tanna, parte do arquipélago de Vanuatu, no Pacífico, onde ele é adorado como um deus pelos habitantes.
Documentos revelam que Gordon Brown tentou derrubar Tony Blair

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Documentos revelam que Gordon Brown, atual primeiro-ministro do Reino Unido, planejou destituir Tony Blair do cargo de primeiro-ministro, segundo publicou hoje o jornal "The Daily Telegraph".
Ed Balls, atual responsável pelas finanças do Partido Trabalhista britânico, teria desempenhado papel central no complô, pois Brown, então ministro das Finanças, teria pedido que ele adotasse um enfoque "brutal" para limpar a influência de Blair do Partido Trabalhista.
Tanto Balls, como o atual líder da oposição trabalhista, Ed Miliband, começaram a planejar a "divisão" do Partido Trabalhista com o intuito de tirar Blair do poder.
Os arquivos mostram detalhes de como aliados de Brown conspiraram a partir de julho de 2005 para destituir Blair do cargo de primeiro ministro e também trazem encontros secretos, pesquisas de opinião sobre as políticas de Blair e como os aliados de Gordon Brown tentaram modernizar sua imagem.
Os documentos ainda mostram a opinião de Brown sobre Blair. Ele qualifica Blair como alguém de "caráter duvidoso" e "superficial".
Há também cartas de Blair que mostram sua frustração em razão do comportamento de Brown. Em uma das notas, Blair adverte Brown que "a divisão do topo está nos matando".
Ed Balls negou todas as acusações. Ele afirmou que Blair, Brown e seus aliados estiveram envolvidos, por muitos anos, em discussões sobre a transferência de poder -- Blair deixou o cargo de primeiro-ministro em 2007, deixando o caminho livre para Gordon Brown, então ministro das Finanças.
Ele ainda afirmou que se tratava de "uma tentativa de para tirar a atenção sobre o que está acontecendo no país".
Os conservadores, que fazem oposição ao Partido Trabalhista, disseram que a obsessão em tirar Blair do poder mostra que não se devia entregar o governo a eles de novo.
Colômbia promulgará lei para reparar vítimas de conflito armado

DA FRANCE PRESSE

Uma lei que prevê a reparação das vítimas do conflito armado da Colômbia será promulgada nesta sexta-feira pelo presidente colombiano, Juan Manuel Santos, que estará acompanhado do secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon.
A lei é considerada a iniciativa mais ambiciosa já tomada pelo governo nesse campo. No entanto, ela será promulgada sem que tenha chegado ao fim um conflito armado de quase meio século, pois ainda estão ativas na Colômbia os grupos guerrilheiros Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e ELN (Exército de Liberação Nacional), que contam com 10.500 guerrilheiros no total.
A lei reconhecerá as vítimas dos grupos guerrilheiros, das organizações paramilitares (desmobilizadas entre 2003 e 2006) e dos agentes de Estado, ainda que somente serão indenizados aqueles que tiverem sido afetados pelo conflito a partir de primeiro de janeiro de 1985, ou cerca de 4 milhões de pessoas segundo estimativas oficiais.
Ficaram excluídas as vítimas dos novos grupos criminosos, integrados por ex-paramilitares e narcotraficantes, mas que defensores dos direitos humanos as consideram herdeiras das estruturas paramilitares antigas.
Além das indenizações, as vítimas terão uma reparação simbólica, como o compromisso da busca pela verdade sobre os fatos e a manutenção da memória histórica.
Um capítulo crucial da lei será a devolução de terras a camponeses que foram deslocados pela violência a partir de 1º de janeiro de 1991.
Segundo cifras do governo, cerca de 400 mil famílias perderam cerca de 2 milhões de hectares de terras arrebatados e outros 4 milhões de hectares que tiveram que ser abandonados pela violência dos grupos armados ilegais.
A lei prevê um processo que durará dez anos, durante os quais serão realizados julgamentos breves. Segundo o governo, o desafio está em "contar com juízes e magistrados especializados em restituição de terras com independência, capacitação e proteção".
Além disso, diversas organizações humanitárias têm alertado sobre os riscos de violência acarretados por esse processo, especialmente vindas de líderes dos grupos guerrilheiros.
"O projeto receberá uma resistência violenta", prevê Ariel Ávila, da Corporação Nuevo Arcoiris, que estuda o conflito armado.
O escritório da ONU para os direitos humanos tem pedido que sejam reconhecidos como vítimas os integrantes de grupos armados ilegais que foram recrutados quando eram menores de idade.
Turquia dá "garantias" a Gaddadi para deixar Líbia, diz agência

DA FRANCE PRESSE

A Turquia ofereceu "garantias" ao ditador Muammar Gaddafi para que ele saia da Líbia, mas, até o momento, Gaddafi não respondeu, afirmou nesta sexta-feira o primeiro ministro turco, Recep Tayyip Erdogan.
Gaddafi "não tem outra opção além de partir da Líbia com garantias. Nós oferecemos essa garantia. Dissemos que o ajudaríamos a ir onde quisesse", disse Erdogan ao canal de televisão NTV, sem especificar quais garantias ofereceu.
"Dependendo da resposta que ele nos dê, vamos levar o assunto aos nossos aliados [da Otan], mas até agora, lamentavelmente, não obtivemos nenhuma resposta."
Ontem (9), durante a reunião dos aliados que participam da ofensiva na Líbia em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, a secretária de Estado americana, Hillary Cinton, afirmou que assessores do ditador já debatem uma "possível transição" de poder.
"Houve uma série de discussões, que ainda prosseguem, no entorno de Gaddafi, e sabemos que estas incluem, entre outros temas, a possibilidade de uma transição", declarou Hillary à imprensa.
"As próximas etapas ainda não estão claras", acrescentou a chefe da diplomacia americana.
A reunião dos representantes de países que participam das operações militares na Líbia serviu para discutir maneiras de ajudar a oposição do país.
O chamado "Grupo de Contato Internacional" já realizou um encontro no dia 5 de maio, em Roma, quando Hillary e seus parceiros concordaram em ajudar os rebeldes da Líbia, prometendo direcionar a eles os bens congelados de Gaddafi.

ENTENDA
Em fevereiro, uma revolta popular começou na Líbia exigindo a saída do ditador Muammar Gaddafi que está há quase 42 anos no poder. A revolta foi violentamente reprimida pelo regime de Gaddafi.
Um operação militar, autorizada pela resolução 1973 do Conselho de Segurança da ONU, começou no dia 19 de março -- um mês depois do início da revolta popular. O objetivo da operação seria proteger a população civil da Líbia do regime de Gaddafi.
Em 31 de março, a Otan assumiu o controle da operação militar na Líbia.
Segundo a ONU, morreram entre 10 a 15 mil pessoas desde o começo da revolta.
Jornais pedem ajuda dos leitores para investigar emails de Palin

DE SÃO PAULO

A Justiça do Alasca divulgou nesta sexta-feira mais de 24 mil emails enviados pela republicana Sarah Palin quando era governadora do Estado. Entregues à imprensa americana em papel, os documentos estão sendo publicados pelos jornais americanos, que pedem ajuda dos leitores na missão de investigar a correspondência da musa do Tea Party.
A publicação dos e-mails, solicitada pela imprensa quando Palin foi nomeada candidata republicana à Vice-Presidência em 2008, ocorreu graças às leis estaduais que exigem a divulgação de todos os documentos relacionados com o cargo de governador.
As 24.199 páginas dos emails enviados pela então governadora entre 2006 e 2008 estão sendo lidos por repórteres dos principais jornais americanos e de outros países.
Um primeiro lote já está disponível nos sites do "New York Times" e "Washington Post" (dos EUA) e também do "Guardian" (do Reino Unido).
Os três diários criaram sites especiais para o tema, onde pedem que os leitores ajudem suas equipes a "destroçar" a correspondência da republicana em busca de detalhes importantes.
"Vamos limitar o trabalho a só cem locais para voluntários que trabalharão em pequenas equipes, para anunciar a informação mais importante dos e-mails", adiantou já na quinta-feira o "Post" em seu blog político The Fix.
O jornal criou inclusive uma conta no Twitter, @PalinEmails, para anunciar as mensagens mais suculentas na correspondência de Palin.
Já a emissora MSNBC e a agência ProPublica optaram por colaborar com uma companhia de pesquisa para criar sua própria base de dados eletrônica com os documento