terça-feira, 1 de março de 2011

Algumas dicas do professor da Unicamp Shiguenoli Miyamoto no artigo O ensino das relações internacionais no Brasil: problemas e perspectivas.Considero fundamentais para o profissional de RELAÇÕES INTERNACIONAIS:

1) Obter o máximo de informações possível;

2) Manter-se atualizado;

3) Realizar estágios;

4) Dedicar parte apreciável de seu tempo às leituras necessárias;

5) Participar de eventos;

6) Estar atento às possibilidades de viagens, tanto no país quanto para o exterior.

Enquanto região ferve, feira de armas bate recorde de público

Enquanto região ferve, feira de armas bate recorde de público

Ricardo Bonalume Neto

A passagem de um fragata iraniana pelo canal de Suez, o primeiro navio de guerra do país a fazer esse trajeto desde a tomada do poder no Irã em 1979 por teocratas islâmicos, foi bem mais simbólica que intimidante.
Mais significativo das tendências regionais foi o saldo de uma feira de armamentos na semana passada: a décima edição da Idex (International Defence Exhibition and Conference, exibição e conferência internacional de defesa), em Abu Dhabi.
Maior feira bienal de material bélico do Oriente Médio e Norte da África, a IDEX 2011 contou com a presença de 1.060 empresas exibidoras de 53 países – 18% a mais do que na mostra de 2009.
Como comparação, a maior feira bienal de defesa da América Latina, a ser realizada em abril no Rio, deverá ter 350 expositores.
O espectro militar do Irã, simbolizado pela viagem da fragata para visita à Síria, também serviu de estímulo à IDEX. A paranóia em relação ao Irã serve de pano de fundo para países como Arábia Saudita e Emirados Árabes irem às compras. Um terço das armas que os EUA exportam vai para o Oriente Médio.
O aumento do preço do petróleo tende a permitir aos países da região tanto investir em programas sociais – uma maneira de reduzir o descontentamento por trás das atuais revoltas – como continuar comprando armas. Algumas para a defesa externa, algumas para uso em contenção de distúrbios.
O “timing” da feira fez alguns países deixarem de enviar representantes ou enviá-los em quantidade bem menor – caso de Egito, Tunísia, Bahrein e Líbia.
A fragata iraniana Alvand é um navio obsoleto, projetado no Reino Unido na década de 1960. Ela foi, no entanto, reequipada com mísseis anti-navio chineses C-802, que são mais modernos e letais que os originais.
O negócio mostra como é difícil consenso em bloqueios de vendas de armas. Sempre haverá um país disposto a vendê-las – China e Rússia são dois exemplos.
Justamente por não terem acesso à importação de armas durante o longo conflito com o Iraque (1980-1988), os iranianos desenvolveram uma sofisticada indústria de defesa, com destaque para mísseis, mas incluindo cerca de 2.000 diferentes itens, exportados nos últimos anos para cerca de 30 países.
De 1988 a 2007, África e Oriente Médio gastaram 79,1% mais com armas. No mesmo período, todo o planeta gastou só 1,6% mais.

Cortes na Defesa ameaçam acordo entre Brasil e França

Cortes na Defesa ameaçam acordo entre Brasil e França

Mário Sérgio Lima e Dimmi Amora de Brasília


O Ministério da Defesa terá de “cortar na carne” para reduzir em R$4,38 bilhões suas despesas, afirmou ontem a Secretária do Orçamento Federal, Célia Corrêa.
Segundo ela, os cortes terão de ser realizados tanto na manutenção das tropas quanto na revisão dos contratos vigentes, como a aquisição de helicópteros, submarinos e cargueiros,
Aí há um complicador. A compra de 50 helicópteros, quatro submarinos convencionais e a integração de um modelo nuclear são parte do acordo militar Brasil-França.
A parceria foi assinada em 2009 e prevê desembolsos de até R$ 20 bilhões até 2024. Fazer alterações terá implicações diplomáticas.
“O ministério terá de sentar com credores e explicar a nova situação fiscal, buscar negociação, alongar pagamentos”, disse Corrêa.
O ministro Guido Mantega (Fazenda) afirmou que novas despesas para a compra de caças não serão feitas neste ano, conforme a Folha adiantou em janeiro.
RAISON D’ÈTAT: O PRINCÍPIO QUE DESDE O SÉCULO XVII MOLDA E JUSTIFICA A POLÍTICA EXTERNA DOS ESTADOS

Angeline Kremer Grando e Emely Lubschinski

RESUMO

O presente artigo analisa a origem e o desenvolvimento do princípio da Razão de Estado. Para que a teoria em apreço fosse melhor compreendida, fez-se necessário traçar um brevíssimo histórico de sua evolução buscando seus antecedentes históricos em doutrinas revolucionárias para a sua época, como a de Nicolau Maquiavel e Giovanni Botero, bem como o contexto social e político da região na qual ela se desenvolveu: a Europa dos séculos XV e XVI, para só então tratarmos do princípio efetivado de fato, por aquele que é chamado o pai dos moderno sistemas de Estados: O Duque, ou Cardeal de Richelieu. Tal análise tem sua importância justificada nos impactos do legado deixado por este cardeal e primeiro ministro da França de 1624 a 1642, que, ao praticar inflexivelmente este princípio em favor de seu país, substituiu o conceito medieval de valores morais universais como princípio funcional da política externa dos Estados, inaugurando uma nova era nas Relações Internacionais.
Fernando Henrique Cardoso: ex-presidente

Não é surpresa para ninguém a minha admiração pelo intelectual e sociólogo Fernando Henrique Cardoso. “Indignez-vous (Indignai-vos), de Stéphane Hessel, é um dos livros que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) lê atualmente.
“É uma espécie de manifesto ao despertar da consciência em prol da luta pela democracia e pelos direitos humanos, em especial, a questão palestina”, diz.
“É ainda mais admirável pelo fato de ter como autor o diplomata franco-alemão Stéphane Hessel, que lutou contra os nazistas, foi coautor da Declaração Universal dos Direitos Humanos e, apesar de seus 93 anos, mantém um ânimo inabalável na defesa de seus ideais”.

Indignez-vous!
De Stéphane Hessel
Editora: Indigène Editions
Número de páginas: 32
Quanto: R$ 11,58
Filipinas adverte que traficantes recrutam "mulas" no Facebook

DA FRANCE PRESSE, EM MANILA (FILIPINAS)

As autoridades das Filipinas alertaram nesta terça-feira que narcotraficantes utilizam cada vez mais as redes sociais, como o Facebook, para recrutar "mulas" para transportar a mercadoria.
Várias destas pessoas detidas recentemente afirmaram à polícia que entraram em contato com traficantes estrangeiros por meio de fóruns na internet, informou Derrick Arnold Carreon, porta-voz da Agência de Luta contra as Drogas.
"Alguém pode pedir para ser seu amigo no Facebook, depois vocês entram em contato. Em determinado momento ele perguntará se você quer fazer pequenas viagens ao exterior", explicou o porta-voz.
"Para as redes de traficantes internacionais, recrutar na web se tornou uma das formas mais habituais. Não se trata apenas do Facebook, e sim de qualquer site de rede social. É uma tendência inquietante", explicou.
Filipinas tem cerca de 22,6 milhões de usuários no Facebook, o quinto país com maior número de usuários, segundo o site especializado em tendências de internet CheckFacebook.com.
Nobel da Paz tem recorde de 241 candidatos

DA EFE, EM COPENHAGUE

O comitê responsável pelo Prêmio Nobel da Paz anunciou nesta terça-feira que recebeu número recorde de 241 candidatos a honraria.
Dos indicados, 188 são pessoas e 53 são grupos ou organizações.
O recorde anterior foi estabelecido em 2010, quando houve 237 aspirantes ao prêmio. O nome do vencedor costuma ser divulgado no início de outubro.
O regulamento do Nobel estabelece que podem ser designados candidatos ao prêmio da Paz catedráticos de Universidade em Direito e Ciências Políticas, parlamentares e antigos laureados de todo o mundo.
Entre os aspirantes ao prêmio da Paz deste ano, o único do Nobel que se outorga e entrega fora da Suécia, figuram a organização católica Comunidade de Sant'Egidio, o site WikiLeaks, a presidente da Libéria, Ellen Johnson-Sirleaf, e o ativista cubano Oswaldo Payá.
O ativista chinês Liu Xiaobo recebeu o prêmio em 2010 "por sua luta longa e não violenta por direitos humanos fundamentais na China", segundo a decisão do comitê.
O Nobel da Paz será entregue em Oslo em 10 de dezembro, aniversário da morte de Alfred Nobel. O vencedor recebe uma medalha e 10 milhões de coroas suecas (US$ 1,6 milhão).
EUA reposicionam forças ao redor da Líbia

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

As Forças Armadas dos Estados Unidos estão reposicionando equipes navais e aéreas nos arredores da Líbia. A medida foi anunciada pelo Pentágono horas depois da secretária de Estado americana, Hillary Clinton, dizer que nenhuma opção está fora da mesa para encerrar a onda de violência no país africano --o que incluiria uma intervenção militar.

O porta-voz do Departamento de Defesa, coronel Dave Lapan, disse que a equipe de planejamento do Pentágono trabalha com várias opções e planos de contingência e, como parte desses, estava reposicionando suas forças.

Em entrevista a jornalistas, Lapan não quis dizer abertamente se os EUA consideram uma intervenção militar. Os EUA mantêm presença militar frequente no mar Mediterrâneo e tem dois porta-aviões mais ao sul, na área do golfo Pérsico.

Suhaib Salem/Reuters

Foto do ditador líbio, Muammar Gaddafi, queima em protesto em Benghazi, já controlada pela oposição

"Nós temos planejadores trabalhando e vários planos de contenção e eu acho que é seguro dizer que como parte disso estamos reposicionando nossas forças para sermos capazes de dar esta flexibilidade assim que as decisões forem tomadas", disse.

Apesar do avanço da oposição líbia, que já controla a parte leste do país, Gaddafi se recusa a deixar o poder e atribui os protestos à rede terrorista Al Qaeda. Ele está cada vez mais isolado na capital Trípoli, que apesar da forte segurança registra protestos de oposição.

Mais cedo, Hillary adotou um tom duro no Conselho de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas) ao condenar a violenta repressão à oposição e pedir a saída imediata do ditador líbio, Muammar Gaddafi.

"Muammar Gaddafi e aqueles ao seu redor precisam ser responsabilizados por seus atos que violam leis internacionais e a decência. Por suas ações, eles perderam direito de governar. O povo decretou que é hora de eles irem. Agora, sem atraso", afirmou a secretária de Estado americana.

"Continuaremos a coordenar as ações com os aliados", disse Hillary, que citou as sanções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) e pelos Estados Unidos no fim de semana.

"Estas violações de direitos universais são inaceitáveis e não serão toleradas", continuou, dizendo que trabalha com a comunidade internacional e ONGs por uma "resposta humanitária" à crise.

O presidente americano, Barack Obama, assinou uma ordem executiva para congelar todos os ativos de Gaddafi, sua família e membros de seu regime. Medidas similares foram aprovadas por unanimidade pelo Conselho de Segurança. A resolução da ONU também pede que a repressão aos manifestantes seja levada à Corte Internacional de Haia, para posterior investigações de quaisquer responsáveis pela morte de civis.

Lefteris Pitarakis/AP

Líbios agitam bandeiras da era pré-Gaddafi na cidade de Nalut; cidade está sob controle opositor

Pouco antes do discurso de Hillary, a União Europeia também aprovou sanções contra o ditador Gaddafi, incluindo embargo de armas, congelamento de seus bens e proibição de viajar aos países do bloco.

A decisão foi tomada pelos embaixadores europeus que se reuniram para discutir a crise na nação africana.

As sanções serão válidas também para 25 familiares e nomes ligados ao regime Gaddafi. O embargo de vendas inclui não apenas armas como equipamento, como gás lacrimogêneo e escudos antidistúrbios, que possa ser usado para repressão dos manifestantes.

Todas as sanções devem entrar em vigor nos próximos dias, assim que forem publicadas no diário oficial da União Europeia.
Rebeldes enfrentam ofensiva de Gaddafi no oeste da Líbia

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O ditador líbio, Muammar Gaddafi, lançou nesta terça-feira uma ofensiva na parte oeste do país, em um esforço para reverter o avanço dos rebeldes da oposição que já controlam a faixa leste do país. Moradores relataram batalhas com tropas leais a Gaddafi em Nalut, Misrat e Zawiyah.
Moradores disseram que forças pró-Gaddafi se mobilizaram para reafirmar o controle de Nalut, a cerca de 60 quilômetros da fronteira com a Tunísia, e impedir que ela caia em poder dos rebeldes.
As forças de Gaddafi reforçaram ainda sua presença na remota localidade de Dehiba, também na fronteira com a Tunísia, e decoraram o posto de passagem com as bandeiras verdes do regime.
Repórteres que estão no lado tunisiano viram veículos do Exército da Líbia e soldados armados com fuzis Kalashnikov. No dia anterior, não havia presença militar líbia nesse posto fronteiriço.
Forças leais ao ditador líbio lançaram ainda uma batalha de seis horas na madrugada desta terça-feira para tentar reconquistar a estratégica Zawiya, apenas 50 km ao oeste da capital Trípoli. Gaddafi chegou a ameaçar bombardear os opositores em Zawiya, segundo o canal de TV Al Jazeera.
Os rebeldes, que incluem militares desertores, estão armados com tanques, metralhadoras e bateria antiaérea. Eles reagiram ao avanço das tropas de Gaddafi, que levava as mesmas armas e atacaram de seis direções. Não há relatos de vítimas no combate.
"Nós não desistiremos de Zawiya a nenhum custo", disse uma testemunha, que preferiu não se identificar. "Nós sabemos que ela é estrategicamente importante. Eles lutarão para consegui-la, mas nós não desistiremos. Nós conseguimos derrotá-los porque nossos espíritos são nobres e os espíritos deles são nada".
As testemunhas disseram que os jovens de Zawiya estão nos telhados dos prédios na cidade para monitorar os movimentos das forças pró-Gaddafi e acionar alerta em caso de ataque iminente. Elas disseram ainda que o regime Gaddafi chegou a oferecer generosas quantias para os rebeldes entregarem o controle da cidade de volta para as autoridades.
As forças do ditador, que resiste à forte pressão interna e internacional, também tentaram reconquistar Misrata, a terceira maior cidade líbia, localizada 200 km a leste de Trípoli. As forças rebeldes conseguiram derrotá-las, mas um dos porta-vozes dos chamados 'jovens da revolução de 17 de fevereiro' garantiu ao canal Al Jazeera que ao menos três pessoas morreram.



NERVOSISMO
Gaddafi, que está no poder há mais de 41 anos, já perdeu o controle da metade leste do país desde que os protestos pedindo sua queda começaram há duas semanas.
Trípoli, com 1,5 milhão de habitantes, é o último bastião do poder de Gaddafi. Vários líderes tribais, autoridades do regime e chefes militares já passaram para o lado dos rebeldes, levando consigo enormes extensões do país, que tem 6 milhões de habitantes. A maior parte dos recursos petrolíferos líbios já está nas mãos da oposição.
Na região de Trípoli, havia filas nas padarias na manhã desta terça-feira. Moradores disseram que vários estabelecimentos estavam limitando a venda de pães, o que obrigava a população a passar por várias padarias para se abastecer.
"A situação está nervosa", disse o médico Salah, numa padaria onde cerca de 15 pessoas faziam fila no lado de fora. "Claro que estou preocupado. Minha família está com medo (...), temos ouvido tiroteios. Tenho 35 anos e é a primeira vez que vejo algo assim na Líbia. É muito assustador."
Alguns analistas avaliam que, diante da grande pressão internacional, Gaddafi não irá realizar uma ofensiva militar de grande escala para tentar recapturar territórios. As ameaças feitas por ele nos últimos dias estariam, segundo esses analistas, no campo da "manobra política".
"Gaddafi está acabado se fizer (um ataque militar), e está acabado se não fizer. Em ambos os casos, ele está muito vulnerável", disse o ativista e editor líbio Ashour Shamis, que vive no Reino Unido.
"Ele está perdendo pedaços da Líbia muito rapidamente. Não tem influência senão em Trípoli, e mesmo lá há áreas muito pequenas sob seu controle."
Observadores regionais preveem que os rebeldes acabarão por conquistar Trípoli, e que irão matar ou prender Gaddafi.
RELAXADO
Mas o ditador de 68 anos parece estar alheio ao cerco. Em entrevista concedida em um restaurante na orla de Trípoli, ele chegou a rir ao minimizar a rebelião.
Ele negou que tenha ordenado bombardeios aéreos contra os manifestantes, mas admitiu que aviões atacaram quartéis e paióis de munição. Negou também que tenha havido protestos contra o regime, e disse que alguns jovens saíram às ruas depois de serem drogados pela rede terrorista Al Qaeda. Acrescentou que as forças do governo tinham ordens de não atirar.
Alguns veem as muitas aparições de Gaddafi na mídia como uma astuta tentativa de usar os canais ocidentais para lembrar à audiência global que ele continua no comando, afastando assim a ideia de que sua autoridade estaria se esvaindo.
"Há uma batalha pela narrativa", disse o analista Shashank Joshi, do Real Instituto de Serviços Unidos do Reino Unido.
Em nota, um grupo de clérigos oposicionistas da Líbia pediu às operadoras internacionais de TV por satélite que cortem o serviço que tem permitido à TV estatal líbia transmitir os discursos de Gaddafi para o mundo todo.
"Gaddafi, seus filhos e asseclas têm ordenado diretamente assassinatos pelos canais líbios de TV", disseram os clérigos.
A embaixadora dos EUA junto à ONU, Susan Rice, qualificou de "delirantes" as declarações de Gaddafi à ABC e BBC.
Após sanções, EUA congelam US$ 30 bilhões em ativos da Líbia

DA FRANCE PRESSE, EM WASHINGTON
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Os Estados Unidos congelaram US$ 30 bilhões [R$ 49 bilhões] em ativos da Líbia depois das sanções impostas pela Casa Branca contra o regime do ditador Muammar Gaddafi na semana passada, informou nesta segunda-feira um alto responsável do Tesouro em Washington.
"Ao menos 30 bilhões de dólares foram bloqueados em virtude do decreto" assinado na sexta-feira (25) pelo presidente Barack Obama, informou à imprensa o secretário de Estado do Tesouro interino encarregado da luta contra o terrorismo e da inteligência financeira, David Cohen.
"É o maior congelamento de fundos jamais feito em virtude de um programa de sanções" nos Estados Unidos, completou Cohen.
O governo americano impôs na sexta-feira (25) sanções contra Gaddafi e quatro de seus filhos, congelando ativos e propriedades nos Estados Unidos.
Cohen declarou que mais sanções estão a caminho. "Estamos considerando aumentar a lista de indivíduos" afetados por essas sanções, declarou.
CERCO MILITAR
Também hoje, o Pentágono anunciou que as Forças Armadas dos EUA estão reposicionando equipes navais e aéreas nos arredores da Líbia. A medida foi anunciada depois de a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, dizer que "nenhuma opção está fora da mesa" para encerrar a onda de violência no país africano --o que incluiria uma intervenção militar.
O porta-voz do Departamento de Defesa, coronel Dave Lapan, disse que a equipe de planejamento do Pentágono trabalha com várias opções e planos de contingência e, como parte desses, estava reposicionando suas forças.
Em entrevista a jornalistas, Lapan não quis dizer abertamente se os EUA consideram uma intervenção militar. Os EUA mantêm presença militar frequente no mar Mediterrâneo e tem dois porta-aviões mais ao sul, na área do golfo Pérsico.
"Nós temos planejadores trabalhando e vários planos de contenção e eu acho que é seguro dizer que como parte disso estamos reposicionando nossas forças para sermos capazes de dar esta flexibilidade assim que as decisões forem tomadas", disse.
Apesar do avanço da oposição líbia, que já controla a parte leste do país, Gaddafi se recusa a deixar o poder e atribui os protestos à rede terrorista Al Qaeda. Ele está cada vez mais isolado na capital Trípoli, que apesar da forte segurança registra protestos de oposição.
EXÍLIO
O exílio pode ser uma opção para o ditador líbio, Muammar Gaddafi, afirmou nesta segunda-feira o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.
Ao ser questionado se os Estados Unidos iriam facilitar o exílio do ditador, diante dos apelos internacionais para que ele deixe o poder, Carney afirmou que isso "seria especulação" e que não comentaria.
O porta-voz afirmou ainda que os EUA estão discutindo formas de fechar o espaço aéreo sobre a Líbia.
Ministro da Defesa alemão renuncia após polêmica por plágio

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O ministro da Defesa da Alemanha, Karl Theodor zu Guttenberg, renunciou nesta terça-feira pelo escândalo surgido após a descoberta de que sua tese de doutorado é em grande parte plágio de inúmeros autores.
"É o passo mais doloroso da minha vida", disse Guttenberg, 39, considerado uma estrela em ascensão no bloco conservador da chanceler Angela Merkel e o político mais popular do país.
A imprensa alemã encontrou dezenas de passagens copiadas em sua dissertação sem a correta citação. A Universidade Bayreuth revogou o título de doutor de Guttenberg na semana passada.
Ele admitiu "graves erros" na tese de 2007, mas insistiu que não copiou intencionalmente o trabalho de ninguém. O caso causou grande polêmica na imprensa e levou a pedidos de renúncia da oposição.
Merkel apoiou Guttenberg durante a crise. Os líderes da oposição disseram que ela não o demitiu por temer perder apoio dos eleitores conservadores, especialmente no Estado de Baden-Wuerttemberg.
"É ruim para Merkel e ela ficou com ele muito tempo", disse Konrad Jarausch, cientista político na Universidade Livre de Berlim. "É uma grande reviravolta para ela. Haverá algum dano também a ela por isso".
Guttenberg tem sido o ministro mais popular no gabinete de Merkel. Mas a popularidade do aristocrata era baseada na sua imagem cuidadosamente cultivada de honestidade e integridade.
Nos últimos dias, alguns conservadores se distanciaram. A ministra da Educação, Annette Schavan, chamou as ações de Guttenberg de vergonhosas e o presidente do Parlamento, Norbert Lammert, disse que o escândalo era "um prego no caixão da confiança na democracia".
ONU alerta para crise iminente na fronteira líbio-tunisiana

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur) alertou nesta terça-feira que a crise humanitária é iminente na fronteira entre Líbia e Tunísia, por onde já passaram cerca de 70 mil pessoas em fuga dos confrontos entre as forças leais ao ditador Líbio, Muammar Gaddafi, e rebeldes da oposição.
"Nosso pessoal na fronteira líbio-tunisiana revelou nesta manhã que a situação está alcançando um ponto de crise", disse a porta-voz do Acnur, Melissa Fleming.
"Dezenas de pessoas esperam ser levadas o quanto antes, enquanto esperamos que entre 10 mil e 15 mil pessoas cheguem hoje procedentes da Líbia", alertou Fleming.
Ela afirmou que entre 70 mil e 75 mil pessoas escaparam da Líbia rumo a Túnis desde 20 de fevereiro. Somente nesta segunda-feira, 14 mil pessoas atravessaram a fronteira --número recorde desde o início da crise líbia. No Egito, a situação é similar com estimativas de que quase 60 mil tenham atravessado a fronteira desde o último dia 19.
Na véspera, o Acnur anunciou a preparação de um abrigo provisório para ao menos 10 mil pessoas entre a Líbia e a Tunísia. Em comunicado, o Acnur disse ainda que quarenta voos e alguns navios deverão evacuar alguns dos que estão na fronteira.
Além de egípcios, números significativos de vietnamitas e cidadãos de Bangladesh, que também trabalham na Líbia, estariam tentando cruzar as fronteiras. A Organização Internacional de Migração estima que 1,5 milhões de imigrantes irregulares da África e da Ásia trabalhem na Líbia.
O alto comissário de Refugiados da ONU, António Gutierres, pediu que os governos considerassem as necessidades de todas as pessoas vulneráveis e não só dos seus próprios cidadãos. "Muitas destas pessoas se sentem ameaçadas e com medo, e não tem recursos", disse.
"Africanos parecem correr mais riscos, porque eles estão sendo associados com mercenários estrangeiros. Estamos com receio de que eles não consigam chegar a um local seguro."
Durante os protestos, houve rumores de que o governo líbio teria contratado mercenários vindos da África subsaariana para disparar contra os manifestantes.
Começa a maior feira de tecnologia do mundo

DIÓGENES MUNIZ
ENVIADO ESPECIAL A HANNOVER

Google, Microsoft, IBM, Intel, Siemens, Ford, Yahoo!, Dell, Mozilla e Sony Ericsson. Esses são apenas dez dos mais de 4.200 expositores que participam da feira de tecnologia Cebit, que começou hoje, no norte da Alemanha. O evento está distribuído em 20 pavilhões (veja mapa abaixo).
A cerimônia de abertura, ontem (31), ficou a cargo da chanceler alemã, Angela Merkel, que lembrou da época em que usava computadores soviéticos na Alemanha Oriental. O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, também participou. A Turquia é o país-parceiro do evento neste ano, com pavilhão exclusivo e cem empresas convidadas. Ao todo, 70 países integram a Cebit, incluindo o Brasil.

NOVO FORMATO
Neste ano, a feira dividida em quatro partes. Boa parte do evento fica na categoria "Pro", com lançamentos de produtos digitais. O setor "Lab" abriga projetos futuristas; "Life" dá exemplos da aplicação das novas tecnologia no dia a dia; e "Gov" reúne possibilidades para o setor público.
O tema da Cebit em 2011 é "viver e trabalhar na nuvem", em referência às plataformas de computação em nuvem. Além disso, estão na pauta dos expositores smartphones turbinados com poderosos processadores de 2 núcleos, dispositivos 3D sem óculos, plataformas de realidade aumentada e tablets.
No ano passado, a feira recebeu 334 mil visitantes. Embora não divulgue uma estimativa oficial, a organização espera, pelo menos, manter o patamar durante esta semana. O ingresso para todos dias do evento, que termina no sábado (5), custa R$ 210.
Alemanha e Áustria congelam bens da família Gaddafi

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O Banco Central da Áustria (ÖNB) ordenou nesta terça-feira o congelamento dos bens da família do ditador líbio, Muammar Gaddafi, e pessoas próximas a ele, com base nas sanções determinadas na véspera pela União Europeia.
A Alemanha também anunciou nesta terça-feira que congelou uma conta bancária que um filho de Gaddafi possui num banco privado do país, e onde estão depositados 2 milhões de euros.
O jornal "Wiener Zeitung" alega que Gaddafi e pessoas próximas a ele mantêm patrimônio no valor de 1,2 bilhão de euros em contas austríacas. O patrimônio, ainda segundo o jornal, incluem imóveis e participações em empresas na Áustria.
O Banco da Áustria disse que há 1,2 bilhão de euros em depósitos provenientes da Líbia, mas ressaltou que não é possível estabelecer qual parte desse dinheiro está em nome das pessoas submetidas às sanções.
A UE aprovou na véspera o embargo à exportação de armas, o congelamento dos ativos em solo comunitário de Gaddafi e 25 aliados e a proibição de vistos para entrar em território comunitário.
Gaddafi e sua família sempre mantiveram uma estreita relação com a Áustria. Nos anos 80, o chanceler social-democrata Bruno Kreisky foi o primeiro líder ocidental em receber ao líder líbio em Viena.
Saif al Islam, filho e considerado sucessor de Gaddafi, estudou na capital austríaca. Além disso, especula-se que Gaddafi financiou o sepultamento de Jörg Haider, o dirigente nacionalista que marcou a vida política austríaca em décadas passadas.
Chávez não condena Gaddafi e alerta para intervenção dos EUA

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou nesta segunda-feira que invadir a Líbia seria uma catástrofe, acusou os Estados Unidos de estarem "enlouquecidos" pelo petróleo líbio e defendeu uma solução política com a criação de uma comissão de países para dialogar com as partes no país africano.
Chávez indicou em um ato público que não irá condenar à distância o líder líbio, Muammar Gaddafi, sem saber o que está ocorrendo na nação africana, afirmando ter a certeza de que os Estados Unidos "estão exagerando e distorcendo" a realidade do que ocorre na Líbia.
"Eu optaria por buscar uma formula política. Em vez de mandar soldados e aviões, por que não enviamos uma comissão de boa vontade que vá ajudar para que não sigam matando na Líbia?", disse Chávez.
O presidente venezuelano disse que a Líbia é um "paiol" e que, no caso de uma invasão militar, pode haver "uma tragédia maior em forma de guerra civil ou uma invasão que desembocará em outra guerra internacional que se estenderá pelo norte da África".
"Os Estados Unidos já disseram que estão prontos para invadir a Líbia. E quase todos os países da Europa condenando à Líbia, o que querem? Claro, esfregam as mãos com o petróleo da Líbia", disse Chávez.
"Eu acho que estão enlouquecidos pelo petróleo líbio. Isto pode ser uma catástrofe muito maior do que as que já estamos vivendo", afirmou.
A comunidade internacional estuda uma forma de pôr um fim ao regime de Gaddafi. O Pentágono confirmou na segunda-feira o deslocamento de unidades navais e da Força Aérea para as proximidades da Líbia como parte de um "planejamento de contingência".
O mandatário venezuelano indicou que a situação de Gaddafi lembra a que ele mesmo viveu em abril de 2002 quando um breve golpe de Estado o afastou do poder durante dias e no qual foi acusado por alguns de ser um assassino que havia ordenado a morte de cidadãos indefesos durante os enfrentamentos que ocorreram na ocasião.
"Por isso preferimos ser prudentes e ninguém vai nos chantagear. Nossa linha política é não apoiar nenhum massacre, faça quem faça", disse Chávez
Ishihara desiste de terceira reeleição ao governo de Tóquio

DA EFE, EM TÓQUIO

Após 12 anos como governador de Tóquio, o polêmico e ultraconservador Shintaro Ishihara, 78, decidiu não concorrer à reeleição no pleito municipal de 10 de abril, informou nesta terça-feira a agência local Kyodo.
Durante seu mandato, Ishihara protagonizou inúmeras controvérsias por declarações incendiárias contra homossexuais, imigrantes e mulheres -- como dizer que, após a menopausa, as mulheres não servem para nada.
Ishihara foi eleito prefeito e governador de Tóquio, a maior metrópole do planeta, em 1999 e renovou seu mandato em 2003 e 2007. Escritor, ele tem uma legião de fãs que aplaudem sua clareza e decisão, mas também conta com detratores ferozes que o acusam de demagogia machista e xenófoba.
Sua gestão à frente da metrópole de Tóquio contou com várias normas controvertidas, a mais recente a "Ordenança para o desenvolvimento de uma juventude saudável" no ano passado --que restringe a venda de histórias em quadrinhos com cenas sexuais.
Chanceler russo rejeita zona de exclusão aérea sobre a Líbia

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, se opôs nesta terça-feira à ideia de estabelecer uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia como forma de aumentar a pressão sobre o regime do ditador Muammar Gaddafi e acabar com a repressão do regime contra a população.
A ideia faz parte dos planos dos Estados Unidos para pressionar a renúncia de Gaddafi, impedindo que ele use aviões de guerra ou helicópteros para atacar rebeldes que já tomaram vastas áreas do leste do país, assim como para impedir a chegada de mercenários ao país. A medida é apoiada por líderes europeus e pela Austrália, que lembram que a tática foi usada com sucesso por anos no norte do Iraque.
Em entrevista coletiva concedida em Genebra, o chanceler russo chamou a medida de supérflua e assinalou que qualquer nova medida a ser adotada contra o regime de Gaddafi deve passar pelo Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) --que já aprovou sanções com embargo de armas e equipamentos antidistúrbios, congelamento de bens no exterior e proibição de viagem.
"Na reunião que mantive ontem [segunda-feira] com a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, não se tratou de nenhuma maneira da zona de exclusão aérea", afirmou Lavrov aos jornalistas. "Qualquer nova medida contra o regime líbio deve passar pelo Conselho de Segurança, e até agora essa proposta não foi colocada".
Lavrov disse que a comunidade internacional deve se concentrar em aplicar as sanções que já foram aprovadas no sábado (26).
Os membros do Conselho não consideraram a imposição de uma zona de exclusão aérea e nenhuma medida militar --apesar dos EUA terem reposicionado suas tropas na costa da Líbia. A Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) já disse que qualquer intervenção na nação africana deve ser aprovada pela ONU.
A Rússia é um dos cinco membros com poder de veto no Conselho de Segurança da ONU.
Nesta segunda-feira, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, havia admitido que a opção de declarar uma zona de exclusão aérea para acabar com a repressão exercida pelo regime de Gaddafi "está sobre a mesa", assim como outras medidas.
Ela disse que conversou sobre "estas e outras possíveis ações" com representantes de países europeus, reunidos nesta segunda-feira em Genebra no marco do Conselho de Direitos Humanos da ONU.
A secretária de Estado ressaltou que a zona de exclusão aérea é uma das opções consideradas para poder "pressionar o regime" de Gaddafi e que há "um número de ações potenciais" que poderiam ser aplicadas nos próximos dias, "especialmente do lado europeu".
Forças pró-Gaddafi tentam reconquistar cidade estratégica

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Forças leais ao ditador líbio, Muammar Gaddafi, lançaram uma batalha de seis horas na madrugada desta terça-feira para tentar reconquistar a estratégica Zawiya, apenas 50 km ao oeste da capital Trípoli.
Gaddafi chegou a ameaçar bombardear os opositores em Zawiya, segundo o canal de TV Al Jazeera.
Os rebeldes, que incluem militares desertores, estão armados com tanques, metralhadoras e bateria antiaérea. Eles reagiram ao avanço das tropas de Gaddafi, que levava as mesmas armas e atacaram de seis direções. Não há relatos de vítimas no combate.
As forças do ditador, que resiste à forte pressão interna e internacional, também tentaram reconquistar Misrata, a terceira maior cidade líbia, localizada 200 km a leste de Trípoli. As forças rebeldes conseguiram derrotá-las, mas um dos porta-vozes dos chamados "jovens da revolução de 17 de fevereiro" garantiu ao canal Al Jazeera que ao menos três pessoas morreram.
"Nós não desistiremos de Zawiya a nenhum custo", disse uma testemunha, que preferiu não se identificar. "Nós sabemos que ela é estrategicamente importante. Eles lutarão para consegui-la, mas nós não desistiremos. Nós conseguimos derrotá-los porque nossos espíritos são nobres e os espíritos deles são nada".
Gaddafi, que está no poder há mais de 41 anos, já perdeu o controle da metade leste do país desde que os protestos pedindo sua queda começaram há duas semanas. Ele ainda mantém controle da capital Trípoli e cidades próximas.
As testemunhas disseram que os jovens de Zawiya estão nos telhados dos prédios na cidade para monitorar os movimentos das forças pró-Gaddafi e acionar alerta em caso de ataque iminente. Elas disseram ainda que o regime Gaddafi chegou a oferecer generosas quantias para os rebeldes entregarem o controle da cidade de volta para as autoridades.
AMOR
Nesta terça-feira, o regime procurou mostrar que ainda é a autoridade do país e que continua a sentir compaixão por áreas no leste que caíram sob o controle de seus oponentes.
Um total de 18 caminhões carregados de arroz, farinha de trigo, açúcar e ovos deixou Trípoli para Benghazi, segunda maior cidade do país, mil km a leste da capital. Também no comboio foram dois carros refrigerados levando suprimentos médicos.
O comboio foi recebido com uma pequena demonstração pró-Gaddafi. "Deus, Gaddafi, Líbia e é isso", gritavam os manifestantes. "O Estado é muito generoso com as pessoas", disse Ahmed Mahmoud, 22, enquanto observava o comboio.
Nesta segunda-feira, Gaddafi declarou durante entrevista à jornalista Christiane Amanpour, da rede de TV americana ABC, que o povo líbio "o ama" e "morreria por ele".
"Todo meu povo me ama. Eles morreriam para me proteger", afirmou o líder líbio, de acordo com uma mensagem de Amanpour postada em seu Twitter.
Na entrevista, da qual a rede BBC também participou, Gaddafi também negou-se a admitir que existem demonstrações de opositores nas ruas de Trípoli, segundo a jornalista.
O ditador acusou ainda os países ocidentais de abandonarem seu governo na luta contra "terroristas". "Estou surpreso que tenhamos uma aliança com o Ocidente para combater a Al Qaeda, e agora que estamos lutando contra terroristas, eles nos abandonaram. Talvez eles queiram ocupar a Líbia", disse.
Gaddafi, que enfrenta uma revolta popular contra seu governo de 41 anos, chamou também o presidente dos EUA, Barack Obama, de "bom homem", mas afirmou que ele parecia estar "informado de maneira errada" sobre a situação na Líbia.
'As declarações que ouvi dele devem ter vindo de outra pessoa. A América (EUA) não é a polícia internacional do mundo', acrescentou Gaddafi.
Na conversa, o ditador reiterou que não pode renunciar, já que oficialmente 'não é nem presidente nem rei'.