quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Agosto



Dia 14 de agosto de 2015. Ouço Barão Vermelho e, num instante, recupero lembranças ao ouvir a voz melódica e potente de Cazuza.
Um ano se passou. Ainda lembro do olhar, do abraço, do sorriso e do beijo. Ainda guardo você dentro de mim.
Hoje vivemos em nossos recomeços. Longe um do outro. A vida deve seguir.
Ano passado, triste e lamentando o fim de um ciclo que acreditava ser longo, alimentei a supertisção que o mês de agosto produz dissabores. Na realidade, não é Agosto que torna o mundo negativo e perverso. É o egoísmo. É a ingratidão. É a injustiça. São comportamentos nocivos ao próximo que tornam o mundo mais sombrio.
Há uma história romana que o Imperador Augusto impôs que o mês em homenagem ao seu nome não poderia ter menos dias que o anterior, dedicado a Julio César. E dessa forma julho e agosto, apesar de serem meses sequenciais, acabaram, ambos, tendo 31 dias cada um. Li que isso é uma teoria falsa e foi inventada por Sacrobosco no século XIII. Interessante que agosto era chamado de Sextilis ou Sextil.
A mente humana quando se congrega coletivamente em torno de supertisções, se torna capaz de precipitar eventos ruins. Como afirma Oscar Quiroga, a humanidade continua entusiasmando-se com muita facilidade diante de perspectivas sinistras.
Eu acredito num mundo de energias polarizadas: positivas e negativas. Se sentimos raiva, como um grão de semente, ela brota como uma zona de energia que arde e nos faz sofrer. Se sentimos raiva por mais tempo, novas sementes de raiva serão produzidas e semeadas no solo do nosso inconsciente.
O mesmo ocorre com as energias positivas. O sorriso e a alegria contagiam. O gostoso é sempre cultivar as sementes do sorriso e da alegria. Pois elas tornam nosso mundo mais feliz e harmônico.
E assim, creio que Agosto é um mês como outro qualquer. É necessário cultivar sementes saudáveis, revigorantes, salutares, criativas, em nosso cotidiano, que tornarão nossa vida mais saborosa e divertida. É o que eu acredito.

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