segunda-feira, 18 de abril de 2011

O CAPRICHO DO CRIADOR

O criador estabeleceu as regras da natureza para a criação do universo. Num momento de divina inspiração, na criação da terra e de seus habitantes. Inovou numa equação, onde incluiu as variáveis: o dedo mágico do pintor, os olhos de lince do fotógrafo, mas com uma visão tão abrangente como a do sol; a sensibilidade da psicóloga, a sutil mão do escultor, a extravagante criatividade do arquiteto, o refinado capricho da decoradora, a inefável beleza do próprio paraíso e a candura e a graça dos filhotes. O resultado foi excepcional e a maior dádiva recaiu para homem com a pucela mulher. A divindade suprema surpreendeu-se com a leniência da encantadora criatura, uma verdadeira obra prima, queria fazer uma pulcritude, mas exagerou nos cálculos e saiu a maior maravilha do universo. A evolução, as novas técnicas para tratamento de beleza, os modernos recursos médicos; como: a drenagem linfática, as cirurgias plásticas, o botox, e as dietas e regimes incumbiram de aprimorar o que já era extraordinário, até chegar a tânagra morena brasileira. Portanto, nem desfolhando mil páginas do dicionário, em cem noites, concentrado, absorto na criatividade, arrebatado, rabiscando cuidadosamente dezenas de blocos de anotações, ou passando horas e horas no computador, diligente e persistente, a ponto de provocar uma L.E.R. nos dedos. Nem observando o primor da natureza, que, soberanamente, dita as normas que envolvem a terra com todas as suas perfeições, requintes e encantos naturais. Eu ainda não seria capaz de compor as donairosas frases que você, tanada, morena jambeada, merece!

José Benedito Ferraz da Silveira

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