terça-feira, 12 de abril de 2011

LAGO DA SOLIDÃO

Madrugada fria, a noite se vai,
Além, no horizonte, as últimas estrelas brilham,
E lá na mata, com alegria, os pássaros trilam,
Vem o dia, já se vê o clarão,
Com exultação me desperto,
Pois ouço a natureza em versos,
No lago da solidão.

Manhã linda de sol,
Eu não vejo uma nuvem sequer,
Nas lá no alto da serra,
A neblina branca impera.
Oculta o verde da mata,
Desfila seu alvo veludo em passeata,
Que até parece um floco de algodão.

Quando a brisa bater
E uma onda formar,
Só se verá encanto,
E as folhas em planto
O orvalho dissolver.

Este lago é o realce do meu rincão,
E eu sozinho sou feliz com sua beleza,
Pois quem vive ligado à natureza,
Não sente a angústia da solidão.

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