terça-feira, 12 de abril de 2011

Cardozo diz que postura do Brasil em relação à Líbia é soberana

Cardozo: Postura do Brasil em relação à Líbia é "correta, coerente e soberana, dentro dos princípios históricos que orientam as relações internacionais do país".

Lourenço Canuto
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou hoje (22) que a posição do governo brasileiro sobre a situação da Líbia, manifestada em nota divulgada ontem (21), pelo Itamaraty, é “uma postura correta, coerente e soberana, dentro dos princípios históricos que orientam as relações internacionais do país”. Para ele, esse posicionamento não interfere nas relações diplomáticas do Brasil com os países que lideraram as operações de ataque ao governo líbio.
Para o ministro da Justiça, “o pressuposto das relações internacionais aponta na direção do respeito à soberania dos demais, por isso o Brasil não é afetado por posturas diferentes da sua num quadro como este”.
Cardozo comentou que a aspiração do Brasil por um assento permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) “não motivaria uma posição diferente da que tomou ao defender o cessar-fogo [na Líbia]. Todos, hoje, reconhecem a importância de qualquer país assumir um posto dessa envergadura, mas o Brasil não colocaria seus princípios sob negociação para ser beneficiado no seu desejo de participar do conselho como membro com direito a voto”, disse.
O ministro participou hoje, no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), da 5ª Jornada da Lei Maria da Penha. Na ocasião, foram firmados protocolos com diversos órgãos para integração de trabalhos em prol da conscientização e da aplicabilidade da lei nos casos de violência contra a mulher.
Na nota divulgada ontem pelo Itamaraty, o governo brasileiro manifestou formalmente a expectativa de um cessar-fogo efetivo na Líbia, com o fim dos ataques aéreos e das hostilidades entre grupos rivais no país. O Ministério das Relações Exteriores defendeu o fim dos ataques e destacou a necessidade de garantir a proteção da população civil e de buscar a paz e o diálogo, evitando o acirramento do conflito entre partidários e opositores do regime do ditador Muammar Khadafi.

Fonte: Agência Brasil

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