sexta-feira, 11 de março de 2011

Evo Morales é contra ação militar internacional na Líbia

Evo Morales é contra ação militar internacional na Líbia

DA ANSA, EM LA PAZ

O presidente da Bolívia, Evo Morales, rejeitou nesta quinta-feira qualquer tipo de intervenção militar estrangeira na Líbia, argumentando que essa ação pode se tornar um pretexto para as potências controlarem os recursos naturais líbios.
Morales insistiu para que o ditador Muammar Gaddafi busque uma saída pacífica para controlar a crise política que, em sua opinião, deve ser resolvida somente pela população líbia, em um marco de não ingerência e autodeterminação do povo local.
"Rechaçamos a violência, a perda de vidas. Isso não é a solução para problemas de caráter político interno da Líbia. Mas tampouco pode ser um pretexto para a intervenção militar de certos Estados ou potências", declarou o mandatário boliviano.
Para ele, algumas potências querem usar estes conflitos "para se apoderar de recursos naturais", e o melhor seria "que os líbios resolvessem seus problemas e diferenças políticas e de caráter pessoal, cultural, programática e ideológica".
Morales afirmou em uma coletiva de imprensa que "sempre há revoltas dos povos" contra modelos econômicos e formas de governo, "mas quando há ameaças de intervenção, é importante que qualquer povo, nação ou Estado prime pela defesa da soberania e da unidade".
VENEZUELANOS
Nesta quinta-feira um grupo de intelectuais, artistas, escritores e militares da organização venezuelana Rede em Defesa da Humanidade divulgou um texto com uma postura semelhante, condenando qualquer tentativa de intervenção de forças estrangeiras no conflito na Líbia, argumentando que "estas ações interferem na autodeterminação dos povos e nos processos de paz".
"A intromissão imperial" seria uma desfaçatez "em torno das complexas circunstâncias que vive a Líbia" e "a justa indignação dos oprimidos desembocou em mudanças revolucionárias que tentam ser manipulados, com perfídia e oportunismo, pelos poderes hegemônicos mundiais", assinalou o documento do grupo.

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