quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Ministro diz que Rússia vetará na ONU ação militar contra Síria

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, advertiu nesta quarta-feira que vetará qualquer tipo de ação militar de tropas ocidentais contra a Síria no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas).
"Deixem os países fazerem suas propostas com sua consciência, mas eles não vão conseguir autorização do conselho".
O anúncio foi o primeiro pronunciamento de uma autoridade russa após ter circulado o rascunho de uma resolução do Conselho de Segurança, feito pelo país. A Europa Ocidental e os Estados Unidos não consideraram o documento suficiente e pediram a condenação do ditador Bashar al Assad pelos ataques a civis opositores.
Lavrov ainda disse que a Rússia não feriu nenhuma lei internacional ao permitir que um navio levasse armas à Síria, em meio ao embargo imposto por Estados Unidos e União Europeia. "Apenas fizemos comércio com itens que não são banidos pela legislação internacional", afirmou.
Em resposta, acusou os países ocidentais de fazerem vista grossa à entrada de armas contrabandeadas para opositores sírios, deteriorando as condições no país, em conflito desde março de 2011.
IRÃ
O chanceler ainda afirmou que um ataque ao Irã seria "uma catástrofe com graves consequências", devido ao acirramento das tensões entre sunitas e xiitas. "Não tenho dúvida de que uma ação militar seria jogar lenha na fogueira no conflito".
Mais cedo, o ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, disse que uma decisão de atacar o Irã é "muito distante". Ele se recusou a dar previsões.
GUERRA FRIA
O ministro também descartou qualquer nova corrida armamentista com os Estados Unidos. "O confronto não é nossa opção e não acredito que os políticos racionais americanos queiram o embate".
A declaração fez referência às medidas militares e diplomáticas tomadas pelo presidente russo, Dmitri Medvedev, após o lançamento do escudo antimísseis americano instalado em território europeu. Lavrov destacou que os Estados Unidos são conscientes do risco que se expõem ao aumentar a vigilância na Europa, aludindo ao arsenal nuclear russo.

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