segunda-feira, 9 de maio de 2011

Governo grego critica rebaixamento de nota de risco

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O governo grego criticou, nesta segunda-feira, o rebaixamento da classificação de risco do país pela S&P (Standard & Poor's), sob o argumento de que se baseia em informações e decisões irreais.
"As decisões das agências devem se basear em dados, decisões e avaliações reais sobre o estado verdadeiro da economia, disse o Ministério das Finanças da Grécia, em um comunicado.
O ministério acrescentou que a avaliação da S&P foi feita em um momento em que não há nenhuma informação sobre a piora da situação financeira da Grécia.
A agência de classificação financeira Standard & Poor's reduziu nesta segunda-feira em dois graus a nota da Grécia, de 'BB-' para 'B', diante da probabilidade crescente de que o país tenha que reestruturar sua dívida.
O governo grego nega veementemente que tenha a intenção de reestruturar a dívida.
O governo também nega que o país estude deixar de usar o euro, depois de a informação ser publicada na revista alemã "Der Spiegel", na última sexta-feira (6). Neste caso, não só a Grécia, mas os altos representantes da União Europeia negaram a informação.
REBAIXAMENTO
A nota B, para a qual a Grécia foi rebaixada, significa risco especulativo, ou seja, não está no grupo de países mais seguros para se investir.
A agência advertiu que o país está sob perspectiva negativa e que um novo rebaixamento pode ser anunciado.
Um ano depois de um pacote de resgate da União Europeia e do FMI, a Grécia ainda está lutando contra uma profunda recessão, alimentando rumores de que terá que reestruturar sua dívida para sair da atual crise fiscal.
"Na nossa visão, há grande risco de que a Grécia vai tomar ação para reestruturar os termos de sua dívida comercial, incluindo os títulos do governo previamente emitidos", disse a agência em comunicado.
A S&P disse ainda que os países da zona do euro provavelmente pedirão aos credores que estendam o prazo de pagamento, enquanto o governo considera reduzir as exigências do pacote de resgate que salvou a Grécia da falência.
Logo após o anúncio, o governo da Grécia afirmou que a decisão da S&P coloca em dúvida a credibilidade da agência.
A Grécia está na escala "B1" da agência Moody's e "BB+" na Fitch.
A chamada crise da dívida europeia foi uma consequência da crise econômica de 2008. Para proteger a economia, os governos aumentaram suas despesas. Aqueles que já tinham gastos públicos elevados viram a dívida estourar, junto com as taxas de juros.
Essa bola de neve levou os países periféricos a atingir deficits públicos recordes, perdendo a capacidade de pagar a dívida.

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