segunda-feira, 2 de maio de 2011

EUA fazem análise de DNA para confirmar identidade de Bin Laden

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Os Estados Unidos estão realizando um teste de DNA para confirmar a identidade de Osama bin Laden, morto neste domingo em uma operação militar do país no Paquistão.
O teste está sendo realizado em amostras de sangue retiradas do corpo de Bin Laden, segundo fontes ligadas ao governo americano.
Os militares usaram ainda técnicas de reconhecimento facial para ajudar a identificar o terrorista, que passou os últimos anos escondido em uma mansão luxuosa e ultraprotegida em Abbottabad, cerca de 70 km da capital paquistanesa, Islamabad. Não há fotos recentes de Bin Laden e as que existem são em sua maioria, divulgadas pelo próprio grupo terrorista ou retiradas de vídeos.
Os militares da força de elite que comandaram a operação tiraram ainda fotografias do corpo de Bin Laden com um tiro na cabeça. O governo americano não decidiu, contudo, se vai divulgar essas imagens e, caso divulgue, como e quando.
Canais de televisão do Paquistão chegaram a exibir nesta segunda-feira imagens do suposto corpo de Bin Laden, mas retiraram do ar admitindo que a foto era falsa.
Vários canais haviam mostrado uma imagem "não confirmada" do rosto ensanguentado de Bin Laden após os Estados Unidos terem anunciado que ele havia sido assassinado.
Na imagem, Bin Laden ostentava uma barba negra e espessa, com uma quantidade menor de cabelo branco da que havia mostrado o mais recente vídeo do terrorista ainda em vida.
Também havia marcas de sangue na testa e têmporas de Bin Laden. O olho direito estava fechado, mas parte do olho esquerdo era visível.
"Era uma imagem falsa, ela já havia circulado na internet em 2009", afirmou Rana Jawad, diretor do canal Geo TV de Islamabad. "Fomos checar e descobrimos que ela era falsa, então retiramos imediatamente do ar".
A morte de Bin Laden foi anunciada pelo presidente dos EUA, Barack Obama, na noite deste domingo. O Paquistão afirmou horas mais tarde que não havia participado, 'em acordo com a política dos Estados Unidos' de luta contra o terrorismo.
Um comando transportado por helicópteros das forças especiais da Marinha americana matou Bin Laden em uma casa muito protegida em Abbottabad, cidade 70 km ao noroeste de Islamabad. A ação teria durado cerca de 40 minutos, começando 22h30 do horário local.
Obama disse ainda que o corpo havia sido levado sob custódia dos Estados Unidos --a imprensa americana menciona que o sepultamento já foi feito no mar, mas a informação não foi confirmada.
"Nesta noite tenho condições de dizer aos americanos e ao mundo que os Estados Unidos conduziram uma operação que matou Osama bin Laden, o líder da Al Qaeda e terrorista responsável pelo assassinato de milhares de homens, mulheres e crianças inocentes." "A justiça foi feita", afirmou o presidente dos EUA.
Foi neste domingo, segundo o presidente, que deu a ordem para uma equipe de soldados dos EUA capturar Bin Laden. Obama afirmou que nenhum americano foi ferido. Funcionários do governo dos EUA detalharam que outros três homens e uma mulher teriam morrido no ataque.
"Finalmente, na última semana, eu determinei que nós tínhamos informações suficientes para agir (...) Depois de troca de tiros, eles mataram Osama bin Laden e tomaram seu corpo sob custódia", afirmou Obama.
"Nós não vamos tolerar ameaças a nossa segurança nacional ou aos nossos aliados. Não há dúvidas que a Al Qaeda continuará a atacar", disse ainda durante o pronunciamento, ressaltando o que disse George W. Bush quando presidente: que a "Guerra ao Terror não é contra o Islã". "A Al Qaeda é um destruidor em massa de muçulmanos", afirmou.
Enquanto ele falava, centenas de pessoas estavam concentradas em frente à Casa Branca, em Washington, para comemorar com gritos de alegria e mensagens patrióticas a morte. Seguravam bandeiras, cantavam o hino nacional e bradavam "USA". Na Times Square, em Nova York, outra multidão tomou as ruas (veja as fotos).
Em um comunicado, o Ministério paquistanês das Relações Exteriores afirmou que o país não participou da ação e reconheceu que a morte do homem mais procurado do mundo --tido como mentor dos ataques do 11 de setembro de 2001 -- representa um "grande revés infligido às organizações terroristas do mundo" e "ilustra a determinação da comunidade internacional, e do Paquistão, de combater e eliminar o terrorismo".

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