domingo, 13 de março de 2011

WikiLeaks revela críticas de Cristina e Néstor Kirchner a Chávez

WikiLeaks revela críticas de Cristina e Néstor Kirchner a Chávez

DA EFE, EM BUENOS AIRES

A presidente argentina, Cristina Fernández de Kirchner, e seu antecessor, Néstor Kichner, chegaram a criticar seu firme aliado na região, o venezuelano Hugo Chávez, para se aproximar dos Estados Unidos, segundo documentos vazados pelo WikiLeaks publicados neste domingo pelo jornal "La Nación".
Em um encontro em maio de 2009 com o então embaixador dos Estados Unidos em Buenos Aires, Earl Anthony Wayne, Cristina "disse que pensava que Chávez estava errado e que frequentemente fala sem pensar", segundo relatou o funcionário em um escritório diplomático dois dias depois.
"Todos devemos ser mais cuidadosos com o que dizemos em público", disse a governante sobre Chávez.
Seu marido e antecessor, Néstor Kirchner, também disse em um encontro com legisladores americanos em 2005 que o presidente venezuelano "fala demais", e que se a potência americana atuasse com inteligência, Chávez seria "neutralizado".
"Como disse ao (então) presidente (George W.) Bush, vamos colaborar com os EUA para melhorar a situação na Venezuela", disse nesse encontro na Casa Rosada (sede do Governo) o ex-presidente, segundo outro documento vazado.
O jornal "La Nación", crítico ao Governo de Cristina, começou a divulgar neste domingo trechos de um total de 2,5 mil documentos vazados pelo WikiLeaks.
Segundo estes documentos, em sua maioria enviados da embaixada americana na capital argentina entre 2003 e meados de 2010, membros do Governo de Cristina, entre eles o ex-chanceler Jorge Taiana e o atual ministro da Economia, Amado Boudou, expressaram em várias ocasiões o desejo de concretizar um encontro entre a governante e o presidente americano.
"Taiana enfatizou que tinha chegado o momento em que os presidentes (Cristina) Fernández e (Barack) Obama deviam se reunir. Disse ao embaixador que se os EUA não cultivassem (a relação com a Argentina), outros o fariam", afirma um documento da embaixada de setembro de 2009.

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