sexta-feira, 4 de março de 2011

Hillary exige que Cuba liberte americano incondicionalmente

DA FRANCE PRESSE, EM WASHINGTON
DE SÃO PAULO

A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, exigiu das autoridades cubanas a libertação do americano Alan Gross, que começa a ser julgado nesta sexta-feira, em Havana, pela acusação de espionagem.
"Ele está preso há muito tempo. Pedimos ao governo cubano que o liberte, permitindo que saia de Cuba para se encontrar com a família", disse Hillary à imprensa.
A chefe da diplomacia americana destacou a "preocupação" de seu país com o processo aberto contra empresário de 61 anos, que ameaça piorar as relações já tensas entre Estados Unidos e a ilha comunista.
Gross foi detido em Havana no dia 3 de dezembro de 2009 quando, segundo o próprio ditador Raúl Castro, distribuía "sofisticados meios de comunicação" a opositores, cumprindo seu papel de "agente secreto" dos EUA.
Washington diz que ele é empregado da empresa terceirizada Development Alternatives (DAI) --contratada pelo Departamento de Estado--, para ajudar a comunidade judaica em Cuba a comunicar-se com o exterior dando-lhe celulares e computadores. Mas a comunidade nega ter mantido qualquer contato com ele.
Gross enfrenta uma possível condenação a 20 anos de prisão por "atos contra a independência ou integridade territorial do Estado".
Em outubro passado, a mulher do americano, Judy Gross, enviou uma carta a Raúl Castro expressando o arrependimento do marido por seu trabalho no país.
Disse ainda que a Casa Branca pouco fez para conseguir sua libertação, e que Castro não respondeu à carta, apesar de ter lido.
Em entrevista no mesmo mês, Judy Gross negou que ele fosse um espião. Disse que o marido foi para Cuba cinco vezes no ano passado para ajudar a comunidade judaica de Havana a obter acesso, por meio da internet, aos judeus do mundo inteiro.

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