Eliane Cantanhêde: Economia mundial aguarda a queda de Gaddafi
O mundo árabe nunca mais será o mesmo. A afirmação é da colunista da Folha Eliane Cantanhêde.
Segundo a jornalista, a situação na Líbia tem gerado um grande temor no ocidente. Isso porque, com a queda do ditador, ainda não se sabe quem assumirá o controle do país. Outro medo está relacionado ao petróleo --que pode ter seu preço ainda mais elevado.
Cantanhêde destaca que se a crise atingir a Arábia Saudita, será ótimo para democracia, porém, haverá um alto preço para a economia mundial --inclusive para o Brasil.
Ideias, pensamentos, reflexões, crônicas pessoais e profissionais da área de Relações Internacionais, bem como das Ciências Sociais em geral - Política, História, Geografia, Sociologia, Economia, Direito e Psicologia.
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
Dezenas de milhares de egípcios pedem um novo governo no Cairo
Dezenas de milhares de pessoas se concentraram nesta sexta-feira na praça Tahrir, no centro do Cairo, para exigir a formação de um novo governo e que o ex-ditador Hosni Mubarak, que renunciou no último dia 11 após 18 dias de intensos protestos contra seu regime, seja levado aos tribunais.
A manifestação, convocada pelos mesmos grupos que organizaram os protestos antirregime, foi realizado em meio de medidas especiais de segurança.
O acesso à praça Tahrir, que foi epicentro da recente revolta popular egípcia, estava vigiada por soldados, apoiados por tanques militares.
Também havia um cordão de civis que, igual aos soldados, exigiam documentos de identidade de quem entrava na praça.
"Não precisamos deste governo, queremos um novo que nós possamos escolher", disse um dos jovens manifestantes, Omar el Guendi.
O Egito vive um período de transição política que se abriu após a renúncia de Mubarak, mas a maioria dos ministros e o chefe do gabinete, Ahmed Shafiq, procedem do regime anterior.
A concentração coincidiu com as orações do meio-dia desta sexta-feira, a celebração religiosa semanal mais importante para o mundo muçulmano.
O sermão ficou a cargo do imã Mohammed Gibril, que dirigiu as orações de uma plataforma, ajudado por alto-falantes.
Os manifestantes levavam bandeiras e cartazes, e muitos deles com as caras pintadas com as cores da bandeira egípcia.
Em muitos cartazes se viam fotos de alguns dos 300 mortos durante os protestos políticos que acabaram com o regime de Mubarak.
Os lemas da concentração incluíam a formação de um novo governo e um julgamento contra o ex-presidente, que se retirou para a cidade egípcia de Sharm el-Sheikh, na Península do Sinai, após anunciar sua renúncia.
Dezenas de milhares de pessoas se concentraram nesta sexta-feira na praça Tahrir, no centro do Cairo, para exigir a formação de um novo governo e que o ex-ditador Hosni Mubarak, que renunciou no último dia 11 após 18 dias de intensos protestos contra seu regime, seja levado aos tribunais.
A manifestação, convocada pelos mesmos grupos que organizaram os protestos antirregime, foi realizado em meio de medidas especiais de segurança.
O acesso à praça Tahrir, que foi epicentro da recente revolta popular egípcia, estava vigiada por soldados, apoiados por tanques militares.
Também havia um cordão de civis que, igual aos soldados, exigiam documentos de identidade de quem entrava na praça.
"Não precisamos deste governo, queremos um novo que nós possamos escolher", disse um dos jovens manifestantes, Omar el Guendi.
O Egito vive um período de transição política que se abriu após a renúncia de Mubarak, mas a maioria dos ministros e o chefe do gabinete, Ahmed Shafiq, procedem do regime anterior.
A concentração coincidiu com as orações do meio-dia desta sexta-feira, a celebração religiosa semanal mais importante para o mundo muçulmano.
O sermão ficou a cargo do imã Mohammed Gibril, que dirigiu as orações de uma plataforma, ajudado por alto-falantes.
Os manifestantes levavam bandeiras e cartazes, e muitos deles com as caras pintadas com as cores da bandeira egípcia.
Em muitos cartazes se viam fotos de alguns dos 300 mortos durante os protestos políticos que acabaram com o regime de Mubarak.
Os lemas da concentração incluíam a formação de um novo governo e um julgamento contra o ex-presidente, que se retirou para a cidade egípcia de Sharm el-Sheikh, na Península do Sinai, após anunciar sua renúncia.
AVANÇO DA OPOSIÇÃO
As forças opositoras ao regime de Gaddafi mantêm nesta sexta-feira o controle sobre a região leste do país --em cidades como Benghazi, Tobruk e Ajdabiya-- prometendo uma marcha para tentar tomar a capital Trípoli, bastião de resistência do regime.
A maior parte do leste da Líbia já está sob controle da oposição e aumenta a cada hora o número de diplomatas e ministros que abandonam o governo de 42 anos de Gaddafi. O ditador ainda está sob firme controle da capital, algumas cidades dos arredores, o desértico sul e partes esparsas do oeste.
Moradores em várias cidades dizem que a oposição pediu ao povo que vá às ruas protestar após as orações de sexta-feira. Alguns moradores de Trípoli disseram ter recebido mensagens de texto em seus celulares pedindo que protestem na praça Verde --local de intensos confrontos no começo da semana entre opositores e forças de segurança.
A violenta reação de Gaddafi permitiu até agora que mantivesse o controle sobre Trípoli, onde mora cerca de um terço da população de 6 milhões de líbios. Mas a oposição avança significativamente pelo leste do país, já controla importantes poços de petróleo e os rumores de uma guerra civil começam a ganhar força.
Os rebeldes tomaram controle de uma faixa de território que vai da fronteira com o Egito, passa por metade da costa de 1.600 km no Mediterrâneo ao porto de Breqa, a apenas de 710 km leste de Trípoli.
As forças opositoras ao regime de Gaddafi mantêm nesta sexta-feira o controle sobre a região leste do país --em cidades como Benghazi, Tobruk e Ajdabiya-- prometendo uma marcha para tentar tomar a capital Trípoli, bastião de resistência do regime.
A maior parte do leste da Líbia já está sob controle da oposição e aumenta a cada hora o número de diplomatas e ministros que abandonam o governo de 42 anos de Gaddafi. O ditador ainda está sob firme controle da capital, algumas cidades dos arredores, o desértico sul e partes esparsas do oeste.
Moradores em várias cidades dizem que a oposição pediu ao povo que vá às ruas protestar após as orações de sexta-feira. Alguns moradores de Trípoli disseram ter recebido mensagens de texto em seus celulares pedindo que protestem na praça Verde --local de intensos confrontos no começo da semana entre opositores e forças de segurança.
A violenta reação de Gaddafi permitiu até agora que mantivesse o controle sobre Trípoli, onde mora cerca de um terço da população de 6 milhões de líbios. Mas a oposição avança significativamente pelo leste do país, já controla importantes poços de petróleo e os rumores de uma guerra civil começam a ganhar força.
Os rebeldes tomaram controle de uma faixa de território que vai da fronteira com o Egito, passa por metade da costa de 1.600 km no Mediterrâneo ao porto de Breqa, a apenas de 710 km leste de Trípoli.
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