Vida
Vida....é assim que a
chamo.
Vida...foi o alimento
da minha alma.
Recordo da Vida... quando fecho meus olhos: relembro dos longos
abraços, das conversas e risos, das viagens e de cada gesto de carinho e
ternura através de um poema ou um post it, ou mesmo através de um sorriso ou um
olhar iluminado. Aquela piscadela mortal. Ou mesmo do beijo de despertar.
Carrego na memória: as
lembranças dos beijos doces, as canções, aqueles olhos verdes fitando-me. Momentos
felizes e o prazer desmedido.
Revejo as fotos, as
promessas de amor eterno, sinto o gosto do ratatouille, entre outros apetitosos
pratos da culinária ocidental em cada viagem ao passado. Cada música em
homenagem ao gato preferido.
Ah, e as gargalhadas!!!
Cada alegria...Cada momento inesquecível. Eterno para mim. O cheiro do cravo
que gostava de presentear. O amor eterno.
Mas vivo agora num novo
ciclo no qual enfrento crises internas.
O novo se descortina
para mim. Tenho medo. Tenho curiosidade.
E esse novo mundo me
traz a citação de Dickens: “Aquele foi o melhor dos tempos, foi o pior dos
tempos; aquela foi a idade da sabedoria, foi a idade da insensatez, foi a época
da crença, foi a época da descrença, foi a estação da Luz, a estação das
Trevas, a primavera da esperança, o inverno do desespero; tínhamos tudo diante
de nós, tínhamos nada diante de nós, íamos todos direto para o Paraíso, íamos
todos direto no sentido contrário”.
E não esqueço os
riscos, as incertezas, as contradições. Eles estão na minha vida. Sei que os
tempos de resistência vão continuar. Sei que é preciso constantemente recomeçar
do zero, que tudo se esquece. Às vezes, tento rir desses momentos. Sei que a um
conformismo se sucederá outro, que uma alegria será consumida por outra
alegria.
Novas aventuras são desconhecidas. Não há terra prometida. Há
um futuro incerto e estarei sempre cercado de mistério. O sentimento de
caminhar entre as trevas e a luz. Mas contemplo um horizonte... Como diria a minha
amiga Yasmine: “Constantemente recomeçar, afinal a imutabilidade é a morte”!
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