A paciência é o ato de respirar fundo à beira do evidente abismo, a filosófica tomada de fôlego: é o fio da voz da razão, que permanece audível e nos guia em meio ao ruído.
A etimologia, como sempre, ajuda a decifrar os meandros filosóficos: paciência vem do latim patere, suportar ou sofrer. É a arte de suportar tristezas sem perder a compostura.
Até certo ponto, a paciência é uma espécie de tiro no escuro cósmico: uma aposta metafísica na existência de um sentido final para as dores do mundo.