quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Preparação para estudar no exterior pode levar mais de um ano

Preparação para estudar no exterior pode levar mais de um ano


PATRÍCIA GOMES
DE SÃO PAULO

Planejar os estudos no exterior dá trabalho e leva tempo. Por isso, quem pretende fazer faculdade fora deve se preparar com ao menos um ano de antecedência.
O processo de admissão em universidades é tão ou mais difícil que o vestibular brasileiro. Além disso, o aluno precisa tomar providências como conseguir certificados de línguas, tirar o visto e traduzir documentos.
Segundo Ana Beatriz Faulhaber, da consultoria educacional CP4, tudo começa com uma boa pesquisa. "Todo mundo quer estudar em Harvard, mas o aluno precisa se perguntar que universidade é mais adequada para ele. Tem que saber se ele tem nota, se pode pagar."
Os pré-requisitos variam segundo universidade e curso. Mas, para Ana Beatriz, um bom histórico escolar e habilidade na língua do país são fundamentais. "Uma coisa é escrever bem em inglês. Outra é escrever bem sobre economia em inglês."
John Ciallelo, diretor da Chapel School, colégio na zona sul de São Paulo que oferece o currículo americano, ressalta que o candidato deve rechear a sua formação com atividades como música, esportes e voluntariado --que são pouco valorizadas nos processos seletivos de universidades brasileiras.
Marina Nascimento, 18, se prepara há dois anos para estudar relações internacionais nos EUA. Ela tem se preocupado com cada detalhe do currículo: joga vôlei e futebol, trabalhou em ONGs, tem boas notas na escola e nos certificados de inglês. "Os resultados chegam em abril. A espera é uma agonia."
Outro ponto a que o estudante deve ficar atento é a revalidação do diploma estrangeiro, que pode ser necessária para quem quer trabalhar no Brasil. Dependendo da área, pode até não valer a pena fazer a graduação toda no exterior.
A quantidade de brasileiros que vão para fora tem crescido. De 2004 para 2009, esse número --que, além de graduação, inclui ensino médio, pós e cursos livres e de línguas-- foi de 42 mil para 140 mil, um salto de 333%.

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