Eis um material produzido pelo Núcleo Prisma que me orgulho pela qualidade e rapidez no empreendimento:
APRESENTAÇÃO
O
Núcleo PRISMA (Pesquisas em Relações Internacionais de Santa Maria), através do
Grupo de estudos “Reflexões do Brasil”, promove o presente material didático em
caráter ensaístico acerca do Brasil da década de 20. Com o propósito de
“revelar” o Brasil sob o ponto de vista rigorosamente atual na escultura,
arquitetura, música e literatura, percebemos, nesse período histórico, a
efervescência dos movimentos sócio-políticos que se descortinam na revolução de
30, inaugurando um novo Brasil.
A
Semana de Arte Moderna, realizada entre 11 e 18 de fevereiro, contou com a
participação de escritores, músicos, artistas, arquitetos de São Paulo e do Rio
de Janeiro. Do comitê patrocinador, tendo à frente Graça Aranha, faziam parte,
entre outros, Paulo Prado, Alfredo Pujol, Renné Thiollier e José Carlos Macedo
Soares. Entre os participantes, cuja presença se anunciava, figuravam músicos como
Villa Lobos, Guiomar Novais, Ernani Braga e Frutuoso Viana; escritores como
Mário de Andrade, Ronald de Carvalho, Álvaro Moreira, Oswald de Andrade,
Menotti del Picchia, Renato de Almeida e Plínio Salgado; artistas plásticos
como Vítor Brecheret, Haarberg, Anita Malfatti, Di Cavalcanti. O evento teve
desde o início grande divulgação. Embora não faltasse quem se opusesse a sua
concretização.
O
certo é que a Semana tinha o objetivo de renovar o ambiente artístico e
cultural de São Paulo e do país, tentando libertar a arte brasileira das
amarras que ainda vinculavam à Europa. Esse acontecimento cultural da maior
significação ultrapassou o campo artístico e repercutiu inclusive na área
política.
Conforme
Chaia (2007, p. 7), “arte e política: trata-se de um paradoxal encontro, no
qual as partes envolvidas estabelecem instáveis equilíbrios, porém, sempre de
fortes intensidades”.
A
incômoda reunião e a surpreendente união entre arte e política reiterada por
Chaia permeia o sentimento de insatisfação e inconformismo – e a busca de uma
nova linguagem dos artistas e intelectuais da Semana de Arte Moderna de 22 – que
representam um desejo de renovação do Brasil. Temas como o índio, a valorização
da tradição nacional ou a procura do espírito do povo, são consequências desse
sentimento de perturbação.
Perturbar
e instigar a reflexão do leitor em torno do que representa a década de 20 para
o pensamento brasileiro, sob diversos aspectos – econômico, sociológico,
político, artístico - é o propósito desse breve ensaio.
Os autores
Nenhum comentário:
Postar um comentário