Cálice da Loucura
O vinho, néctar do amor.
Do puro amor, a arte da embriaguez,
O ato de esquecer a dor.
Banho-me na púrpura luz dotada de altivez.
Manifesta-se no glamoroso corpo,
Aos meus olhos, a beleza infinita que nunca perecerá.
Como um cálice consagrado unifica corpo-a-corpo.
Minha alma inquieta jamais a esquecerá.
Arrasto-me em dissoluta saciedade,
Em Baco repousa o meu espírito revoltado,
Arrebatado em profunda e delirante impiedade,
Deixo-me afogar no mar agitado.
Entre a escuridão e as trevas, aqui estou,
Perdendo na doce lágrima vermelha o sal da vida.
José Renato Ferraz da Silveira
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