segunda-feira, 11 de abril de 2011

A BORBOLETA AZUL

A BORBOLETA AZUL


Oh! Linda borboleta azul, raríssima, que encantou minha infância
Com seu saltitante vôo sobre o riacho, cujo leito circundava, no
Meio da mata sombria.
Pensei em capturá-la, mas percebi que era muito mais gratificante
Manter-me sentado numa pedra à beira do riacho. Vê-la sobrevoar,
Em liberdade, de uma margem a outra do rio. Fotografar e filmar as
Suas peripécias logo acima das águas cristalinas.

Oh, doce garota, que iluminavas meu caminho, quantas vezes
Nossos olhares penetrantes se cruzaram e estremeceram nossos
Corações. Eu ficava atônito quando te contemplava até o teu lento
Desaparecimento no meio do trânsito, pois tal como o lepidóptero,
Tu sempre desaparecias no momento do meu êxtase.

Como na infância optei por simplesmente deleitar-me a observar
As deslumbrantes batidas de asas do lindo inseto, decidi também
Apenas deliciar-me a distância com nossos encontros casuais. A
Noite, ao pensar em ti, minha linda donzela, adormecia só em
Sonho profundo, tendo delírios de amor platônico.

Hoje comparo a mulher de meus sonhos à linda borboleta azul
Pela imensa beleza de ambas, porém, enquanto permitiria que o
Inseto continuasse a dar seu espetáculo em liberdade, tu, minha
Linda donzela, deverias estar aprisionada ao meu singelo coração.

José Renato Ferraz da Silveira

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