segunda-feira, 30 de maio de 2011

Bombardeios da Otan mataram 11 no leste do país, diz Líbia

DA FRANCE PRESSE, EM TRÍPOLI

Onze pessoas morreram em bombardeios da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) nesta segunda-feira em Zliten, na região de Wadi Kaam, 150 km ao leste de Trípoli, informou a agência oficial líbia Jana.
"Áreas civis e militares da região de Wadi Kaam, em Zliten, foram alvos nesta segunda-feira de bombardeios do agressor colonialista e cruzado", afirma a Jana em um comunicado.
"Onze mártires caíram e várias pessoas ficaram feridas", acrescenta o texto.
A agência, que cita fontes militares, informou ainda que a cidade de Al Jafra, 600 km ao sul de Trípoli, voltou a ser bombardeada nesta segunda-feira.
Também hoje, o presidente sul-africano Jacob Zuma chegou a Trípoli, onde iniciou uma missão de contatos e tem uma reunião prevista com o presidente líbio, Muamar Kadhafi.
Zuma foi recebido pelo primeiro-ministro líbio, Baghdadi Mahmudi, no aeroporto de Maatiga.
O presidente sul-africano tentará obter um compromisso entre Muammar Gaddafi e a rebelião, que exige a queda do ditador há três meses.
CEM DIAS DE INSURGÊNCIA
A insurgência líbia completou cem dias neste domingo, e voltou a insistir que a renúncia de Gaddafi é condição inegociável para solucionar o conflito no país.
"Passados 100 dias do começo desta revolução abençoada, vemos vitórias em níveis nacional e internacional", comemorou em um comunicado o presidente do CNT (Conselho Nacional de Transição), Mustafa Abdeljalil.
"Temos que celebrar o que nossos filhos heróicos fizeram em Misrata e nas montanhas de Nefusa", afirmou, referindo-se aos dois enclaves da oposição situados a leste e e sudoeste de Trípoli, que há semanas resistem às tropas leais ao regime.
"Da mesma forma, temos que aplaudir o amplo apoio internacional à nossa revolução", que começou em fevereiro em Benghazi e Al-Baida, a leste, após a derrubada dos regimes vizinhos no Egito e na Tunísia.
Um mês depois, uma coalizão internacional, agindo sob um mandato das Nações Unidas, lançou uma campanha de ataques aéreos, que ainda continua, contra Gaddafi, sob o pretexto de proteger a população civil.
Entretanto, à medida que a operação militar avança no tempo e o ditador parece decidido a não abandonar o poder --que mantém há 42 anos--, a solução aponta cada vez mais por um rumo diplomático, e não militar.

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