Eleições peruanas são as mais disputadas da história do país
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Os candidatos à Presidência do Peru, Keiko Fujimori e Ollanta Humala, que se enfrentam neste domingo no segundo turno das eleições, tomaram o tradicional café da manhã eleitoral diante da imprensa, antes de seguirem para a votação.
Keiko, da aliança Força 2011, e Humala, da coalizão Ganha Peru, fizeram a refeição em suas casas, localizadas em Lima, capital do país.
O pleito se iniciou às 8h e será encerrado às 16h locais (10h e 18h no horário de Brasília, respectivamente).
Mais de 19 milhões de peruanos estão aptos para escolher o sucessor de Alan García. Por volta de 750 mil eleitores residem fora do país, principalmente nos Estados Unidos, Espanha e Argentina, segundo o Escritório Nacional de Processos Eleitorais (Onpe, na sigla em espanhol).
Cerca de 107 mil mesas de votação estão distribuídas pelo Peru, que conta, para este pleito, com uma operação de segurança envolvendo 122 mil membros da Polícia Federal e das Forças Armadas.
TRANSPARÊNCIA
A chefe da Onpe, Magdalena Chu, reiterou quer o sistema eleitoral peruano oferece todas as garantias de um "processo limpo". Para os chefes das missões de observação da União Europeia (UE), José Salafranca, e da OEA (Organização dos Estados Americanos), o ex-chanceler argentino Dante Caputo, as condições para fraudes "são mínimas".
A disputa acontece menos de dois meses depois de Humala ter alcançado o primeiro lugar (31,7% dos votos válidos) no primeiro turno, em 10 de abril. Keiko chegou em segundo lugar, com 23,5% dos votos.
A eleição é considerada a mais acirrada da história do país, já que praticamente todas as pesquisas divulgadas ao longo da corrida para o segundo turno apontavam empate técnico entre ambos os candidatos.
CLIMA POLARIZADO
Somente ontem, depois da publicação da pesquisa realizada pelo instituto Ipsos Apoyo, o nacionalista Humala superou a margem de erro e passou a liderar a intenção de votos com 51,9% da preferência dos eleitores, enquanto a conservadora Keiko registrou 48,1%.
Keiko é filha do ex-presidente Alberto Fujimori, preso por violação aos direitos humanos e por corrupção. Ela se comprometeu, durante a campanha, a não absolver seu pai.
Para o diretor do Instituto de Opinião Pública da Pontifícia Universidade Católica do Peru, Fernando Tuesta, ex-diretor do Onpe, o clima no Peru ficou polarizado a tal ponto que algumas pessoas tinham "medo de dizer em quem iriam votar". Segundo ele, os peruanos chegam à votação em um país que se dividiu em partes iguais "como nunca antes em sua história eleitoral".
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