quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Mais uma cadeira para o Brasil

Mais uma cadeira para o Brasil
São mais de 60 anos de participação brasileira na ONU


Diogo Zambello

diogo_zambello@hotmail.com

A ONU fixou representação no Brasil em 1947, no Rio de Janeiro. Hoje em dia, o país conta com 18 Agências, Fundos, Programas, e Comissões Regionais, entre eles a UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura).

Para participar das decisões e acompanhar de perto a agenda da Organização, o Brasil tem quatro representações permanentes instaladas junto a quatro importantes escritórios da ONU: em Nova York, na sede da Organização (Missão Permanente Junto às Nações Unidas); em Genebra, Suiça, no maior escritório da ONU; em Roma, Itália, na sede da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação); e em Paris, França, na sede da UNESCO.

UPI/John Angelillo

Presidente Lula discursando em favor da cadeira brasileira no Conselho

O Primeiro Secretário da Missão Permanente Junto às Nações Unidas, Daniel Nogueira Leitão, forneceu dados interessantes sobre a participação brasileira nas missões da ONU. Segundo a comissão, das 63 operações de paz que a Organização realizou até hoje, o Brasil participou de 33 e enviou cerca de 27 mil homens para as missões. “O Brasil sempre teve nas relações internacionais uma característica de diálogo, e sempre utilizou instrumentos diplomáticos, como o faz na ONU”, acrescenta o Cientista Político, José Renato Ferraz da Silveira.

No dia 15 desse mês, o Brasil foi eleito pela Assembléia Geral para compor o Conselho de Segurança da ONU, durante um mandato de dois anos. É a décima vez em que o Brasil se elege para o cargo, a segunda durante o mandato do presidente Lula. É a primeira vez que o país terá uma representação feminina no órgão: Maria Luisa Viotti, embaixadora do Brasil na Organização. “A possibilidade do país participar do Conselho de Segurança daria maior visibilidade ao negociar questões diplomáticas na América do Sul, por exemplo no caso de Honduras”, afirma José Renato.

Em seu discurso na abertura da 2ª Cúpula América do Sul-África, que ocorreu no fim de setembro, o Presidente Lula afirmou que o Conselho de Segurança, o órgão mais poderoso da ONU, “perdeu a relevância”. Lula defendeu a cooperação internacional para “trabalhar juntos pela sua reforma, sob pena de perder a oportunidade de garantir nosso direito a uma voz nas grandes questões da agenda internacional". A Missão Permanente Junto às Nações Unidas também afirma que “Como qualquer instituição com 60 anos de história, a ONU precisa de ser reformada. O Conselho de Segurança também precisa ser reformado, para torná-lo mais efetivo, legítimo e representativo da corrente realidade internacional”.

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