Turquia dá "garantias" a Gaddadi para deixar Líbia, diz agência
DA FRANCE PRESSE
A Turquia ofereceu "garantias" ao ditador Muammar Gaddafi para que ele saia da Líbia, mas, até o momento, Gaddafi não respondeu, afirmou nesta sexta-feira o primeiro ministro turco, Recep Tayyip Erdogan.
Gaddafi "não tem outra opção além de partir da Líbia com garantias. Nós oferecemos essa garantia. Dissemos que o ajudaríamos a ir onde quisesse", disse Erdogan ao canal de televisão NTV, sem especificar quais garantias ofereceu.
"Dependendo da resposta que ele nos dê, vamos levar o assunto aos nossos aliados [da Otan], mas até agora, lamentavelmente, não obtivemos nenhuma resposta."
Ontem (9), durante a reunião dos aliados que participam da ofensiva na Líbia em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, a secretária de Estado americana, Hillary Cinton, afirmou que assessores do ditador já debatem uma "possível transição" de poder.
"Houve uma série de discussões, que ainda prosseguem, no entorno de Gaddafi, e sabemos que estas incluem, entre outros temas, a possibilidade de uma transição", declarou Hillary à imprensa.
"As próximas etapas ainda não estão claras", acrescentou a chefe da diplomacia americana.
A reunião dos representantes de países que participam das operações militares na Líbia serviu para discutir maneiras de ajudar a oposição do país.
O chamado "Grupo de Contato Internacional" já realizou um encontro no dia 5 de maio, em Roma, quando Hillary e seus parceiros concordaram em ajudar os rebeldes da Líbia, prometendo direcionar a eles os bens congelados de Gaddafi.
ENTENDA
Em fevereiro, uma revolta popular começou na Líbia exigindo a saída do ditador Muammar Gaddafi que está há quase 42 anos no poder. A revolta foi violentamente reprimida pelo regime de Gaddafi.
Um operação militar, autorizada pela resolução 1973 do Conselho de Segurança da ONU, começou no dia 19 de março -- um mês depois do início da revolta popular. O objetivo da operação seria proteger a população civil da Líbia do regime de Gaddafi.
Em 31 de março, a Otan assumiu o controle da operação militar na Líbia.
Segundo a ONU, morreram entre 10 a 15 mil pessoas desde o começo da revolta.
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